05 janeiro, 2009

gen(t)es...



Piccinini, P.
big mother
(2005 - 2008)


3 comentários:

WOLKENGEDANKEN disse...

Que eu saiba essa hibridacao nao é possivel porque o chimpanzé tem um cromosomo mais que o "homo sapiens".

Mas pocos serao os especialistas em genetica que nao terao sido tentado por esse experimento extremamente fascinante mas carecendo totalmente de ética. Porque que é o que daria essa hibridacao ? Pois uma nova especie, um ser de segunda classe que poderia servir para trabalhar em condicoes inhumanas e morrer nas guerras.

Nao vejo muito bem como a aparicao dessa especie hibrida (QUE FELIZMENTE NAO É NADA REALISTA) poderia mudar "as concepcoes que a sociedade tem sobre o homem". Sera que quer dizer que criando uma especie "inferior" se "valorizará" mais a vida humana ? Entao de todos os cinismos que nunca foram inventados seria o maior: criar uma especie para provar a "superioridade" de outra !!! (e é naturalmente muito discutivel se por exemplo a eutanasia é uma falta de valorizacao da vida humana ou o contrario)

Tambem estou a ler um Dawkins "The God Delusion"
mas desde Novembro vou na pagina 252 e nao progresso :)) sei la porque entretanto li muitas outras coisas e no Dawkins ainda nao cheguei ao capitulo sobre os MEM que é o que há de interessante neste livro porque as 252 primeiras paginas podem-se resumir numa frase: " é impossivel provar tanto a existencia como a inexistencia de deus". Bom, e na verdade a originalidade desse conceito é um pouco limitada :)) Nao, mas estou a ser injusta, tambem apareceu a ideia que a religiosidade tem que ter alguma ventagem dentro do sistema da seleccao evolucionaria porque senao já nao existiria.

António Torres disse...

Há aqui um ponto de vista que, na minha modesta opinião, tem levado o Homem a um estado de quase servidão.
"... as concepções que a sociedade tem sobre o Homem..."

Parece-me que caberá ao Homem produzir concepções sobre a, sociedade ou o tipo de sociedade em que melhor possa assentar a sua realização e o seu caminho para a felicidade.
Admitir que a sociedade elabore concepções sobre o Homem, e atribuir valor a essas supostas concepções, conduz necessariamente a subalternizar o indivíduo ao grupo, quadro com o qual estarei sempre em desacordo.

O Homem tem "mesmo" que ser - a medida de todas as coisas. Incluindo, a medida da sociedade.

cristal disse...

Não é necessário, como fez (e faz) Dawkins realçar tanto assim o lado animal do homem. A verdade é ue sim, somos animais, temos todas as características de muitos dos animais que connosco formam também a terra, o sistema solar, a galáxia e o universo... Para além de ser difícil conceber tal hibridação, não me parece que tivesse qualquer utilidade, mesmo para dar força aos argumentos de Dawkins & companhia. É que também estão incluidas na natureza humana todas as demais características, desde a linguagem até ao mais refinado problema ético... tudo é HUMANIDADE.