
Dauge, B.
green summer
(s/data)
Turquesa e Lápis-Lazúli
nas palmas da tua mão
todo o azul
do verão
Jorge de Sousa Braga, o poeta nu, 204
Amoric: Blue summer
"Durante muito tempo acreditei que a principal explicação da razão porque a história está tão cheia de atrocidades e barbárie teria de ser procurada no tédio. O tédio é um dos exclusivos do animal humano, uma intemperança zoológica como o riso ou a presciência da morte (as três juntas, passando pela linguagem, são a origem da nossa especialidade mais famosa: o pensamento). Quando as coisas correm discretamente bem, nós, humanos, aborrecemo-nos: então começamos a meter-nos com os vizinhos, ou a desejar espécies raras que só existem em terras longínquas e que para serem obtidas é preciso enfrentar mil dificuldades, ou inventamos ameaças sobrenaturais para assegurar as emoções que nos faltam. A gente que fica em casa entretida com as suas coisas raramente faz mal a alguém: o trágico da vida é que em casa a maioria das pessoas aborrece-se. E como se aborrecem, proclamam que ficar tranquilamente em casa é coisa de cobardes, de egoístas, de maus patriotas...
Querida Isaura:


Casa dos Contos, Ouro Preto: escadaria monumental.
(a escadaria está aqui só para a dar... claro, à um ar de)
Farrell, A. three cherries, s/data[Nota: dois estímulos para iniciar este texto vieram de bloggers que por aqui passam]









fotografias: Tinta Azul
Querida Isaura:






