P. Bruegel the Elder,
tower of babel
(1563)
No percurso do discurso que se faz
não é com falas (ou com falos) que se diz,
a linguagem é real, viva, se apraz
experiência interna que nunca contradiz
o sistema do sentido mais profundo.
Ergon seguro tornado energeia,
é autonomia do discurso face ao mundo,
é pensamento, é posição que encadeia
actividade intencional - eu sou sujeito.
E sujeição, só à interpretação
que em simbiose vive com compreensão.
Só não posso, não suporto, não aceito
Ser parêntesis [mesmo que seja dos rectos]
No percurso do discurso dos afectos.
Coimbra, c. de 1997
6 comentários:
"...não suporto, não aceito
ser parêntesis [mesmo que seja dos rectos]no percurso do discurso dos afectos." - Muito bonito!
Mesmo muito bom. Gostei
Acho que ninguém gosta de ser parêntesis...[no sentido que o autor dá ao conceito], sobretudo, no "discurso" dos afectos.
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Também não gosto quando os outros sentem que é colocado por mim, como a distância que se afirma, porque tem que ser.
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E ainda gosto menos, quando insistem em não o "ler", depois da insistência no "discurso".
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Afinal, quem é o autor? Não conheço. Deveria?
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Gostei muito.
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Como, para mim, os parêntesis rectos incluem...
.
[Beijo......]
Um poema muito bem humorado com a vibração e alma do estudante Coimbra. Inimitável.
A Torre de Babel pelo simbolismo que representa desde a Bíblia até ao famoso quadro de Bruguel condiz bem com tanta confusão que sempre vai na cabeça dos mortais.
Durma bem Maria do Sol
joao videira santos:
:)
duarte:
a sério?
:)
um ar de:
rsrsrs não é autor, é autora
beijos despassarados
:))))
veu de maya:
as leituras dos discursos são surpreendentes!
:))
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