27 julho, 2009

pause (4)







Waldach, B.
pause
(2008)










Madahar, N.
cosmoses mixed X (positive)
(2007)





Ainda não estou de férias. Mas vou ter muito que fazer esta semana. Convém entrar de férias com as coisas em ordem. Assim sendo não convém gastar tempo noutras actividades, seguramente importantes, mas, ainda assim, de lazer.
Até já, que eu não só não iria de férias sem me despedir, como ando sempre com o "portátel" atrás e ... ehehe ... Julgavam que se viam livres de mim? Não é assim tão simples :)))))

Uma boa semana para todos....

26 julho, 2009

bons dias de domingo (2)

.





Dauge, B
summer
s/data











Mendelssohn, sonho de uma noite de verão - abertura,
Royal Philharmonic Orchestra, dir. R. Leibowitz

Um bom dia do senhor com cores quentes de aconchego
e tons claros que o façam leve.

25 julho, 2009

24 julho, 2009

ditos (18)



Pasmore, V.
for an ecology of the mind
(1994)



"In science as in love a concentration on technique is quite likely to lead to impotence" Berger (1976)

coisas simples






Parker, A.
pink poppy & bud
(July 24, 1997)
(fotografia)







Sua flor!
:))


Paul Anka, puppy love

23 julho, 2009

despedida






Kostabi, Mark
the weight of departure
(2001)




34 anos.
Diz-se honrado.
34 anos
com a própria voz!

colagem coragem






Staël, N. de
composition
(1950)








Sou um eterno puzzle que a custo resiste à escuridão que me rasga a claridade.


Beethoven, sonata ao luar, 1º andamento
piano Daniel Baremboim

22 julho, 2009

matizes vermelhos

.




Sullivan, F.
rouge entre deux rouges
(2008)











AZÁLEAS VERMELHAS

Uma azálea arde
Arde a manhã
e a tarde

Jorge de Sousa Braga, fogo sobre fogo III
[o poeta nu - poesia reunida, assírio & alvim,175]


Amapola de Ennio Morricone, canta Plácido Domingo


Amapola de Ennio Morricone, canta Nana Mouskouri


Amapola de Ennio Morricone, canta Andrea Boccelli


Gipsy Kings, bamboleo

21 julho, 2009

moments

Achei que devia a delicadeza aos seguidores deste blog de os colocar ali ao lado. Acabei de o fazer. Esta nota é somente porque, entre eles, está o José-Carlos que já não está entre nós. Recordei o excelente companheiro deste espaço e a tristeza que senti, mesmo não o conhecendo pessoalmente, quando soube que nos tinha deixado. Não sei o que mandam as regras da blogosfera. Eu não consegui retirar dali o seu nome.

tempo quente






Mack, H.
summer painting
(2005)






Sem grande tempo...

20 julho, 2009

lemniscata (3)

O Carlos Barbosa de Olveira - Crónica do Rochedo atribuíu o prémio LEMNISCATA ao branco no branco. Não vou nomear mais blogs dado que já o cometi o delito de fazer nomeações aqui e, também, já fiz a catharsis da escusa aqui.
Entretanto, visitem o 'Rochedo' que tem sempre boas histórias, inesperadas e cheias de mundo. Agora está em maré de concursos adequados ao espírito da season, sem serem silly...
Muito obrigada ao Carlos Barbosa de Oliveira!

manhã de segunda, mas uma boa semana (10)






Lin, R.
summer morning
(1974)








Manhã clara de uma semana calma. I hope!


Katie Melua, nine million bicycles

19 julho, 2009

desafinanças imprevistas

.
Mais um para a orquestra dos arguidos do BPN


Ernesto Nazareth, apanhei-te cavaquinho

do que vivemos







Botero, F.
girl on a horse
(2001)











- Do que Vivemos-

Ao longe encontro-me a chorar a criança que fui!
Ainda?

Não passo de uma intenção de mim mesmo!
Sou eu e não sei ser outra coisa...

O teu coração não pode continuar a ser esse lugar que
já passou. A tua infância não é a terra prometida!

Porque tardas em acontecer?
Vai longo vagabundo, menino-prodígio!
Vai e espalha o teu corpo pelo mundo!
...

ex-Ricardo de Pinho Teixeira, greatest hits [maço de poemas XL ]

bons dias de Julho

.



Osgood, G.
zenith of July



e um bom dia de senhor ...



Arturo Marques, danzón nº 2
[É para ouvir. No dia do senhor faz muito bem. :)) ]

(clicar na imagem para ampliar)

18 julho, 2009

parabéns Nelson Mandela






Nelson Mandela
the window
(2003
)













the window
Schadeberg, Jurgen - Nelson Mandela revisits his old cell, Robben Island (1994)






Faz hoje 91 anos
E tem toda a minha admiração. Tal como já assinalei aqui, aqui e aqui

[O título do post esteve para ser: 46662 - 91]

sábado de manhã (65)






Klimova, J.
before sleeping








Before sleeping? Exactamente.

17 julho, 2009

reencontros

e agora vou ali jantar com umas raparigas deste tempo, que reencontrei há 3 anos, 37 anos depois de cada uma ter ido para seu lado, num reencontro às cegas, que eu provoquei a partir de um endereço de e-mail, pois claro com aquele nome só podia ser uma colega do colégio,
olá, sou fulana de tal, acho que fomos colegas em tal sítio, se não for o caso peço desculpa, p.s. éramos duas com o mesmo nome, eu era a mais pequenina,
ah que bom, sou sim, não sei porquê julgava-te em Lisboa, temos de nos encontrar, costumo estar com a... , a... e a a.... que moram (aqui perto), e com a.... que mora em Lisboa,
eu não, não tenho contacto com ninguém desse tempo, mas que curioso, afinal moramos perto umas das outras, claro temos de nos encontrar,
não houve pressa e como um dia a de Lisboa veio ao Porto acompanhar o marido que vinha a uma reunião importante, num Sábado encontramo-nos para almoçar, já que ela vinha... tudo bem por mim,
e aí vou eu procurar o endereço da casa da minha contactada, onde se costumavam encontrar todas e toquei à porta e comecei a ouvir uns risinhos e subi e desatamos a conversar, fomos almoçar a conversar, almoçamos a conversar, continuamos a conversar, voltamos para casa da minha contactada sempre a conversar, lá pelas 7 horas da tarde a "lisboeta" ligou para o marido: olha vai indo que eu lá hei-de ir ter, e ficou cá e só foi de comboio no dia seguinte, e as que não estavam em casa também fizeram os telefonemas necessários a dizer que o encontro ainda estava em Oremus e que quem tivesse fome que tratasse do jantar e sempre a conversar só sei dizer que cheguei a casa já passava das duas da manhã,
e tu eras a mais pequenina* e a carinha é mesma,
ahahahahaha
e um encontro que podia ter corrido mal, ou não ter corrido, correu tão bem que, desde aí gostamos de estar umas com as outras, embora o façamos muito raramente...

* mais pequenina e mais novinha (ao tempo um ano fazia mesmo diferença)
[p.s. quando me fizeram a "maldade" de publicar esta fotografia e ainda perguntaram qual seria eu, ninguém palpitou acertadamente, o que também não interessa nada]

espera





Chaet, B.
July
(1964)






Tomara eu, mas ainda não há tempo.
Entretanto, é para ouvir:





S. Umebayashi, Yuneji's theme
(por vezes "roubo" sugestões musicais aqui)

reposições de verão - bom proveito das ideias dos outros

.



Mondrian, P.
compositie met rood, geel en blauw













Yves Saint Laurent
Piet Mondrian day dress
(outono de 1965)
















Mondrian, P.
composition with red, blue, black, yellow, and gray,
(1921)

16 julho, 2009

nota em dó maior

.
José Pacheco Pereira causa-me muita impressão a vender as fragilidades de Manuela Ferreira Leite como meros problemas de expressão.

flexibil idade




Pesce, G.
XXXL monumental vase
(2004)



Vou para uma reunião de trabalho, dirigida por mim, com uma posição definida quanto ao modo de resolver o assunto que era necessário tratar. Digo como entendo que se deve fazer. Ouço quem está. Alguém me apresenta, com alguma cerimónia, um modo completamente diferente. Peço argumentos. Concordo com alguns, mas não concordo com todos. Faço a arqueologia da minha posição em voz alta. Alarga-se a discussão aos restantes. Exploram-se os prós e os contra de cada possibilidade. Nesta altura já havia duas possibilidades. Na discussão aparecem pequenos passos possíveis que acabam por harmonizar os dois modos de fazer distintos. Acho que a reunião acabou bem.
Fico sempre com a sensação de que prescindir um pouco de mim, embora possa melhorar a solução, num mundo de aparências é seguramente tido como falta de firmeza. E, sinceramente, não acho nada disso. O que tento é não confundir firmeza com casmurrice ou mero exercício do poder. Não estou nada segura de que os outros assim pensem. Mas estou segura do que penso eu. E, como diria a minha mãe: ninguém se faz!

blogomenagens (4)


Foi o título do blog. (Inicialmente EÇA É QUE É HESSE). Pensei logo que era brincadeirinha com palavras que me assentava que nem uma luva. Imaginei-me a "inventá-lo". Espreitei, fui espreitando e durante muito tempo não disse nada. Não era só um novo blog, era um registo que eu não conhecia. Percebi que a autora era uma menina, muito mais nova do que eu. Os posts curtos, incisivos, sem papas na língua, algumas vezes longe do que eu penso, às vezes com uma linguagem que eu não uso, eram um desafio e davam-me um prazer especial. Senti-me a aprender coisas, porque vindas de um olhar muito diferente do meu. E eu gosto de poder observar uma pessoa inteligente e sensível a dizer o que sente, sem estar propriamente preocupada em ser politicamente correcta ou ir na crista mainstream. E fui andando por lá. Percebi que era tradutora, cheia de projectos noutras áreas e bastante insatisfeita com as perspectivas do país. Entretanto, e não menos importante, assisto à contagem decrescente para o nascimento do sobrinho de quem a Isa já gostava muito antes de ele nascer. Impossível resistir à sua explosão de amor, ternura e alegria. Atrevi-me a dizer-lhe que, mesmo que lhe parecesse estranho, eu estava comovida com o nascimento. Fez-me avó virtual do Joãozinho - generosidade de um coração que não complica nem precisa que tudo seja absolutamente lógico ou positivamente racional. Depois acompanhei o desmontar da casa, a venda das suas coisas através do blog, as explicações que foi dando para a sua partida, para respirar outros ares, viver novas oportunidades. O que esta sua atitude e o modo como a apresentou me fizeram pensar! E pensei muito nela no dia em foi para o Brasil. E confessei-lhe que também tinha vontade de ir. Tivesse eu menos 20 anos. E dei-lhe os parabéns pela coragem. E continuo a acompanhar a odisseia da Isa lá do outro lado, sempre descrita com humor, de forma sentida e num excelente português. E torço por ela, p'ra que tudo dê certo. E mando regularmente beijinhos para o Joãozinho, que faz hoje um ano.

Parabéns ao Joãozinho.



Tom Wesselmann - Unicef bouquet (1988)

[PS:eu não conheço a Isa pessoalmente. O que me apercebo e sinto, bem ou mal, é só através do blog, comentários incluídos. Mantém-se o que escrevi a itálico no post blogomenagens (1)]

a cal mar






Franco, R.
tranquil
(s/data)







O RIGOR

O rigor do verão quase
extinguiu os pequenos
oásis do coração:
nenhum
de nós conseguiu dobrar
o lume, acariciar
o tigre, desviar a sombra
dos lábios - arder
era afinal a nossa vocação.

Eugénio de Andrade, rente ao dizer, 36

15 julho, 2009

música e não só

.

Wim Mertens, struggle for pleasure

reposições de verão - together

.





Chagall, M.
the rooster

(1929)






(clicar na imagem para ampliar)





"Um galo sozinho não tece a manhã:
ele precisará sempre de outros galos."
...
João Cabral de Melo Neto, tecendo a manhã (versos iniciais)

14 julho, 2009

14 de Julho (2)



Raynaud, J. P.
objet drapeau (France), pot
(2005)


A liberdade é azul
A igualdade é branca
A fraternidade é vermelha

Trilogia de Krzysztof Kieślowski


Yves Montand, instrumental, Edith Piaf - sous le ciel de Paris

Sous le ciel de Paris

Sous le ciel de Paris
S'envole une chanson
Hum Hum
Elle est née d'aujourd'hui
Dans le coeur d'un garcon
Sous le ciel de Paris
Marchent des amoureux
Hum Hum
Leur bonheur se construit
Sur un air fait pour eux

Sous le pont de Bercy
Un philosophe assis
Deux musiciens quelques badauds
Puis les gens par milliers
Sous le ciel de Paris
Jusqu'au soir vont chanter
Hum Hum
L'hymne d'un peuple épris
De sa vieille cité

Près de Notre Dame
Parfois couve un drame
Oui mais à Paname
Tout peut s'arranger
Quelques rayons
Du ciel d'été
L'accordéon
D'un marinier
L'espoir fleurit
Au ciel de Paris

Sous le ciel de Paris
Coule un fleuve joyeux
Hum Hum
Il endort dans la nuit
Les clochards et les gueux
Sous le ciel de Paris
Les oiseaux du Bon Dieu
Hum Hum
Viennent du monde entier
Pour bavarder entre eux

Et le ciel de Paris
A son secret pour lui
Depuis vingt siècles il est épris
De notre Ile Saint Louis
Quand elle lui sourit
Il met son habit bleu
Hum Hum
Quand il pleut sur Paris
C'est qu'il est malheureux
Quand il est trop jaloux
De ses millions d'amants
Hum Hum
Il fait gronder sur nous
Son tonnerr' éclatant
Mais le ciel de Paris
N'est pas longtemps cruel
Hum Hum
Pour se fair' pardonner
Il offre un arc en ciel

Estou redimida, jrd?

ex certos

.




Berckheyde, J.
the baker
(1681)





... Também gosto muito de pão. Muito mesmo. Gosto imenso de padarias e do seu cheiro. Mas, a minha história com padeiros é demasiado frustrante. A única vez que fui levada ao colo por um padeiro, ele deve ter ficado tão atrapalhado com a ninfa, de roupão e camisa de noite, desmaiada nos seus braços, que se atarantou e tropeçou nas escadas que subia comigo ao colo. Certo e sabido que bati com a cabeça nas escadas e acordei do desmaio sem delongas estilísticas. Acto contínuo, dei conta de mim e do que se passava e, imediatamente, subi o resto das escadas sozinha, sem o padeiro que, preocupado, só dizia, ó menina desculpe, eu levo-a, olhe que pode cair. Mas eu lá fui, continuar a dormir em sossego. A amiga que me meteu na cena que se entendesse com o padeiro e lhe agradecesse o gesto trapalhão.

se lou





Gray, C,
release 3
(2004)









Engelbert Humperdinck , please release me

Please release me, let me go,
For I don't love you anymore.
To live a lie would be a sin.
Release me and let me love again.

I have found a new love, dear.
And I will always want her near.
Her lips are warm while your's are cold.
Release me, my darling, let me go.

Please release me, let me go,
For I don't love you anymore.
To live a lie would be a sin.
So release me and let me love again.

Please release me can you see
You'd be a fool to cling to me
To live a lie would bring us pain
Release me and let me love again
(let me go, let me love)

[Também não é propriamente o meu momento Tony Carreira. Vá lá, concedam que dançaram uns slows ... adiante...:))))]

14 de Julho

.




Raynaud, J. P.
bleu - blanc -rouge
(1987)





14 de julho


La Marseillaise


O jrd faz um reparo pertinente: diz-me que este post merecia uma canção francesa. Entendi. Mas vou só reparar a falta de cuidado com uma provocaçãozinha:


Gilbert Becaud, l'important c' est la rose

13 julho, 2009

é melhor chorar a rir do que só chorar

Querem rir-se, apesar de o caso ser sério? Vão aqui

manhã de segunda mas uma boa semana (9)






Pratt, S.
golden road








...
Basta a cada dia a sua própria alegria
e é grande a alegria quando iguala o dia

Ruy Belo, da poesia que posso {verão, [homem de palavra(s)], todos os poemas, Assírio e Alvim, 249}


Keith Jarret, summertime
(vale a pena ver o vídeo e reparar, também, na expressãoo corporal de K.J.)

Que todos tenham um dia que mostre a sua alegria.

12 julho, 2009

desabafo

O modo como quase todos se referem a Sónia Sanfona como "a deputada Sanfona" diz muito do modo como à primeira piscadela de olho o preconceito vem ao de cima. Chamasse-se a senhora de Lenncasttre, Mennezzes, Vasconncellos, Pitta, (ou qualquer nome estrangeiro, mesmo que lá no país de onde vem seja equivalente ao Silva português) e ninguém se lembraria de dizer a deputada Pitta, por exemplo.

todos os dias são dias do ano

.



Manguin, H. C.
soleil et fruits
(1948)





Bom domingo a quem passa.

(Se repararem este quadro já tem 61 anos. Como o tempo voa, não é?)

11 julho, 2009

sínteses






Pomar, J.
o concerto
(2007-2009)










"... Lembro-me de estar a viver noutro país e de não saber se era uma dorzinha ou se eram cócegas no coração, o que me acontecia quando ouvia a música dele. ..."
Sarah Adamopoulos, movimentos perpétuos, textos p/ Carlos Paredes, 110


Carlos Paredes, raíz

sábado de manhã (64)




Renoir, P.-A.
nude woman reclining, facing right*
(1909)




* ponham-se a fazer leituras políticas, ponham...

10 julho, 2009

you will see (2)





Savage, K.
summer dress
(2006)








Assim ... verão

blogomenagens (3)

.




Cathelin, B.
bouquet rouge au pot blanc
(1972)




Em primeiro lugar reparei na fotografia do perfil: uma criança linda, numa pose e apresentação que me fez pensar que a 'dona' deveria ser mais ou menos do 'meu tempo'. Achei logo muito interessante a ideia de escolher uma fotografia assim para o perfil. Depois, já não sei exactamente como, fui-me cruzando com ela por aí. Hoje não passo sem ir ao Fórum Cidadania e, se a Carminda, sua autora, não aparece por aqui, também dou logo conta. Acompanhei a mudança de visual do blog e os posts sentidos da Carminda, as suas ausências porque sim, porque nem sempre ter horas livres significa ter tempo para escrever. Frontal e sincera, assim a vejo. Amorosa mas muito capaz de mandar dar uma volta ao bilhar grande quem ela entende que não se porta convenientemente, tendo em conta os seus horizontes sonhados. Segura e atenta, assim se deixa transparecer no seu fórum.
Gosto da música, dos poemas e das suas provocações, nomeadamente quando diz no título 'isto não é um post' e, o que nos apresenta, é um post e tanto. Habituei-me a gostar da Carminda. Ainda bem!
A Carminda faz hoje anos. Muitos, muitos parabéns, Carminda.
Vá, vamos lá dar-lhe os parabéns!


The Beatles, happy birthday to you


===========================================================================================

A Inês também faz hoje anos. Foi desta maneira que lhe dei os parabéns oa no passado.

09 julho, 2009

obras familiares

.





Leonardo da Vinci
Mona Lisa (La Gioconda)
(1503-1506)











ROMA E PAVIA

Uma obra-prima,
sobretudo se rima,
é como Roma e Pavia.
Não se faz num só dia!

Paulo Abrunhosa, diário de um dromedário, 174


Pedro Abrunhosa, se eu fosse um dia o teu olhar

07 julho, 2009

estrelas da tarde [ :) ]

.




Nolde, E.
mohnblüten
(c.1930)









DE TARDE

Naquele "pic-nic" de burguesas,
Houve uma coisa simplesmente bela,
E que, sem ter história nem grandezas,
Em todo o caso dava uma aguarela.

Foi quando tu, descendo do burrico,
Foste colher, sem imposturas tolas,
A um granzoal azul de grão-de-bico
Um ramalhete rubro de papoulas.

Pouco depois, em cima de uns penhascos,
Nós acampámos, inda o sol se via;
E houve talhadas de melão, damascos,
E pão-de-ló molhado em malvasia.

Mas, todo púrpuro, a sair da renda
Dos teus dois seios como duas rolas
Era o supremo encanto da merenda
O ramalhete rubro das papoulas!

Cesário Verde, o livro de Cesário Verde 1887 (poesia completa 1855-1886, dom quixote, 133)


Carlos do Carmo, estrela da tarde

apeteceu-me, mainada

O futebol é a epopeia do homem comum.

ainda parabéns






Mccleary, D.
mixed flowers July 7
(2007)








Muitos parabéns ao A., ao R. e à I. que fazem hoje anos.

06 julho, 2009

manhã de segunda mas uma boa semana (8)

.



Bienvenu,
July - July morning
(2008)








Julho quente, seco e ventoso, trabalha sem repouso.
(Mais uma reforma necessária e urgente: a actualização dos provérbios)


Júlio Pereira, escrever o sol

05 julho, 2009

que se passa com a SIC?

A SIC endoidou de vez? Estão há 15 minutos a falar do cristianismo ronaldismo no jornal das 20h. Directos de Madrid para dizer coisa nenhuma. Francamente. Estou passada com tanta alienação. A silly season em todo o seu esplendor.

[Adenda: segundo os amigos que já deixaram comentários, na RTP foi mais ou menos a mesma coisa. Como escapa à minha compreensão, seja de que ponto de vista for, é certo e sabido que amanhã, com os directos previstos sobre a nulidade do assunto, mesmo que tenha tempo, não verei televisão nos canais habituais]

bons dias de domingo





Gallace, M.
perfect summer day
(2008)

04 julho, 2009

sorrow






Dauge, B.
inside you XVI
(2007)










Mandou pintar a casa mal tomou a decisão .
Está triste.
Vai embora da sua casa bonita acabada de pintar.
Ela sabe que pode sempre voltar a casa, mas também sabe que há momentos de pura transição.
Está triste.
Mas é tão forte!
A minha mãe.

sábado de manhã (63)






Chagall, M.
rest
(1975)

o que cantou José Sócrates a Manuel Pinho depois da cena triste?


Adeus tristeza, até depois

Chamo-te triste por sentir que entre os dois
Não há mais nada pra fazer ou conversar
Chegou a hora de acabar

Vá, agora ouçam o Fernando Tordo que a canção é bem bonita...:)))


Fernando Tordo, adeus tristeza

Na minha vida tive palmas e fracassos
Fui amargura feita notas e compassos
Aconteceu-me estar no palco atrás do pano
Tive a promessa de um contrato por um ano
A entrevista que era boa
E o meu futuro foi aquilo que se viu

Na minha vida tive beijos e empurrões
Esqueci a fome num banquete de ilusões
Não entendi a maior parte dos amores
Só percebi que alguns deixaram muitas dores
Fiz as cantigas que afinal ninguém ouviu
E o meu futuro foi aquilo que se viu

[Refrão:]
Adeus tristeza, até depois
Chamo-te triste por sentir que entre os dois
Não há mais nada pra fazer ou conversar
Chegou a hora de acabar

Na minha vida fiz viagens de ida e volta
Cantei de tudo por ser um cantor à solta
Devagarinho num couplé pra começar
Com muita força no refrão que é popular
Mas outra vez a triste sorte não sorriu
E o meu futuro foi aquilo que se viu

[Refrão]

Na minha vida fui sempre um outro qualquer
Era tão fácil, bastava apenas escolher
Escolher-me a mim, pensei que isso era vaidade
Mas já passou, não sou melhor mas sou verdade
Não ando cá para sofrer mas para viver
E o meu futuro há-de ser o que eu quiser

03 julho, 2009

roupa velha

Nada, mas nada mesmo, desculpa o gesto de M. Pinho. Nem o cansaço (visível) nem as provocações (audíveis). Mas, como felizmente as consequências foram as devidas - a sua demissão - fica espaço para chamar a atenção para o que se passa em volta. O ambiente generalizado de arruaça, de insulto, de argumentos baixos, pessoalizados a níveis inimagináveis, de bota abaixo constante... é da responsabilidade de todos. Por exemplo, quem tem um AJJardim, quem o tolera e lhe dá cobertura porque ganha eleições, não tem como atirar pedras sem resolver internamente os seus problemas. [A propósito, gostei de ler isto]
Ou seja, que o gesto de M. Pinho sirva, pelo menos, para que TODOS parem para pensar e mudar comportamentos no sentido de os elevarem.
Em relação ao comportamento do PR concordo com o que é dito aqui.

ácidos e óxidos







Heilmann, M.
acid line up
(2006)










...
Ó dias encobertos de verão no meu país perdido
mais certos do que o sol consumido nos charcos no inverno,
estas ou outras formas de morrermos dia a dia
como quem cumpre escrupulosamente o seu horário de trabalho
Não eras tu, nem isto nem aqui. Mas está bem,
estou pelos ajustes porque sei que não há mais
Pode ser que me engane, pode ser que seja eu
e no entanto estou de pé, rebolo-me no sol,
sou filho desta terra e vou fazendo anos
pois não se pode estar sem fazer nada.
...
Ruy Belo, ácidos e óxidos (excerto) [boca bilingue, tempo duvidoso] todos os poemas, 156/158


The Beatles, yellow submarine

take it easy




Tarcila do Amaral
paisagem
1969





Assim, calmamente. Porque a realidade às vezes é muita...

02 julho, 2009

gesto de pinho carunchoso






Motherwell, R.
gesture painting, 10
(1975)



M. Pinho out. Fica um nó na garganta. Este relativismo que grassa por aí. Parece que vale tudo. Não vale, não pode valer. Os lugares também não são todos iguais. Com gestos destes e destes e outros que agora não vou desenterrar, ficamos todos mais pequenos. Ainda bem que lhe apontaram logo a porta.

a sociedade paciente


Contemporâneos, a consulta

Este vídeo já andou por aí. Hoje chegou-me via e-mail e resolvi colocá-lo aqui para quem não teve oportunidade de o ver. Por mim, acho que vale mesmo a pena ver até ao fim. E como sou fã do Nuno Lopes, ainda vale mais...

ata(refa)dos




Greif, M.
summer in the city
(2008)





Por enquanto.

01 julho, 2009

sétimo mês





Stone, K.
July explosion
(2009)








Quem em Julho ara e fia, ouro cria.

(E não é que Julho se tornou num dos meses preferidos para férias? A tradição já não é ...)