A B c do oportunismo a dar-se ares de oportunidade?
31 março, 2008
...reservas pró balneário...
A B c do oportunismo a dar-se ares de oportunidade?
... tão humano ...
Os primeiros dias da amizade
levam sempre à gloriosa loucura do verão;
não sei de tempo mais feliz,
a não ser
vaguear ao crepúsculo pelas dunas
em certos dias de setembro;
mas a morte rasteja pelas pedras,
o coração
impaciente por descer à água.
Que pode um homem esperar quando
tão puerilmente
se expõe assim ao sol em carne viva?
Eugénio de Andrade, Branco no Branco, 24
P. Klee, Freundliches Spiel
...antinomia insular ...
o que não se sabia é que o jardim era g(r)amado
(juro que o título não tem gralhas... é um título autónomo... é a vida...)
30 março, 2008
...a língua é viva, mas...
imagens (googladas)
em cima: apitos, de várias cores que eu sou ingénua mas nem tanto;
em baixo: ex-árbitro Pierluigi Collina, em tempos considerado o melhor árbitro do mundo.
homenagem ao "carneiro" (2) - capacidades didácticas
_ ai num é? ora atão ponde um abião in Sancristóbo .... s' ele for sempre in frente, sempre in frente...ides ber s' ele num torna lá!
imagem: daqui
29 março, 2008
homenagem ao "carneiro" ... que sabia bem que "a terra num anda... nhgira!"
(na Bulgária também devem usar muito os telemóveis nas aulas de inglês)
(eu sei que não é piada elegante...mas ...)
o carolina m. salgado
tratem-no como deve ser tratado: pedagogicamente (c/ tudo o que isso implica - e que é muito!)
não o tratem como um caso de polícia
não o tratem como um caso (só) de psis
não o tratem como um caso (só) político
28 março, 2008
...livrai-nos senhor das obras em casa ...
... xadrez desfocado & cor redentora ...
assim
mas a experiência também nos recorda que vai passar...
daí que, em jogada de antecipação...
Le bonheur de vivre
(1905-1906)
27 março, 2008
26 março, 2008
...reviver o coração... com o coração...por causa do coração... o livro da primeira classe
entrementes, independentemente da qualidade do passado há que o ter presente...sob pena de sossobrarmos com o peso e a amplitude dos novos paradigmas... o povo, que não está com coisas, chama a isso ter os pés assentes na terra (o tal chão do aforismo ?) ou, ainda, não dar passos maiores que as pernas, numa sábia actualização da vida de cada um ao contexto geral da mudança...
medo? nã nã ... o povo não tem vagar para ser medroso...não tem é dinheiro (nem hábito) para pagar a "psis"ou substitutos ilegais e, a confissão (ao padre), caíu em desuso...
aqui fica o livro da minha primeira classe da instrução primária (obviamente...simbólico)
24 março, 2008
um ar de ... correio em dia (...carteira tradicional...)
Música... claro e muita! também me recordo da música, mas não creio que seja da que usa o dó, ré, mi, claves que situam as notas, sejam breves, envergonhadamente semi, ou mesmo encolhidas em mínimas e semínimas. Do que me recordo (também) é da música única do poema, de cada verso e das palavras e que me fazia dançar quase literalmente. As pernitas podiam não mexer, mas a imaginação, os cabelos e as mãos (mais a jeito) mexiam em movimentos arredondados...
Lembro-me muito bem de "ir ler" este poema ao livro, por iniciativa própria (baldando-me à lição do dia) e de o fruir mesmo (naquele tempo lá sabia eu o que era fruir...gostava e pronto!)...
Não quero exagerar, puxar por identificações a martelo ou especular demasiado, mas estou tentada, "estou em crer", admito que este poema, tão bem escrito, tão do meu mundo daquele tempo e tão simples, foi fundador do meu actual gosto, consumo e produção (presunção e água benta cada um toma a que quer...) de poesia...
(ai este compasso ternário dominante... eheheh)
imagem: Picasso, Horse
23 março, 2008
confissão alargada...
Quando eu era muito pequenina a visita pascal era para mim um misto de admiração e desconstrução...admiração porque o sr. Abade ia a casa em clima de festa, tudo bem disposto....o brês cheiinho de ovos (e como o nosso brês era bonito e diferente dos outros)... e até tinha direito a envelope com nota dentro... desconstrução porque, afinal, o padre que eu via lá em cima no altar de costas voltadas, tão acima que só raramente se virava para nós, tão paramentado, a falar uma língua que eu não entendia e, mesmo quando falava a língua que eu entendia, só entendia o que o temor do inferno me explicava...afinal ali sentado, junto ao meu pai...era tão igual a nós...
Mas, tenho muito presente o gosto soberbo do anho assado e do arroz do forno (cabrito agora por aí? bahhhhhh), o sabor surpreendente do "pão podre", as bolachas de trevo quadriculadas de paciência, os "ésses" estranhos e as torradas da tia S., o creme (hoje chamado leite creme torrado).
Ah e as toalhas bordadas que a mãe colocava pelas mesas da sala, com aquele cheiro único da brancura corada ...
E as flores pela casa... aquelas dálias enormes de cores fortes (agora diria quase provocantes)...que eu ajudava a cortar no quintal
E o vestido novo que invariavelmente estreava, com laçarote no cabelo a condizer...e os imortais casaquinhos de malha que só a mãe conseguia fazer... (a recordação dos ameladinhos é a que me enternece mais). E o meu irmão, lindo de morrer, com roupa a propósito que não durava meia hora limpa e composta, para desespero da minha mãe e...
E a correria entre as casas dos tios, primos e amigos (do Eirô, à Fonte, a Cavaleiro...) para os cumprimentar, é certo, mas também para somar o maior número de beijos na cruz que, nesse dia lavado, estava enfeitada com flores...
O chá e/ou o vinho fino servido a quem nos acompanhava durante a visita pascal a nossa casa e a pressa inevitavel das primas que ainda tinham de subir até ao B. A prima Miquinhas...sempre presente e que ficava para jantar.
(neste tempo em que eu era muito pequenina ainda nos faltava algo em casa que, como se haveria de ver, foi muito importante...oh luaaaaaaaaaa)
Aditamento: (está no comentário mas devia estar no post)
E as laranjas da Senhora Comadre trazidas a pé, de tão longe ...e o pão fino de Covelinhas transportado a cavalo...
na primeira ficaram em primeiro
parabéns ao Carlos Carvalhal
parabens aos jogadores
parabéns à equipa
parabéns a Setúbal
22 março, 2008
sábado de aleluia
...antropagogia...andragogia ...
21 março, 2008
tinha jurado a mim mesma que não falava disto, mas a carne é fraca... 1 ângulo (espero que recto) do "caso do Carolina Michaelis"
Aliás, o modo voraz e superficial como a comunicação social em geral tratou este caso só se compreende no actual estado da comunicação social nacional e, provavelmente, pela sugestão do período em que estamos…
Acresce que, os especialistas chamados a pronunciar-se sobre a matéria, na maioria dos casos são sempre os mesmos e fazem quase a mesma figura que todos os que, nunca tendo estudado uma linha sobre o assunto, falam dele com o atrevimento da ignorância: Vem a senhora amorosa que se pronuncia sempre que há assuntos com infantes e juvenis (saberá de tudo?) e claro, enuncia princípios gerais generosos, mas nada específicos para o problema em causa; vem outra senhora, mais jovem, que deve ter sido detectada no google numa busca da última tese de mestrado ou do último projecto de doutoramento aprovado em ciências da educação, debitar duas ou três citações académicas completamente cruas, que tenta legitimar com nomes (conceitos, vá lá) importados dos “Isteites” (como se estes problemas fossem os mesmos de lá…bullying e tal…continuem com isso e perpetuem esta maneira (só) estrangeirada de tratar das nossas questões da educação, que tanto mal tem causado); vêm todos os que, à sua maneira, seguem a teoria da Manuela Ferreira Leite, quando procurou publicamente justificar as suas qualificações para Ministra da Educação: já foram estudantes logo conhecem a escola e têm filhos na escola (ou filhos de amigos e familiares) logo são especialistas... e falam do assunto com tanta segurança que parece que nunca reflectiram sobre outra coisa na vida… E andamos nisto…
O episódio que vimos tem atrás uma história que nos escapa, mas ... que só pode ser de tensões não resolvidas ...este episódio não "caíu" do céu...
Em Portugal há palavras para nomear o que o episódio revela (entre outras coisas): falta gritante de educação da aluna (a aluna é isso mesmo...malcriada), falta de competência da professora para gerir a disciplina na sala de aula, má organização da escola que, possivelmente, não defeniu regulamentos claros de convivência pedagógica (nomeadamente quanto à utilização de telemóveis)... e as respectivas consequências do incumprimento.
Perpassa o discurso uma confusão conceptual (tão grande) acerca da natureza da relação pedagógica, das suas características estruturantes e dos vários níveis que a condicionam que… mas isso levar-nos-ia, agora, muito longe…
Como é que um “sistema” que permite estas vergonhas não precisa, urgentemente, como de pão para a boca, de ser reformado?
Ah! e não arrastem este caso para a gaveta da violência na escola. Este caso é um caso de indisciplina grave, com atitudes muito violentas, mas é da gaveta da (in)disciplina... outra distinção que dá pano para mangas...
Pergunta inocente: Oh sr. Nogueira, este assunto não mereceria um comentário seu muito específico, digno de quem domina as questões da educação e da escola? É que, quem "ajunta" 100mil tão convencido, fica com muito mais responsabilidades... ai fica fica ...acho eu, aqui deste meu canto...
...um poema da minha vida..."estava" no meu livro da 4ª classe
Pela estrada plana, toque, toque, toque
Guia o jumentinho uma velhinha errante
Como vão ligeiros, ambos a reboque,
Antes que anoiteça, toque, toque, toque
A velhinha atrás, o jumentinho adiante!...
Toque, toque, a velha vai para o moinho,
Tem oitenta anos, bem bonito rol!...
E contudo alegre como um passarinho,
Toque, toque, e fresca como o branco linho,
De manhã nas relvas a corar ao sol.
Vai sem cabeçada, em liberdade franca,
O jerico ruço duma linda cor;
Nunca foi ferrado, nunca usou retranca,
Tange-o, toque, toque, moleirinha branca
Com o galho verde duma giesta em flor.
Vendo esta velhita, encarquilhada e benta,
Toque, toque, toque, que recordação!
Minha avó ceguinha se me representa...
Tinha eu seis anos, tinha ela oitenta,
Quem me fez o berço fez-lhe o seu caixão!...
Toque, toque, toque, lindo burriquito,
Para as minhas filhas quem mo dera a mim!
Nada mais gracioso, nada mais bonito!
Quando a virgem pura foi para o Egipto,
Com certeza ia num burrico assim.
Toque, toque, é tarde, moleirinha santa!
Nascem as estrelas, vivas, em cardume...
Toque, toque, toque, e quando o galo canta,
Logo a moleirinha, toque, se levanta,
Pra vestir os netos, pra acender o lume...
Toque, toque, toque, como se espaneja,
Lindo o jumentinho pela estrada chã!
Tão ingénuo e humilde, dá-me, salvo seja,
Dá-me até vontade de o levar à igreja,
Baptizar-lhe a alma, prà fazer cristã!
Toque, toque, toque, e a moleirinha antiga,
Toda, toda branca, vai numa frescata...
Foi enfarinhada, sorridente amiga,
Pela mó da azenha com farinha triga,
Pelos anjos loiros com luar de prata!
Toque, toque, como o burriquito avança!
Que prazer d'outrora para os olhos meus!
Minha avó contou-me quando fui criança,
Que era assim tal qual a jumentinha mansa
Que adorou nas palhas o menino Deus...
Toque, toque, é noite... ouvem-se ao longe os sinos,
Moleirinha branca, branca de luar!...
Toque, toque, e os astros abrem diamantinos,
Como estremunhados querubins divinos,
Os olhitos meigos para a ver passar...
Toque, toque, e vendo sideral tesoiro,
Entre os milhões d'astros o luar sem véu,
O burrico pensa: Quanto milho loiro!
Quem será que mói estas farinhas d'oiro
Com a mó de jaspe que anda além no Céu!
Guerra Junqueiro: Os simples
(Este poema era uma das "lições" do meu livro da 4ª classe)
20 março, 2008
...anda Pacheco *...
Jaspers Johns: Flag on Orange Field (1957) aqui
(exercício meu para tentar "encaixar" a insistência na defesa da intervenção Bushista no Iraque, com os pressupostos, modos e termos em que aconteceu)...
(uma coisa é não embandeirar em arco ... outra... são coisas do arco-da-velha... ele há coisas!)
...que mais parecem de Zés Pereiras a rufar sempre o mesmo ... mesmo que o bombo (da guerra) já tenha contraditado as petas do bobo das bombas, há muitos compassos atrás... nã nã, neste particular, não "encaixo" este papel de bombeiro...ainda que... tenha os seus toques de bombice (não se lhe nega a cultura clássica)...
(convém verificar o significado de bombice... ;)
* com a devida vénia à ilustre fadista Hermínia Silva... que Deus haja!
19 março, 2008
...generosidade operária?...
sempre tive uma empatia natural com o S. José... e não creio que esta simpatia inicial acontecesse porque o seu dia se relacionava com o dia do (meu) pai... (que saudades!...)
acentuei a ternura pelo S. José quando, no início da adolescência (eu era tão crente!), pensei no dilema que ele teria vivido ao olhar para a sua Maria! a sua Maria Imaculada estava grávida?... a sua Maria IMACULADA (sem pecado) com a barriga a crescer a olhos vistos? ... sem que? ...
e ele...em vez de ...
nas palavras que eu, na altura , usava para pensar no assunto, ele foi generoso, doce e mostrou um coração que compreendia além da razoabilidade humana... cheguei a "condoer-me" com a situação em que o via como companheiro da Maria... (é que... mesmo com o anjo a prestar-lhe informações sobre o caso)...não devia ser fácil lidar com a situação: a Maria era Imaculada por parte do S. José... mas ia ter um filho...
não durou muito este enlevo... os desafios da minha cabecita conduziram-me para zonas onde não existem os S. Josés literais ... mas, ficou-me este rasto de simpatia com o dia 19 de Março...e que, ser pai é, também, este amor sem condições "compreensíveis"...
...dia do pai ...
referência a outra carta ao pai aqui
18 março, 2008
... s/ título ...
De esperas construímos o amor intenso e súbito
que encheu as tuas mãos de sol e a tua boca de beijos.
Em estranhos desencontros nos amámos.
Havia o rio mas sempre ficávamos na margem.
Eu tocava o teu peito e os teus olhos e, nas minhas mãos,
a tarde projectava as suas grandes sombras
enquanto as gaivotas disputavam sobre a água
talvez um peixe inquieto, algo que nunca pudemos ver.
As nossas bocas procuravam-se sempre, ávidas e macias
e por muito tempo permaneciam assim, unidas,
machucando-se, torturando as nossas línguas quase enlouquecidas.
Depois olhávamo-nos nos olhos
no mais profundo silêncio. E, sem palavras,
partíamos com as mãos docemente amarradas e os corações
como o longo beijo da nossa despedida.
Joaquim Pessoa, Os olhos de Isa, Ed Especial, (1982)
imagem: P. Picasso: The Small Bouquet
17 março, 2008
contraste
Black is Black
(ai balhamedeus...tanta palpitação infanto-juvenil...)
(naqueles tempos as "cantigas" duravam mais do que agora)
bloco de notas (para ler em falsete)
2) faz falta a Natália Correia para dar resposta adequada ao deputado do piercing ...lembrei-me logo do deputado de Lamego, um tal Morgado, que a Natália Correia tão diligentemente ridicularizou...(parece que o piercing na língua (também) é responsável pela continuação da transmissão do HIV, mas, ainda assim, .... a coisa tem de ser colocada de modo diferente...o proíba-se! não é modo).
3) estava há pouco a pensar na minha afilhada que foi para Barcelona e fiquei com tantas saudades dela...
4) vi hoje na TV o presidente da ASAE e percebi melhor algumas coisas...vi cada fotografia...
5) há saudades que só o silêncio pode descrever (esta é muito private, mas saiu ...está saída).
6) há comícios que nunca deveriam ter passado sequer pela cabeça, quanto mais comiciado emeiado e acabiado... ressacabiado é o que é...
7) gostava de ser esclarecida: isso de andarem a trabalhar para as estatísticas em educação é mesmo um rodriguinho governativo ou dá o governo nozes a quem não as quer porque tem nogueiras?.... é que eu gostei do modo como a ministra falou hoje do ensino profissional...
8) se a China vem por aí fora não há himalaias ocidentais que resistam... muito mais numa altura em que está tudo a tremelicar de crise... a começar nos isteites... o mundo vai ficar amarelo e de olhos em bico mais depressa do que se pensava? Os tibetanos já não aguentam...
9) a mãe de uma das meninas atropeladas e a quem pensam dar alta hospitalar brevemente, não tem condições para a receber em casa no período de convalescença... raio de terra esta...
10) o FCP já leva tantos pontos de avanço sobre o segundo, na 1ª liga de futebol, que quase parece aquelas vanguardas do proletariado que iam tão à frente tão à frente que nem pareciam do mesmo planeta....
navegar é preciso...
Navegações XIV
Através do teu coração passou um barco
Que não pára de seguir sem ti o seu caminho
Sophia de Mello Breyner Andresen, 1982
in MAR poesia, Ed Caminho, 67
imagem: daqui
15 março, 2008
...homenagem às minhas amigas...com quem vou jantar...e conversar até às quinhentas...
2005
(mantive a versão de 1964, apesar de estar em piores condições sonoras, em vez de uma de 1969, por me parecer que mostra mais o espírito da coisa...)
(entre as versões existe uma diferença de 41 anos,... nós estivemos 37 anos sem nos revermos)
(a comunicação mantem-se e, possivelmente, melhorou...)
....juro..... piercings (4)
não gosto mesmo nada
quando o meu filho era adolescente
(já tardio)
quis pôr um piercing
teve a "infeliz"(???) ideia de me consultar
estivemos uma tarde inteira
a discutir o assunto
eu argumentei com todas as minhas forças
racionais,
sobretudo estéticas
a decisão coube-lhe naturalmente
a ele
que não colocou o famigerado piercing
(não sei se é mais feliz por isso)
eu não gosto mesmo nada de piercings
eu gosto muito da liberdade
...juro que não estou a dar com a língua nos dentes por causa de "pircingues"...
brincos à rainha de Viana do Castelo
Também chamadas "argolas de Barcelos" ou "de cigana", estiveram muito em uso, especialmente nessa região. Começaram a ser muito divulgadas a partir do princípio deste século, em especial pelas mulheres dos talhantes ( daí o seu nome ) daquela cidade, atestando a sua situação económica com tamanhos que atingiam por vezes dimensões desproporcionadas . São peças ocas, de ouro polido em canovão de secção quadrada, de ganchos, com grande incorporação de mão de obra . (texto retirado) daqui
Brincos à Rainha
São actualmente os mais usados e divulgados pelas mulheres de Viana, tendo origem no sequilé francês aproximando as suas formas à das arrecadas de Viana, incorporando-lhes os mesmos símbolos amuléticos. Apresentam forma lunular na parte móvel; SS (estilização de pássaros voando);triângulo invertido como remate (símbolo de fertilidade). Eram peças fundidas, mas com muitos acabamentos manuais . Estes brincos, juntamente com as laças, eram usados no princípio do sec.XIX pela nobreza e alta burguesia, com diamantes talhados em rosa, tendo sido posteriormente adaptados ao gosto popular, com as modificações referidas . Dada a sua belíssima forma, ocuparam o lugar que era devido às arrecadas de Viana . Também se chama "picadinhos" e "de Viana" . (texto retirado) daqui
14 março, 2008
13 março, 2008
oh balancé, balancé, balancé da neve pura; oh minha salvé raínha oh minha vida e doçura
Aliás, uma das "coisas" que menos percebo é a forma recorrente como ouço apelar para comportamentos de circunstância, de fachada... que não... que sendo político... não pode parecer... Mais, criticam-se abstractamente "os políticos" por causa dos comportamentos de plástico (são políticos, bahhh ) e quando aparece um que não bate com esse estereótipo sucede-se o comentário...... ui ...esse não tem hipótese...
Uma coisa é ter postura de estado e comportar-se devidamente, outra é ter de parecer sempre perfeito...até porque, perfeita perfeita...
O Vita Lino como todos os cheios de vida que aprendem muito bem o que querem que aprendam e nunca levantam o dedo para duvidar de nada ... lança os foguetes e até apanha as canas...
Eu se tivesse de escolher entre Linos (abrenúncio!) sempre preferiria o que se engana ... eheheh
imagem Baloiço: http://umavidamuda.blogspot.com/2007/06/balanc.html
com afecto para a luz do glorioso (SLB ...para os mais novos...)
Geoffrey Rigden, Link (2000)
G. Rigden, Oursin with olives grey ground (2000)
G. Rigden, Leitmotiv (2000)
(esta 3ª sugestão parece-me a mais oportuna...a saber:
i) o título - leitmotiv é promissor para a mobilização de vontades
ii) muda a imagem de forma baratinha...aproveita o laranja deitado fora pelo pê ésse dê.
iii) pessupõe 4 espaços onde se podem sofrer golos, mas, também, onde se podem marcar...
iv) apresenta remeniscências do jogo dos 4 cantinhos...podem importar a táctica...
v) afigura-se-me que o Mantorras e o Chalana vão gostar...
Oh pahhhhhhh mas isto sou eu a falar que não pecebo nada e sou azulona ...
Naturalmente que tenho presente, de um modo especial, os meus amigos benfiquistas
restaurador olex
lembram-se daquele anúncio muito mauzinho que dizia que um preto de cabeleira loira e um branco de carapinha não é natural?
Não é que me lembrei disto ao ouvir na televisão a notícia da mudança de imagem que o LFMenezes fez ao pê ésse dê?
Eu acho que o novo azul do pê ésse dê quer dizer que estão com os olhinhos "à belenenses"...
quando o loiro do LFMenezes vier totalmente ao de cima e ele aparecer quiçá (como eu gosto desta palavra eheh) loiro platinado, depois não digam que não houve avisos...
...da diversidade...da mudança...do habitual....
A HISTÓRIA DA MORAL
Você tem-me cavalgado,
seu safado!
Você tem-me cavalgado,
mas nem por isso me pôs
a pensar como você.
Que uma coisa pensa o cavalo;
outra quem está a montá-lo.
Alexandre O'neill
E examinai, sobretudo, o que parece habitual.
Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural nada deve parecer impossível de mudar.
Bertolt Brecht
by the way:
i) que vá bugiar a/o (?) síndrome da avozinha que cuidava que só o neto marchava acertado.
ii) o "mainstream" não é, forçosamente, um MUST.
iii) quem faz as mudanças reais não são os pardais que comem o primeiro milho (humm esta sabedoria pop não liga lá muito bem com o O'neill e com o Brecht... esta minha mania de querer ser tradutora...até parece...traduzir paradigmas... linguagens com géneses tão diferentes...ai ai).
12 março, 2008
copianço (meu) ... puro prazer_inculto
11 março, 2008
...abutres....
11-3 = 8 de Março
Eu sei que a história é conhecida. Mas, não gostando eu, à partida, de dias de...e muito menos de atitudes paternalistas, habituei-me, contudo, a gostar da comemoração do dia 8 de Março.
Imagem: Graça Morais, As Escolhidas (1995)