by the way
TERÇA FEIRA
como qualquer mortal, as terças feiras da minha vida oscilam, variam,
umas têm sabor a mel outras a fel,
e nem sempre se distingue bem o mel do fel....
no fim de contas... é mesmo só consoante...
a questão só se coloca por causa de uma certa teimosia (teórica) minha ... afinal, bem vistas as coisas, se verdadeiramente se quisesse, ora bem, enfim, se (sempre condicionada pelo condicional)
...as terças feiras poderiam todas saber a mel...
R... o Rousseau, o Padre Américo, a minha leitura (quando miúda) do Novo Testamento, o meu primeiro namorado que me achava o máximo por eu ser ingénua e, já agora, a minha mania de não querer ver mal em nada.
Às vezes questiono-me se sou morena só por fora!
umas têm sabor a mel outras a fel,
e nem sempre se distingue bem o mel do fel....
no fim de contas... é mesmo só consoante...
a questão só se coloca por causa de uma certa teimosia (teórica) minha ... afinal, bem vistas as coisas, se verdadeiramente se quisesse, ora bem, enfim, se (sempre condicionada pelo condicional)
...as terças feiras poderiam todas saber a mel...
R... o Rousseau, o Padre Américo, a minha leitura (quando miúda) do Novo Testamento, o meu primeiro namorado que me achava o máximo por eu ser ingénua e, já agora, a minha mania de não querer ver mal em nada.
Às vezes questiono-me se sou morena só por fora!
TERÇA FEIRA
É terça feira
E a feira da ladra
Abre hoje às cinco
Da madrugada
E a rapariga
Desce a escada quatro a quatro
Vai vender mágoas
Ao desbarato
Vai vender
Juras falsas
Amarguras
Ilusões
Trapos e cacos e contradições
É terça feira
E das cinzas talvez
Amanhã que é quarta-feira
Haja fogo outra vez
O coração
É incapaz
De dizer
"tanto faz"
Parte para a guerra
Com os olhos na paz
É terça feira
E a feira da ladra
Quase transborda
De abarrotada
E a rapariga
Vende tudo o que trazia
Troca a tristeza
Pela alegria
E todos querem
Regateiam
Amarguras
Ilusões
Trapos e cacos e contradições
É terça feira
E a feira da ladra
Fica enfim quieta
E abandonada
E a rapariga
Deixou no chão um lamento
Que se ergue e gira
E roda com o vento
E rodopia
E navega
E joga à cabra-cega
É de nós todos
E a ninguém se entrega
Sérgio Godinho: Album Kilas, o mau da fita (1980)
E a feira da ladra
Abre hoje às cinco
Da madrugada
E a rapariga
Desce a escada quatro a quatro
Vai vender mágoas
Ao desbarato
Vai vender
Juras falsas
Amarguras
Ilusões
Trapos e cacos e contradições
É terça feira
E das cinzas talvez
Amanhã que é quarta-feira
Haja fogo outra vez
O coração
É incapaz
De dizer
"tanto faz"
Parte para a guerra
Com os olhos na paz
É terça feira
E a feira da ladra
Quase transborda
De abarrotada
E a rapariga
Vende tudo o que trazia
Troca a tristeza
Pela alegria
E todos querem
Regateiam
Amarguras
Ilusões
Trapos e cacos e contradições
É terça feira
E a feira da ladra
Fica enfim quieta
E abandonada
E a rapariga
Deixou no chão um lamento
Que se ergue e gira
E roda com o vento
E rodopia
E navega
E joga à cabra-cega
É de nós todos
E a ninguém se entrega
Sérgio Godinho: Album Kilas, o mau da fita (1980)
1 comentário:
Mel atraí ursos,,foi esse o fel?? deixou-te sabor amargo na boca??.....cospe...e espera pela 4ª feira verás q vem outro "sabor"
Um abraço:pandorabox
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