De há uns tempos para cá, entre os que falam sobre e a propósito dos jogos de futebol, generalizou-se a expressão apitar o jogo. Não creio que seja uma esquisitice reaccionária ou mesquinha da minha parte, estranhar a substituição do verbo arbitrar por apitar. São verbos que exprimem acções, estados e qualidades muito diferentes. E se, para arbitrar um jogo, ainda é necessário apitar e, portanto, o árbitro precisa de soprar no apito, restringir a arbitragem a questões de fôlego, ou vontade de bufar no objecto, é pouco rigoroso e simboliza a falta de brio que pomos, também, nas coisas triviais... Oh pah, em última análise, se colocarem um apito no focinho de qualquer besta, só pelo efeito mecânico da respiração, a besta apita... Ora... será caso para dizer então: já vi muito animal a apitar, mas a arbitrar...
imagens (googladas)
em cima: apitos, de várias cores que eu sou ingénua mas nem tanto;
em baixo: ex-árbitro Pierluigi Collina, em tempos considerado o melhor árbitro do mundo.
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