Fairey, Shepard
Obama victory
English, Ron Abraham Obama
1) Obama ganhou. Tendo-me eu inclinado pela Hillary inicialmente, a partir da sua nomeação pelo partido democrata, Obama ficou o meu candidato. O mais importante para mim foi, contudo, ter aprendido a olhar a América de um modo mais livre e menos preconceituoso. Ainda me hão-de indicar um país, sem ser africano, onde, neste momento, Obama fosse eleito para o mais alto cargo do país.
2) Que exagero virem já apregoar que o Obama é o novo messias e, deste modo, colocarem-lhe nos ombros tarefas imensas que nem ele se propôs realizar no decurso da campanha. Há gente que não sabe mesmo perder. E gosta de desfazer, e quanto pior melhor!
3) O BPN foi nacionalizado. No meio de trafulhices e desfalques de muitos milhões de euros, mais uma vez, os que se abotoam com muitos milhões e são negligentes a tratar de tantos outros, se vão escapulir minando a democracia e defraudando o país. Só existem apitos dourados para tratar de uns resultados de uns manhosos jogos de futebol...
4) A Fátima Felgueiras foi condenada embora com pena suspensa. Simbolicamente condenaram-se também as ligações pouco recomendáveis entre instituições que se deviam dedicar ao bem comum e público e não a arranjar fio para tecer teias de interesses muito particulares e pouco recomendáveis.
5) Felizmente a criminalidade amainou. Será? Ou a comunicação social arranjou outro bombo para festejar diariamente a falta de competência com que aborda e exerce a sua função?
6) Casualmente eu estava na Madeira (precisamente no Funchal) no dia em que o deputado do PND desfraldou a bandeira nazi na Assembleia Regional. Falei acerca do assunto com gente que mora no Funchal. Espanto-me agora com a superficialidade do Luís Delgado (? em boa verdade vindo dele nada me espanta...a não ser como é que ele é comentador residente da SIC). Do meu ponto de vista, a pergunta a fazer é porque é que um deputado tem necessidade de fazer estas "cenas". Claro que, se o referido deputado tivesse o talento de os Gatos Fedorento ou de Os Contemporâneos, utilizaria a ironia e o exagero com outra elegância. Mas não tem e "estrebucha" como pode. Numa sociedade onde não se pode falar porque, a fazê-lo, se pode comprometer a vida definitivamente, este é que é o problema e não a forma desajeitada e até de mau gosto como se protesta. E abençoada criatura que, mesmo de forma deselegante, é suficientemente descomprometida (leia-se sem rabos de palha) para dizer certas coisas. Ver mais nA Barbearia do Sr. Luís.
7) O José Albergaria voltou com um novo blog no sapo, o mainstreet, já "linkado ali ao lado.
8) Li um texto que me tocou particularmente no sem tom nem som. Por vários motivos: porque os casos relatados mostram como a cidade está povoada de solidão e sofrimento, mas também porque mostra à evidência a importância de uma profissão que, porque é parente de outra muito cotada socialmente, normalmente é vista com olhos míopes. Se há coisas que me incomodam é haver profissões de primeira e de segunda. Nunca "encaixei" bem porque é que a necessidade óbvia da divisão de tarefas há-de levar a uma divisão social do trabalho.
Katie Melua, piece by piece
15 comentários:
Por uma vez, um longo post.
E com a minha anuência em tudo.
Continue assim. É muito boa.
Abraços José-Carlos
:))))
Bom, Bom, Bom, sem dúvida um excelente trabalho. Um análises profundo, muito meditado. Como aliás o fizemos muitos, mas sigo pensando que lhe estamos dando a tudo isto mais importância daquela que o assunto em si o merece. Espero que passados uns dias a euforia decline, que tudo isto não nos defraude, e que a realidade nos dê a razão.
De momento, uma coisa é certa, o país mais democrático do mundo passou a sê-lo bastante mais. Foi uma decisão importante, mas quando surge algo assim, o que mais me preocupa, e que me faz recordar ao grande J. F. Kennedy, é que num País tão imenso sempre há um chalado que o estraga tudo, espero que este não tenha o mesmo fim: voltaríamos, lamentavelmente, ao principio.
Do resto não opino, não estou suficientemente informado.
Um grande abraço
Concordo, e, subscrevo.
Um final feliz para a História...
pq o sombrio está anunciado...Grande mudança...que a Liberdade não seja apenas uma ilusão secreta...mas uma realidade palpável...e sobretudo que haja consciência e responsabilidade e trabalho sobre os grandes problemas do Mundo... e quanto á preguiça só se for divina!...doutra forma baní-la...
bom fim de semana.
Que bem que te fez a Madeira... Fazes um belo resumo da semana para quem, como eu, resolveu há muito fingir viver o mais afastada possível desse vespeiro da política. Vou-me apercebendo do que se passa por leituras como esta porque deixei de ter paciência para ver, ouvir ou ler noticiários, debates, artigos de opinião dos opinadores encartados... O meu casulo vai ficando mais pequeno mas com um ar muito menos poluído. Só cá entra quem e o que eu quero. Por isso agradeço a ti a aos outros bloguistas que leio porque me identifico com eles por afectos e não por outras vias. BJS
Não sei o que dizer perante os factos que aqui apresentas. Dói-me a alma. Desapontada que estou com os políticos, e as instituições de justiça do meu País.
É claro que subscrevo aquilo que dizes, Mdsol.:(
Beijos
Fiquei contente. Vamos ver se isto muda!
Pois é,
na Europa, na Europa tida pelos europeus como a fonte da cultura, na Europa presumida pelos europeus como a origem do bom gosto e da sensatez, na Europa imaginada pelos europeus como o centro di mundo, serão ainda precisos muitos anos, muita água há-de passar debaixo das pontes, até ser possível, se algum dia o vier a ser, a eleição de um membro de uma comunidade minoritária.
Essa é uam das lições que a Europa devia aprender, sobretudo aqueles europeus que se imaginam herdeiros do "muito civilizado parece bem".
Ky
as vezes pergunto-me sera a europa do politicamente correcto so uma fachada uma fina camada a espera de romper?
Jokas
Paula
Sobre Obama o que me angustia é toda a gente querer fazer dele um herói. Ele é humano, um homem que vai ser presidente do país dmeocrata mais hipócrita do mundo. A prova de que todos somos racistas é esta, a de achar que o facto do novo presidente ser negro isso faz dele um super-homem.
Obama herda uma pesada dívida e uma nação em crise, muito dificil de governar. Se falhar todos os julgarão por ser negro e não por ser um presidente que não conseguiu fazer frente a crise.
Daqui a pouco, quando a economia teimar em recuperar, os que agora o idolatram, cuspir-lhe-ão na cara.
Tenho pena de Obama porque o mundo é cruel e vilão.
Sobre Obama o que me angustia é toda a gente querer fazer dele um herói. Ele é humano, um homem que vai ser presidente do país dmeocrata mais hipócrita do mundo. A prova de que todos somos racistas é esta, a de achar que o facto do novo presidente ser negro isso faz dele um super-homem.
Obama herda uma pesada dívida e uma nação em crise, muito dificil de governar. Se falhar todos os julgarão por ser negro e não por ser um presidente que não conseguiu fazer frente a crise.
Daqui a pouco, quando a economia teimar em recuperar, os que agora o idolatram, cuspir-lhe-ão na cara.
Tenho pena de Obama porque o mundo é cruel e vilão.
Vou procurar ser sucinta, até porquê a Mdsol (sobre muitas coisas), a Cristal e a tal enfermeira disseram muito e bem. O relato de um dia dessa enfermeira é contundente. Guardadas as diferenças, há outras áreas de apoio à quem precisa (os que nada têm) em que os profissionais (ou não, agora e há muito 'voluntariado'... mas nem vou por aí) passam por dificuldades e 'aventuras' parecidas. Continuará a haver gente vocacionada para o trabalho que não traz riqueza nem reconhecimento, mas esses precisam muito de apoio. E não perguntarem no vazio 'Para quê falar disto?'..
Uma comunidade de apoio(ou rede). A inter-ajuda, diversas áreas do saber a trabalharem e apoiarem-se de forma conjugada(utopias!), numa sinergia que dignifique quem dá e quem recebe ajuda...e vai se ver que esse dar e receber por vezes muda de mãos.
Então não pode alguém, tão próximo da morte e cheio de dores sentir também a dor de uma enfermeira e dirigir-lhe duas frases cheias de sensibilidade e o saber de uma vida? Dignifica os dois. Ou uma toxicodependente com sida agradecer de modo tão sicero a dedicação, que isso lhes fique no coração?
Mas para isso a enfermeira tem de ser capaz de ver ali um ser humano, desarmar um pouquinho e para lá do material infectado, ver dignidade e permitir-se, por momentos (aqueles que marcam e significam) ser Pessoa com um Outro.
Bem sei que essas 'redes de apoio', blá, blá, blá já existem. Funcionam bem??? Nem sempre. Funcionam de modo 'institucional', sabe-se lá o que acontece com os ideais então. E as tais profissões de segunda, terceira que ficam patentes...há falta de gente com fortes valores..ou eles estão por aí, sem apoios nenhuns a fazerem o que podem e não podem. E quebram mesmo. Sozinhos quebramos e não vamos adiante naquilo a que nos propomos. E daí a sentir que de nada vale tanto esforço, que nada somos, é um passo.
Talvez então o lugar para a Política(com P grande) como resposta, de que fala o José-Carlos quando indaga 'como apoiar na prática essa enfermeira e de quem ela se ocupa?'.... longe das 'disputas politiqueiras'(isso já parece pequenez).
Desculpem, falei demais. Tinha eu separado umas palavras e canções 'para quem...ele sabe', esperando a oportunidade...
Esta canção é para ele, mas vem à propósito e vou ilustrar o que se disse aqui. Afinal, é o que todos precisamos; partilhar, sorrir, importarmo-nos, pegarmos a mão. Partilha do tempo, vida, amor. "Voce não precisa sentir-se em casa?"
Lembram-se disso?
"Give a little bit
Give a little bit of your love to me
Give a little bit
I'll give a little bit of my love to you
There's so much that we need to share
So send a smile and show you care
I'll give a little bit
I'll give a little bit of my life for you
So give a little bit
Give a little bit of your time to me
See the man with the lonely eyes
Take his hand, you'll be surprised
Give a little bit
Give a little bit of your love to me
I'll give a little bit of my life for you
Now's the time that we need to share
So find yourself, we're on our way back home
Going home
Don't you need to feel at home?
Oh yeah, we gotta sing"
(Supertramp, Give a little bit)
http://www.youtube.com/watch?v=dR6G9Q4cmTE&feature=related
***
ufff, menina...
desta vez excedeste-te rsss
concordo. por esta ordem: 3,2,6,4,5,7 (se tu o dizes rss),8,1
beijo
*
eu tive um sonho,
in-martin luther king,
,
ele aí está,
chama-se obama,
,
marés de simpatia, deixo,
,
*
Mdsol,
bem... parece-me que ao invés de L.Delgado quem lá devia ser residente era a "menina"!
não sei comentar política, mas ouço e vejo... e contento-me e enervo-me e rio com n situações... subscrevo o post (os Srs do 6 e 7 não "conheço"...darei lá um "saltinho")
um abraço
mariam
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