"... Arre, estou farto de semi-deuses! Onde é que há gente no mundo? ..." Álvaro de Campos (Fernando Pessoa), poema em linha recta
José Carreras, pomba branca
20 comentários:
Anónimo
disse...
Belo, A leveza que passeia, equilibrando-se, entre o céu e a pomba na circunstância de poder escorregar. Aí, espera-se que as 38 asas, batendo em sicronismo, a possam suster e repôr no corripé.
Contudo me surpreende, a ousadia dela em ir pôr-se ali naquela situação, sem que nada o explique senão razões inexplicáveis; alguma força interior, algum desígno que nem ela mesma percebeu, mas sem dúvida, e isso teve de ter, a coragem que vem de se ouvir o coração. Só assim encontra ela o equilíbrio (no fiel da balança)...
Por onde andam as pessoas que se julgam semi-deuses? Não precisamos delas, realmente, somos apegados a essa gente cuja simplicidade é tão expressiva e nos comove.
Usei parte dessas palavras de Clarisse Lispector noutro comentário mas sabia que viria a poder usá-las (o que se segue) novamente. É mesmo isso;
« Ah, meu amor, não tenhas medo da carência: ela é o nosso destino maior. O amor é tão mais fatal do que eu havia pensado, o amor é tão inerente quanto a própria carência, e nós somos garantidos por uma necessidade que se renovará continuamente. O amor já está, está sempre.»
(in A Paixão Segundo G.H)
sei que biologicamente são as fêmeas a fazerem a escolha. nada sei dos animais mas as humanas... (talvez não devesse falar por todas, mas muitas sim)...elas sentem tal como os machos que descreve a ~pi. Mesmo.
"não dançam mas cantam e re-cantam" (?) ora, que bem....fez-me lembrar de Orfeu, que gosto tanto..poderosa música de comover os deuses e alterar desígnios...
das pombas, sempre gostei e me intrigou os pequenos animais prestimosos dos contos de fadas...a vir em auxílio d@s coitad@s, desastrad@s personagens das histórias...
e não referi com clareza o medo, a aflição de que fala a ~pi; quem está a viver com alma e coração, deve se sentir bem assim...
...até que encontre onde repousar, onde encontre paz e aceitação...
Cara mdsol, Por que se chama este lindo e perfumado blog (será chanel?), branco no branco, e não, por exemplo, "branco no tinto", "tinto no branco", ou "tinto no tinto"? Peço desculpa pela pergunta.
Uma criação desta magnitude obriga a um esforço que eu sei que exerces satisfatoriamente, e que reconheço. A beleza do quadro, na sua leveza e realismo, é fascinante. O texto obriga a uma amplia reflexão. Que nos cremos que somos!? Josep, acaba envolvendo o conjunto com uma voz única, nítida e transparente, dando a harmonia precisa ao que criaste. Obrigado e parabéns por esta obra prima.:)))
Paula, desde que ando aqui, já te ouvi falar de 'nervos', 'frio', 'falta de sono'(*) e o 'aborrecimento' agora também. Estás é a precisar de alguém... semi-deuses não, que isso parece gorar, mas alguém de carne e osso, alma gentil e um tanto de paixão.. vem cá depois contar.
uma das condições indispensáveis da construção é a ingenuidade da disposição que torna o corpo leve e a ber to em consonância com a luminosa vibração do espaço e a sequência fluvial do tempo
20 comentários:
Belo,
A leveza que passeia, equilibrando-se, entre o céu e a pomba na circunstância de poder escorregar.
Aí, espera-se que as 38 asas, batendo em sicronismo, a possam suster e repôr no corripé.
G. I.
aqui :)
todos somos só gente.
parece-me que somos assim como os bichos - mamíferos e pássaros, que~, quando têm medo,
aumentam imenso o volume do pêlo ou das penas
pra mostrar o seu poder ao outro,
mas, de facto, estão aflitos e cheiinhos de medo que o outro descubra ( a... verdade da sua exiguidade?
é engraçado observar os pássaros machos, por exemplo, como na sedução são ipsis ´verbis` os humanos, falseando a forma, o volume e até os dotes!!
- isto é, que eu saiba, e com tristeza o constatei, só dançam e exibem alegria e vibração
por essa ocasião! :)
~
mas leves, isso são,
inexplicados-bicos-curvilíneos
[ nunca-em-linha-recta
e sim, de certo modo aprofundando
e paradoxando o comentário
anterior, não dançam
mas
cantam e re-cantam
~
Ahhh!!! Belo, sim!
E dahh! para mim!
Perfeito.
Contudo me surpreende, a ousadia dela em ir pôr-se ali naquela situação, sem que nada o explique senão razões inexplicáveis; alguma força interior, algum desígno que nem ela mesma percebeu, mas sem dúvida, e isso teve de ter, a coragem que vem de se ouvir o coração. Só assim encontra ela o equilíbrio (no fiel da balança)...
***
Por onde andam as pessoas que se julgam semi-deuses? Não precisamos delas, realmente, somos apegados a essa gente cuja simplicidade é tão expressiva e nos comove.
Deixo meu fraterno abraço amigo
Não sei, eu cá também só vejo deuses a caminhar pela terra em corpo humano.
Usei parte dessas palavras de Clarisse Lispector noutro comentário mas sabia que viria a poder usá-las (o que se segue) novamente. É mesmo isso;
« Ah, meu amor, não tenhas medo da carência: ela é o nosso destino maior. O amor é tão mais fatal do que eu havia pensado, o amor é tão inerente quanto a própria carência, e nós somos garantidos por uma necessidade que se renovará continuamente. O amor já está, está sempre.»
(in A Paixão Segundo G.H)
sei que biologicamente são as fêmeas a fazerem a escolha. nada sei dos animais mas as humanas... (talvez não devesse falar por todas, mas muitas sim)...elas sentem tal como os machos que descreve a ~pi. Mesmo.
"não dançam mas cantam e re-cantam" (?)
ora, que bem....fez-me lembrar de Orfeu, que gosto tanto..poderosa música de comover os deuses e alterar desígnios...
é precisa a canção!
***
(cont.)
das pombas,
sempre gostei e me intrigou os pequenos animais prestimosos dos contos de fadas...a vir em auxílio d@s coitad@s, desastrad@s personagens das histórias...
e não referi com clareza o medo, a aflição de que fala a ~pi; quem está a viver com alma e coração, deve se sentir bem assim...
...até que encontre onde repousar,
onde encontre paz e aceitação...
deve ser tão bom! tão bom!
***
Cara mdsol,
Por que se chama este lindo e perfumado blog (será chanel?),
branco no branco, e não, por exemplo, "branco no tinto", "tinto no branco", ou "tinto no tinto"?
Peço desculpa pela pergunta.
Uma criação desta magnitude obriga a um esforço que eu sei que exerces satisfatoriamente, e que reconheço.
A beleza do quadro, na sua leveza e realismo, é fascinante.
O texto obriga a uma amplia reflexão. Que nos cremos que somos!?
Josep, acaba envolvendo o conjunto com uma voz única, nítida e transparente, dando a harmonia precisa ao que criaste.
Obrigado e parabéns por esta obra prima.:)))
Reconhecido deixo-te um grande abraço
obrigada, não tenho medo, ou menos medo, sim, tenho um bocadinho, um inho,
e é claro que em cima estava a comentar o texto do álvaro de campos, não o ´quadro`.
o quadro parece-me natural, é assim como a vida, nudez-fio-sobre--linha,
(( confiar de olhos fechados no
movimento dos pássaros,
no sua misteriosa direcção,
na in tui ção e no
in s tinto
~
e eu aqui aborrecida, com semideuses por ai....
Jokas
Paula
*
a pomba ?
ali !!!
,
maresias nocturnas, deixo,
,
*
Tinha que vir aqui agradecer os mimos que me dás. És uma ternura.
Beijo grande
Paula, desde que ando aqui, já te ouvi falar de 'nervos', 'frio', 'falta de sono'(*) e o 'aborrecimento' agora também.
Estás é a precisar de alguém...
semi-deuses não, que isso parece gorar,
mas alguém de carne e osso, alma gentil e um tanto de paixão.. vem cá depois contar.
(*)esse costumava eu ter, espero vir a resolver.
***
O ponto é esse...até os demiurgos vão desparecendo...venha a alegria e a bravura da gente que sabe ser gente....
abraços
semi-deuses têm pés de barro...
uma das condições indispensáveis da construção é a ingenuidade da disposição que torna o corpo leve e a ber to em consonância com a luminosa vibração do espaço e a sequência fluvial do tempo
~ antónio ramos rosa o aprendiz secreto ~
tive um grane desejo de ´deixar`
aqui isto, talvez seja um ritual,
acordei com essa ideia
muito, muito clara :)
obrigada maria do sol ~
beijo
...bonito!
beijo e boa semana à todos que ainda passarem aqui.
***
Enviar um comentário