27 maio, 2009

open minded, plize

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Casentini, M.
open my mind
(2008)




"A palavra estratégia opõe-se à de programa. Para as sequências que se situam num meio estável, convém utilizar programas. O programa não obriga a estar vigilante. Não obriga a inovar. Assim quando vamos para o trabalho, ao volante do nosso carro, uma parte do nosso comportamento está programado. Se surge um engarrafamento inesperado, é preciso então decidir se se deve mudar de itinerário ou não, infringir o código: é preciso mostrar estratégia."
Edgar Morin, introdução ao pensamento complexo (ed. instituto Piaget, 118)

Com eleições em tempo de crise renomada e famosa nota-se mais a falta de estratégia, por mais densos e palavrosos que sejam os programas - quando os há de facto e não são um monte de letras mortas para cumprir uma alínea.

14 comentários:

lino disse...

Não concordo com o autor, pois considero que aquilo a que ele chama estratégia é para nós o desenrascanço, palavra só nossa. Estratégia utilizo eu, que saio de casa às 6H40 para não apanhar engarrafamentos. Se os apanhar por acidente, ponho em campo a táctica do desenrascanço :))

mdsol disse...

lino
O exemplo pode não ser feliz, mas é um exemplo somente para ilustrar o desconhecido. O Lino, e bem, como já conhece os engarrafamentos toma decisões acertadas em função disso.
:))

Ana Gabriela A. S. Fernandes disse...

Mdsol, gostei imenso deste post, da ideia, e de como visualmente podemos entender melhor do que se trata!
Sim, precisávamos de estrategas agora...

mariam [Maria Martins] disse...

Mdsol,

pois é ... então vamos 'torcer' para que seja desta que os estrategas inventem menos e cumpram mais! rsrs

boa noite 'vizinha'! desculpa só hoje ter aberto o 'correio' :)

um grande abraço
beijinhos
mariam


... este espaço continua um 'mimo' . brilhante!

Duarte disse...

Imagina uma pessoa como eu ante tantas cores, todas lindíssimas, mas se me dissesses agarra a X, o mais provável é que me equivocasse.
Estratégias e demais factores ao enfrentarem-se com a dona probabilidade de pouco servem, em linhas gerais, pois sempre existe o factor surpresa. Só a dona matemática, o logra, para isso é uma ciência exacta, se a sabes utilizar, mas, e a probabilidade? Sempre está a opção, como alguém já mencionou antes.
Estamos ante mentes saturadas e, como tal, sem capacidade para discernir.
Aqui votamos no dia sete de junho.

Um abraço de boa amizade

Francisco Clamote disse...

Programas haverá e montes de letras também, mas ninguém os lê! São só para figurar na prateleira. É mau que assim seja, mas é a vida, como dizia o outro. Abraço amigo.

Pulsante disse...

...o cumprimento de um programa implica o seguimento de uma estratégia...
A formulação de Morin está incorrecta. O programa não é o seguir um determinado itinerário. O programa é chegar ao trabalho de carro. Para chegar ao trabalho de carro implica uma estratégia. Uma estratégia que contemple a possibilidade de mudar de itinerário e/ou infringir o código.
Digo eu de que.

Ana Paula Sena disse...

A citação de E. Morin é deveras interessante. Aponta para a nossa capacidade de enfrentarmos o imprevisto, para além de procedermos como meros autómatos pré-programados. No entanto, o que me parece é que andamos sempre tão confrontados com imprevistos que já não há programa que seja eficaz. Vivemos cheios de estratégias, nomeadamente a da sobrevivência. Talvez seja de pensar nas estratégias da estratégia, dado que a complexidade de tudo atingiu um limite extremo. (Digo eu de que... nada mais do que isso)

Na verdade, o estado actual das coisas mostra que é preciso também reinventar a actividade política.

Obrigada pela reflexão, md(Sol) :))

Um beijinho grande!

jrd disse...

Há muito que suspeitava que o problema estava nos semáforos. A luz verde "fundiu-se"...

Manuel Veiga disse...

o verdadeiro problema surge quando o condutor pisca para a esquerda e vira para a direita...

beijo

mfc disse...

Ohhh... mas quando surge o engarrafamento já não se pode mudar de programa!

Anónimo disse...

Não concordo com Edgar Morin nste ponto. A estratégia, em minha opinião, não passa por aí.
Já quanto à sua extrapolação estou totamente de acordo, embora a tal alínea também possa não ser cumprida

Anónimo disse...

Não concordo com Edgar Morin nste ponto. A estratégia, em minha opinião, não passa por aí.
Já quanto à sua extrapolação estou totamente de acordo, embora a tal alínea também possa não ser cumprida

Anónimo disse...

Obrigadinha pela ajuda, miss Solarenga, particularmente a alguém que não sabe o que há-de fazer à vida... política.

puft... nóia.