Casentini, M.
open my mind
(2008)
"A palavra estratégia opõe-se à de programa. Para as sequências que se situam num meio estável, convém utilizar programas. O programa não obriga a estar vigilante. Não obriga a inovar. Assim quando vamos para o trabalho, ao volante do nosso carro, uma parte do nosso comportamento está programado. Se surge um engarrafamento inesperado, é preciso então decidir se se deve mudar de itinerário ou não, infringir o código: é preciso mostrar estratégia."
Edgar Morin, introdução ao pensamento complexo (ed. instituto Piaget, 118)
Com eleições em tempo de crise renomada e famosa nota-se mais a falta de estratégia, por mais densos e palavrosos que sejam os programas - quando os há de facto e não são um monte de letras mortas para cumprir uma alínea.
Edgar Morin, introdução ao pensamento complexo (ed. instituto Piaget, 118)
Com eleições em tempo de crise renomada e famosa nota-se mais a falta de estratégia, por mais densos e palavrosos que sejam os programas - quando os há de facto e não são um monte de letras mortas para cumprir uma alínea.
14 comentários:
Não concordo com o autor, pois considero que aquilo a que ele chama estratégia é para nós o desenrascanço, palavra só nossa. Estratégia utilizo eu, que saio de casa às 6H40 para não apanhar engarrafamentos. Se os apanhar por acidente, ponho em campo a táctica do desenrascanço :))
lino
O exemplo pode não ser feliz, mas é um exemplo somente para ilustrar o desconhecido. O Lino, e bem, como já conhece os engarrafamentos toma decisões acertadas em função disso.
:))
Mdsol, gostei imenso deste post, da ideia, e de como visualmente podemos entender melhor do que se trata!
Sim, precisávamos de estrategas agora...
Mdsol,
pois é ... então vamos 'torcer' para que seja desta que os estrategas inventem menos e cumpram mais! rsrs
boa noite 'vizinha'! desculpa só hoje ter aberto o 'correio' :)
um grande abraço
beijinhos
mariam
... este espaço continua um 'mimo' . brilhante!
Imagina uma pessoa como eu ante tantas cores, todas lindíssimas, mas se me dissesses agarra a X, o mais provável é que me equivocasse.
Estratégias e demais factores ao enfrentarem-se com a dona probabilidade de pouco servem, em linhas gerais, pois sempre existe o factor surpresa. Só a dona matemática, o logra, para isso é uma ciência exacta, se a sabes utilizar, mas, e a probabilidade? Sempre está a opção, como alguém já mencionou antes.
Estamos ante mentes saturadas e, como tal, sem capacidade para discernir.
Aqui votamos no dia sete de junho.
Um abraço de boa amizade
Programas haverá e montes de letras também, mas ninguém os lê! São só para figurar na prateleira. É mau que assim seja, mas é a vida, como dizia o outro. Abraço amigo.
...o cumprimento de um programa implica o seguimento de uma estratégia...
A formulação de Morin está incorrecta. O programa não é o seguir um determinado itinerário. O programa é chegar ao trabalho de carro. Para chegar ao trabalho de carro implica uma estratégia. Uma estratégia que contemple a possibilidade de mudar de itinerário e/ou infringir o código.
Digo eu de que.
A citação de E. Morin é deveras interessante. Aponta para a nossa capacidade de enfrentarmos o imprevisto, para além de procedermos como meros autómatos pré-programados. No entanto, o que me parece é que andamos sempre tão confrontados com imprevistos que já não há programa que seja eficaz. Vivemos cheios de estratégias, nomeadamente a da sobrevivência. Talvez seja de pensar nas estratégias da estratégia, dado que a complexidade de tudo atingiu um limite extremo. (Digo eu de que... nada mais do que isso)
Na verdade, o estado actual das coisas mostra que é preciso também reinventar a actividade política.
Obrigada pela reflexão, md(Sol) :))
Um beijinho grande!
Há muito que suspeitava que o problema estava nos semáforos. A luz verde "fundiu-se"...
o verdadeiro problema surge quando o condutor pisca para a esquerda e vira para a direita...
beijo
Ohhh... mas quando surge o engarrafamento já não se pode mudar de programa!
Não concordo com Edgar Morin nste ponto. A estratégia, em minha opinião, não passa por aí.
Já quanto à sua extrapolação estou totamente de acordo, embora a tal alínea também possa não ser cumprida
Não concordo com Edgar Morin nste ponto. A estratégia, em minha opinião, não passa por aí.
Já quanto à sua extrapolação estou totamente de acordo, embora a tal alínea também possa não ser cumprida
Obrigadinha pela ajuda, miss Solarenga, particularmente a alguém que não sabe o que há-de fazer à vida... política.
puft... nóia.
Enviar um comentário