24 novembro, 2008

andas







CARMO, A.
no atelier com Lempicka
(2008)








"diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és"


Paul Simon, still crazy after all these years

22 comentários:

cristal disse...

Adoro as cores... as formas... still crazy after all these years... ainda bem :)))!

Sensualidades disse...

hehehe temos o mesmo gosto em musica

e ja agora em arte

lindissima

jokas

Paula

Anónimo disse...

Still crazy about...
:))) José-Carlos

Carminda Pinho disse...

Pois!
Eu ando com poucos(as), mas tudo boa gente...:)))
Gostei deste post, muito subtil...coisa que eu tenho dificuldade em ser.;)

Beijos

Carminda Pinho disse...

Ah! mas continuo... crazy after all these years.Lol

Osvaldo disse...

Olá Medsol;
A frase é "batida" mas nem sempre actual ou correcta.
Quantas vezes andamos por obrigação, por necessidade ou por imperativos do "métier" e quando nos liberamos mostramos a nossa verdadeira identidade !...(boa ou menos boa).

A tela (no atelier com Lempicka) é linda...

Uma pergunta; Tens alguma Galeria de Arte?.
bjs

Aqueduto Livre disse...

Caríssima,

Esta sua casa cada vez está mais bonita, subtil e arguta.

Assim como o António Carmo, que, tendo optado pelas geografias nebrinosas da Bélgica do Jacques Brel (le plat pays qui est le mien...)está com uma pintura, em cada dia que passa, mais meridional e mais luminosa.

Continue em boas companhias!

Abraço,

Zé Albergaria

~pi disse...

gosto da música, mas não menos da poesia de paul simon,

o sounds of silence é uma obra-prima,

erguida do silêncio, a sua voz é um mel que escorre afiado e ponteia a articulação base entre o corpo-som-língua-táctil
e o mais primordial sentido:

( há sempre essa loucura aí,
sempre esse rasgo, risco, regaço,
essa ousadia, mais do que nunca,
still crazy,




~

GP disse...

Que bem me soube (re)ouvir Paul Simon...

beijinho grande

Justine disse...

Menina, adoro este "hino":))! E também gosto do traço do António Carmo. Por aqui fico um pouco...

Anónimo disse...

Tamara Lempicka, mulher atormentada...penso. Sem ‘moralismos’ mas alguns indícios (tudo somado) dão conta disso (quem sabe mais, que me corrija).
Tornou-se lugar-comum associar ‘processo criativo’ à algum grau de loucura. Penso que não. Parece-me mais próximo da verdade dizer que a personalidade criativa em alguém existe apesar da loucura. A psicose (num sentido amplo) é sempre uma ruptura. Com o(s) outro (s), consigo próprio, com a vida, com as relações significativas de toda uma vida.

Conviver com alguém com algum grau de perturbação (fico-me por perturbação) é difícil. Muita gente tem essa experiência. Quando há crianças então... o ser humano é tão frágil! Não é tarefa para heróis, sucumbimos tentando salvar...

"And I aint no fool for love songs
That whisper in my ears" (???) Um perigo se assim é. Uma tristeza também.

Para ficar com Paul Simon, que tal a ironia de ‘I am a rock’?
http://letras.cifras.com.br/paul-simon/i-am-a-rock
(aqui, letra e música para recordar)

Quem convive com a ‘perturbação’ em algum grau, não pode andar sozinho. Mesmo.

.. ”ser sábio mas não expedito*, a cultivar a subtil virtude da insensatez sem nos tornarmos, pura e simplesmente loucos.”
(Thomas Moore)

* (a importância do tempo nas transformações que importam, a solidificar e conferir...
autenticidade (?))

"A alegria evita mil males e prolonga a vida". (William Shakespeare)

“A alegria é a prova dos nove.” (Oswad de Andrade in ‘Manifesto Antropofágico’)
((tinha guardado essa para outra ocasião...a ocasião aguarda acontecer…))

P.S. Bem lembrado, aqui, 'sounds of silence'..)

***

Henrik disse...

a música é perfeita. o adágio, há muito que discordo dele. não são, nem podem ser, as companhias que determinam os seres mas antes o que somos nessas companhias. culpar rebanhos é fácil mas há que saber que tipo de ovelha somos.

Violeta disse...

lá diz o ditado...

anamar disse...

O Ant´nio Carmo, está como o vinho do Porto, quanto mais velho...
and so crazy...
obrigada pelo Paul..
Atenta de si,
ana

in_side disse...

"Quem convive com a ‘perturbação’ em algum grau, não pode andar sozinho. Mesmo."

diria que as estratégias da criação de perturbação-dissonância-defesa,

são tantas quantas as próprias perturbações reais - vi tanto, tanto disso!
hipocondrias sob todas as formas, para alguém suportar, vi e li também muito sobre isso,

(por ex. skinner-cleese ´famílias e como sobreviver com elas`)

criar, criar pra mim é criar a vontade inteira de ser feliz e defendê-la como um animal defende o seu território! pode ser arte ou outra coisa que se cria, vida. criar vida.

quanto à alegria e ao contentamento, sim, mas a tristeza existe e que nunca, nunca seja seja negada, mas ultrapassada, alquimizada,? :)



~

Luna disse...

já a minha avozinha o dizia
beijos

Manuel Veiga disse...

gsotei muito. de ver. ouvir e... saber.

JPD disse...

Certíssimo!
Voilá!!!
Bjs

Carminda Pinho disse...

Ahahah!!!agorta que li o teu comentário lá no Forum, fartei-me de rir.:)))
Não querida, não era eu certamente, pois nem passei por lá nesse dia. Mas, eu sei que há coisas...acontece também comigo, às vezes...

Beijinhos

Sensualidades disse...

nao me fales em frio tou aqui gelada hehe


Jokas

Paula

Duarte disse...

Bonitos tons y excelente música.

:)))

Um abraço

Anónimo disse...

gostava aqui que comentar o que disse Henrik e in_side,

Henrik, compreendo o que dizes, o que mostra quanto a mim, que nosso olhar não deve ser apenas a preto e branco sobre as coisas (fotografias sim, são giras a preto e branco...alguns filmes também)

importante o que dizes sobre não serem os outros a determinar o que somos mas a diferença que fazemos ali (se estou a interpretar bem tuas palavras)

mas creio também que concordas com o que eu disse acima (e in_side também) nessa, podemos dizer, situação limite que é a convivência com a 'perturbação'
(para não complicar mais)

exemplificando; se lidar com a 'perturbação' a nível profissional já é difícil (que o digam os profissionais psi, que precisam acautelar-se mantendo também seu equilíbrio psíquico com o apoio de um outro terapeuta, tanto quanto possível de forma regular), tanto mais importante a busca desse equilíbrio para todos -de forma ideal mas isso não existe - em um espaço de conforto, de recuperar forças e reorientar sentido, aquilo a que chamaríamos de lar, família, relação significativa... e outros nomes talvez.

se nesse espaço suposto ser para restaurar, descansar e estimular, a pessoa tem de estar sempre alerta, na defensiva, buscando estratégias para conter, desviar o perigo, apaziguar e no fundo, sem descansar nem poder afirmar, afirmar-se, ser com inteireza....é difícil aqui ser coerente com quaisquer nobres valores que se escolheu. concordas, não?

in_side, é verdade não é? como parece ser também, e indo ao encontro do que dizes sobre criar, criar vida, mesmo quem conviveu ou provém de família ou relações difíceis, depois de 'quebrar' (isso parece inevitável, uma descida para dentro de si-mesmo) é capaz de retornar fortalecido, compassivo (capaz de melhor compreender o outro e solidarizar-se no sofrimento), íntegro.

a história tem uns exemplos disso, homens e mulheres que transformaram essa substância sem valor - em Si-mesm@s - rodeada de sofrimento e putrefação até, em algo de supremo valor. Alquimia, pois...esquecida (usada ao desbarato também). mas conduz à Vida.

quero dizer que ao começar a ler os teus dois últimos parágrafos pensei 'esta in_side' é mulher de certeza, pois. por que será? não que alguns homens não tenham também esse modo e qualidade no olhar.. para a vida.

da alegria autêntica...parece-me ausentar-se do mundo e das relações...e as pessoas se acomodam a esse tão-pouco-mas-é-normal. foi preciso, para mim até, sentir um gostinho de 'infinito' para querer mais, querer ser feliz e pensar que é possível. defendê-la como dizes, como um animal ao seu território. o que anda mal para acharmos que pouco basta ou a outros, num frenesi sem Sentido em busca de emoções?

do acolher a tristeza (e também o deserto de que falou a ~pi e deixei passar), sim, também e transcender depois de reconhecer e acolher. alquimizar..

do deserto, simbolicamente mas não só, lugar de muitas transformações. de iniciação,(re)orientação para a vida, purificação. reencontro com o Si-mesmo.

teu último parágrafo me fez recordar uma frase de Clarisse Lispector. vai parecer contraditório com o que se disse sobre a alegria...mas é tão bom ser um pouco paradoxal!

« Ah! meu amor, não tenhas medo da carência: ela é o nosso destino maior.»

é preciso então persistir na busca da Água, de que falou ~pi...

***