09 julho, 2008

borda (d)a luz!

10.

A manhã parada.
O azul.
A fundura da pupila.

Não é ainda a sede,
a matilha,
a febre.


O tronco nu -
a luz vacila.

Eugénio de Andrade,
matéria solar, 22

Riley, B. - edge of light (2003)

6 comentários:

Anónimo disse...

Como sempre, belos exemplos.
(Vê porque é que eu a invejo?,,,)
:)))
José-Carlos

Dois Rios disse...

Beleza de versos de Eugénio Andrade. Tão densos quanto "a fundura da pupila."
Tantos ditos em tão poucos versos.
Beijo,

Duarte disse...

Só Eugenio de Andrade pôde expressar-se assim.
Como sempre, boa coordenação.

luis lourenço disse...

O poder das cores e o lirismo da poesia de Eugénio de Andrade.
Numa perfeita harmonia...
brilham as estrelas e as cores, Maria do Sol...lindo

mdsol disse...

José-Carlos:

É tão generoso! Inveja tenho eu do seu modo rigoroso de pensar, da sua abertura de espírito para o não trivial e.... da maneira "esgalhada" como escreve em Francês... Sim qu eeu já lá andei a espreitar!

:)

dois rios:
Concordo. Palavra ssem gordura. Por isso tanto pode ser dito com tão poucas.
:)

duarte:
Mas tu vês as coisas com "bons olhos".
:)

véu de maya:
ainda bem que... agradou
rsrs
:)

Anónimo disse...

Muito obrigado ! Então já lá foi espreitar ?! Vamos lá a ver como é que as coisas me correm por lá...
:))
José-Carlos