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Granter, E. W.
humming bird
FIDELIDADE
Diz-me devagar coisa nenhuma, assim
como a só presença em que me perdoas
esta fidelidade ao meu destino.
Quanto assim não digas é por mim
que o dizes. E os destinos vivem-se
como outra vida. Ou como solidão.
E quem lá entra? E quem lá pode estar
mais que o momento de estar só consigo?
Diz-me assim devagar coisa nenhuma:
o que à morte se diria, se ela ouvisse,
ou se diria aos mortos, se voltassem.
Jorge de Sena, 1956
Jacques Brel, chanson des vieux amants
[Publicado em 24 de Maio de 2009]
5 comentários:
Só lhe seria possível esta cena
Com o nosso Jorge de Sena
(e também Brel...)
Boa reposição
esta,
desse Verão
O grande Jorge de Sena, que tão mal amado foi pela sua gente.
excelente Sena! excelente Brel...
(dói, não é? por vezes...)
beijos
linda reposicao
Beijos
Paula
adoro jacques brel, uma das minhas primeiras paixões platonicas ehehehehe há buébuébuébué da tempo :P
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