Avery, M.
autumn light
(1963)
Querida Isaura:
Não falamos há algum tempo. Como sempre as minudências no dia a dia interpôem-se entre estas nossas conversas. Confesso-te que estou num tempo de ambivalências claras, calma e sobressaltada. Como tu bem sabes há momentos em que a vida resolve mostrar-se de forma inesperada e avassaladora. Da perplexidade instalada decorre uma exigência de acção que começa pelo nosso necessário posicionamento. Encontrar coordenadas em momentos destes torna-se num exercício de remoção quase arqueológica de nós mesmos. A surpresa instalada delimita a manifestação dos sentimentos, a perplexidade encandeia o desenvolvimento de outros e o inusitado parece querer tornar ainda outros impossíveis. São momentos de intensa aprendizagem de nós. Quase uma revisão forçada da toda a matéria dada. Não só a matéria aprendida voluntariamente, mas também a que foi ficando em nós por mero usucapião. É, seguramente, um teste sério e difícil à nossa capacidade para viver bem! De acordo com a conveniência humana.
Querida Isaura, não te maço mais por hoje.
beijos
Não falamos há algum tempo. Como sempre as minudências no dia a dia interpôem-se entre estas nossas conversas. Confesso-te que estou num tempo de ambivalências claras, calma e sobressaltada. Como tu bem sabes há momentos em que a vida resolve mostrar-se de forma inesperada e avassaladora. Da perplexidade instalada decorre uma exigência de acção que começa pelo nosso necessário posicionamento. Encontrar coordenadas em momentos destes torna-se num exercício de remoção quase arqueológica de nós mesmos. A surpresa instalada delimita a manifestação dos sentimentos, a perplexidade encandeia o desenvolvimento de outros e o inusitado parece querer tornar ainda outros impossíveis. São momentos de intensa aprendizagem de nós. Quase uma revisão forçada da toda a matéria dada. Não só a matéria aprendida voluntariamente, mas também a que foi ficando em nós por mero usucapião. É, seguramente, um teste sério e difícil à nossa capacidade para viver bem! De acordo com a conveniência humana.
Querida Isaura, não te maço mais por hoje.
beijos
13 comentários:
*
conveniência humana,
que barreira tão dificil
de . . . saltar . . .
,
convenientes conchinhas,
,
*
Acredito que, muito mais do que pensamos, estas "revisões" periódicas são necessárias e programadas. Felizes os que são capazes de se aperceber que as fazem e de colaborar na "arrumação" como tu és querida MdSol. BJ
Também li...
muito bom teu post. Lindo teu modo de escrever. Voce escreve um texto
eu leio um poema. Muito bom te ler.
Tenha um belissimo dia.
Maurizio
partilhei da leitura...gostei do elemento esotérico...que não poderia ser exotérico.
Um bom jantar para as duas.
la convivencia humana, que dificil es convivir con la gente a veces
saluditos
ó Mdsol, tás a falar caro, carago! num intendi nada... rss
adorei. estas conversas com Isaura prometem.
beijos
o mais importante e talvez o mais dificil e coviver conosco proprias
Jokas
Paula
vejo que (6)
terei que ler as outras 5 peças... :)
desta, retiro este pedacinho de frase fantástica
..."mas também a que foi ficando em nós por mero uso capião"...
acho que nunca me ocorreria utilizar esta "figura" de posse, para tal comparação :)
no fim-de-semana voltarei com mais tempo, tenho tido uns dias CHEIOS de trabalho e à noite, estou demasiado cansada para vir aqui... sorry!
bom resto de semana
um sorriso :)
mariam
Dona Isaura, tanto tempo sem saber nada de si! Como vai esse físico? O único que sabemos é por esta rapariga bonita que ambos conhecemos. Bom! eu virtualmente.
Aceite o que ela diz, são palavras muito meditadas. Sabe, às vezes os humanos, algo complexos, entramos nestas fases. Mas isso é momentâneo, senão aqui estamos para a animar e verá que isso passa
Só escrevo quando o faz ela, está a compreender?
Beijinhos às duas
...
vou revendo a materia dada
de queda em queda ...
la se aprende qualquer coisa :)))))
Inveja da Isaura...
:)) José-Carlos
Como esta reflexão me é familiar!...
Me é... também.
[Beijo...@]
Enviar um comentário