Trovante, 125 azul
Foi sem mais nem menos
Que um dia selei a 125 azul
Foi sem mais nem menos
Que me deu para abalar sem destino nenhum
Foi sem graça nem pensando na desgraça
Que eu entrei pelo calor
Sem pendura que a vida já me foi dura
P´ra insistir na companhia
O tempo não me diz nada
Nem o homem da portagem na entrada da auto-estrada
A ponte ficou deserta nem sei mesmo se Lisboa
Não partiu para parte incerta
Viva o espaço que me fica pela frente e não me deixa recuar
Sem paredes, sem ter portas nem janelas
Nem muros para derrubar
Talvez um dia me encontre
Assim talvez me encontre
Curiosamente dou por mim pensando onde isto me vai levar
De uma forma ou outra há-de haver uma hora para a vontade de parar
Só que à frente o bailado do calor vai-me arrastando para o vazio
E com o ar na cara, vou sentindo desafios que nunca ninguém sentiu
Talvez um dia me encontre
Assim talvez me encontre
Entre as dúvidas do que sou e onde quero chegar
Um ponto preto quebra-me a solidão do olhar
Será que existe em mim um passaporte para sonhar
E a fúria de viver é mesmo fúria de acabar
Foi sem mais nem menos
Que um dia selou a 125 azul
Foi sem mais nem menos
Que partiu sem destino nenhum
Foi com esperança sem ligar muita importância àquilo que a vida quer
Foi com força acabar por se encontrar naquilo que ninguém quer
Mas Deus leva os que ama
Só Deus tem os que mais ama
Macey, G.
autumn light
autumn light
9 comentários:
Maria do Sol!
o azul é uma cor maravilhosa...e a múica dos Trovante...um sonho bem tipicamente português...O que Deus fz de belo o homem gosta...o problema está no que o desgosta...
BFS
A morte nõ existe
é uma invençãos dos homens
Pode alguém encontrar-se (à si mesmo) assim...
...'com esperança sem ligar muita importância àquilo que a vida quer'... (?)
...
'sem paredes, nem ter portas nem janelas
Nem muros para derrubar'...(?)
Não admira então que 'exista (assim´, tão somente) um passaporte para sonhar
E a fúria de viver é mesmo fúria de acabar'...(!!!)
...
por outro lado, que sei eu?
Mas se queremos saber por onde vamos, não devemos andar sozinhos.
***
yo normalmente y no se porque siempre que estoy agobiada y cojo el coche para liberarme, acabo en la playa desclaza paseando a la orila del mar.
solo la muerte se lleva demasiado pronto
a los que nosotros amamos
saluditos
As pontes que Lisboa tem para ti!!!
A ponte da vida pode ser infinita?!
Beijos
para fechar os olhos e ouvir
Jokas
Paula
Há pontes... que têm este este sentir...em nós...
Beijos
Olá Mdsol;
Primeiro, o poema dos trovantes, que não sei se foi escrito por L. Represas, é maravilhoso, mas musicado, é uma das melhores canções do grupo... Obrigado por nos brindares com essa bela melodia.
Segundo, a pintura de Macey com o seu "Luz de Outono sobre o Lago", faz-nos sonhar com a calma que a época nos transporta.
bjs
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