11 janeiro, 2008

este post tem tudo a ver com o anterior... e a leveza do "concreto" também ajuda a colocar as questões

Havia um Tarzan
chamado Johnny
andava de tanga
e gritava Oíóôí

Vivia na selva
de lianas pendentes
e tinha uma macaca
velhinha sem dentes

Matava o Tarzan
cobras e panteras,
hienas, leopardos
e mais outras feras

Um dia do céu
caiu um aeroplano
de tela e madeira
e fuselagem em cano

Dentro dele seguia
formosa donzela
nívea e delicada
vestida de caqui

Seu nome era Jane
menina prendada
que Tarzan amou
de forma elevada

Aprendeu a ler
escrever e contar
e os modos distintos
de quem sabe estar

Divertiam-se muito
e eram felizes
tinham bichos amigos,
mas não geraram petizes

Então o produtor
para mais feliz fim
levou-os a Hollywood
para um grande festim

Jane veio a apaixonar-se
por um galã malvado
deixando Weissmuller
assaz desamparado

De fato completo,
e pasta na mão
Jonhy foi para a selva
mas a de aço e betão

Não tinha elefantes,
lianas e anões
mas tinha sujeitos
mais maus que leões

De Jane se soube
que teve uma filha
E que Tarzan louco,
acabou aos berros,
em longínqua ilha

Jorge Avidal in Instantes, Lugares Evasões, Ed Campo das Letras, 62/64




2 comentários:

Manuel Veiga disse...

esta história do Tarzan
está um pouco mal contada
a Jane finou-se anã
o Tarzan riu à gargalhada.

Anónimo disse...

a partir de hoje,,,cliente diária.....rsrsrs



beijo:pandorabox