27 janeiro, 2008

quadra solta ...



acabei por ficar triste
c’o sucesso da indiferença
ou mesmo só com a ausência
do tempo em que me viste

e eu te vi por me olhares
do modo que tu tentaste
que eu te visse... já que olhaste
para mim de outros lugares.

mas... estás aí sem dizer,
sequer que não tens palavras,
num lugar que só tu lavras
e onde eu não posso ser.

por isso... morri de ti,
já não sou assim agora.
(eu não posso ser de fora
se por dentro já te vi).

Porto, 30/03/01


imagem (moldura arte nova) em: http//portuguesbrasileiro.istockphoto.com

3 comentários:

Unknown disse...

Que poema!...

É possível revre-me nele, também.

Não deixa de ser triste.
Sobretudo, definitivo.
E sinto alguma tristeza quando digo esta palavra... de-fi-ni-ti-vo.

Bj de domingo...


P.S.: Tens dois junquilhos amarelos que são um mimo, nos vários sentidos do termo...

Manuel Veiga disse...

quem fica triste um dia
com a indiferença d´outrém
têm razões que não sabia
e olhares que não sei bem.

se são de matar de amores
se funestos em seus ais
se alegram meus temores
se me ignoram sem mais...

(espero que não leves a mal. mas a minha vocação de "faduncho" não resiste a uma desgarrada...)

Anónimo disse...

ola Eugenio de Andrade
eu sou a annamaria e tenho 11 anos
eu gostava que me fisesses uma quadra sobre mim e enviasses para este email:
annamariavides@hotmail.com
ok?
eu sou:
xata teimosa timida preguisosa e uma aluna normal
acho que tens ideias que chegue
estou a espera

ja li livros teus es o meu escritor preferido
gosto das poesias
mas olha eu tambem tenho jeito para isso
xau

eu conheço um escritor
o meu escritor preferido
chama-se eugenio de andrade
e e muito querido...
pronto tem a prova voce gosta???
responda quando poder
xau xau um beijinho