08 janeiro, 2008

poetura & pinesia 2

CARNAVAL DE ARLEQUIM (Miró)

Descobri que a vida é bailarina
e que nenhum ponto inerte
anula o viravoltear das coisas.

Carlos Drummond de Andrade in Farewell, Ed. Campo das Letras, 33.


3 comentários:

Anónimo disse...

Pedi tão pouco à vida e esse mesmo pouco a vida me negou. Uma réstia de parte do sol, um campo, um bocado de sossego com um bocado de pão, não me pesar muito o conhecer que existo, e não exigir nada dos outros nem exigirem eles nada de mim. Isto mesmo me foi negado, como quem nega a esmola não por falta de boa alma, mas para não ter que desabotoar o casaco.

F. Pessoa, in "Livro do desassossego"

mdsol disse...

:)) brisaleve

Manuel Veiga disse...

pois é. as coisas (como os factos) são teimosas/os.

("o que é nosso aos braços nos vem cair...")