Staël, Nicolas de
étude de paysage
(1952)
Hoje vou cruzar-me com jesuítas e limonetes. Onde vou? Fiquem bem por aqui.
Sérgio Godinho, é terça-feira
É terça-feira
e a feira da ladra
abre hoje às cinco
de madrugada
e a feira da ladra
abre hoje às cinco
de madrugada
E a rapariga
desce a escada quatro a quatro
vai vender mágoas
ao desbarato
vai vender
juras falsas
amargura
ilusões
trapos e cacos e contradições
É terça-feira
e das cinzas talvez
amanhã que é quarta-feira
haja fogo outra vez
o coração é incapaz de dizer
"tanto faz"
parte p´ra guerra
com os olhos na paz
É terça-feira
e a feira da ladra
quase transborda
de abarrotada
E a rapariga
vende tudo o que trazia
troca a tristeza
pela alegria
E todos querem
regateiam
amarguras
ilusões
trapos e cacos e contradições
É terça-feira
e das cinzas talvez
amanhã que é quarta-feira
haja fogo outra vez
o coração
é incapaz
de dizer
"tanto faz"
parte p´ra guerra
com os olhos na paz
É terça-feira
e a feira da ladra
fica enfim quieta
e abandonada
e a rapariga
deixou no chão um lamento
que se ergue e gira
e roda com o vento
e rodopia
e navega
e joga à cabra-cega
é de nós todos
e a ninguém se entrega
É terça-feira
e das cinzas talvez
amanhã que é quarta-feira
haja fogo outra vez
o coração
é incapaz
de dizer
"tanto faz"
parte p´ra guerra
com os olhos na paz
11 comentários:
Eu já disse que gosto de SG? ;)
Fez-me lembrar a última fase do Jaime Isidoro !
Um beijo.
Adoro jesuítas. Não como um há tanto tempo...
:)))
Á pastelaria... será ?
Uhmmmmm.
Beijinho
iiiiiiii........:))
É terça-feira
e das cinzas talvez
amanhã que é quarta-feira
haja fogo outra vez
o coração
é incapaz
de dizer
"tanto faz"
parte p´ra guerra
com os olhos na paz
...
Hoje por aqui está uma manhã de sol, de inverno é certo, mas sol. e por aí? :)))
Vai a Santo Tirso.;)
Mdsol;
Parece que vais ter uma terça-feira muitoooo doce!
;)
A um sítio doce. ;)
Que te façam muito bom proveito. E amanhã não te esqueças da dieta:)))
(adoro esta canção do Sérgio Godinho...)
Eu, antes de ela ir à praça, dava-lhe sempre estes recados. Hoje não são necessários. Não serão?
...
Nunca vistas os teus olhos
Das manhãs que vais tecendo
Nem soltes os teus cabelos
Onde o amor faz suas tranças.
Com teu cesto de ternura
Nunca vás amor à praça
Onde até o amor se compra
Onde até o amor se vende.
E se eu partir para a guerra
Não perguntes quando volto
Nem com lágrimas desenhes
Minha ausência no teu rosto.
E sobretudo não fales
Meu amor da paz na praça
Onde até se compra a guerra
Onde a própria paz se vende.
Nem perguntes pelo nome
Que no peito escrito trazes
Porque há nomes que se compram
Os nomes também se vendem.
Nessa praça onde tu passas
Tão sem preço como preço
Que o vento teria a morte
Se o vento tivesso preço.
E se eu partir para a guerra
Não perguntes quando volto
Nem com lágrimas desenhes
Minha ausência no teu rosto.
Oxalá amanhã "haja fogo outra vez". Pensaste o mesmo que eu sobre um tal anónimo que assina JEM?
Beijinho
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