01 dezembro, 2009
início de dezembro, (quase) fim de outono e algum frio pelo meio (finalmente)
Cherry, H.
december
(1959)
UM DIA NÃO MUITO LONGE
NÃO MUITO PERTO
Às vezes sabes sinto-me farto
por tudo isto ser sempre assim
Um dia não muito longe não muito perto
um dia muito normal um dia quotidiano
um dia não é que eu pareça lá muito hirto
entrarás no quarto e chamarás por mim
e digo-te já que tenho pena de não responder
de não sair do meu ar vagamente absorto
farei um esforço parece mas nada a fazer
hás-de dizer que pareço morto
que disparate dizias tu que houve um surto
não sabes de quê não muito perto
e eu sem nada para te dizer
um pouco farto não muito hirto e vagamente absorto
não muito perto desse tal surto
queres tu ver que hei-de estar morto?
Ruy Belo, um dia não muito longe não muito perto
{outono, [homem de palavra(s)], todos os poemas,
Assírio e Alvim, 223}
Erik Satie, pièces froides - danses de travers, nº3
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14 comentários:
Mdsol
Há dias assim!!!
... mas não era preciso tanto frio!
Um dia que todos temos ou iremos ter.
No outono
o lume cai
como morto
Em Dezembro
está mais frio
que em Setembro :))
Muito bem!
Já lá tem uma explicação para o Filipe IV. É comprida mas acho que não é chata.
Não tenho saudades nenhumas do frio!
Delicioso poema.
Belíssimo... Belo.
Escolha a louvar, MDSOL
Saudações
Que triste... Ooooo...
Querida mdsol,
claro que Ruy Belo era triste, muito triste e isso hoje colou-se te à pele....
Efeitos do Dezembro...
Fiquei feliz com a tua visita e a tua paciência de tanto "comentares"...:))
Fiquei com vontade de um cházinho contigo...
Melhoras e cuida-te...
Beijinhos
)))))))))))))))))
pois é - um surto. de arrepiar...
talvez demasiado perto.
abraço
Frio finalmente?! A menina tem o termóstato avariado na certa! Eu já apanhei tanto frio este ano, brrrr:( Frio, vento, chuva, gelo, eu sei lá!
As melhoras e toca de agasalhar!
Tanta tristeza, tanta moleza...
Gosto mais do calor e da energia que este me dá !
Beijinhos
Verdinha
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