13 dezembro, 2009

corrupções

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Hafez,K.
mighty hands








Amor Corrupção é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não que se sente;
É um contentamento descontente do contente;
É dor que desatina sem a doer;

É um não querer mais que bem muito querer ter;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de o contente;
É cuidar que se ganha em se sem perder;

É não querer estar preso por vontade;
É servir a benesses quem vence, o ao vencedor;
É ter com quem nos que matar a lealdade.

Mas como causar pode seu favor sua extinção
E Nos corações humanos amizade, pôr verdade
Se tão contrária a si é o mesmo a corrupção?

[Camões que me perdoe por favor
O oportunismo desta adaptação
Ideia que me chegou sem eu supor
Ao comentar no Delito de Opinião]

E andamos nisto...


Guess...

7 comentários:

Sensualidades disse...

brilhante o que fizeste com o texto

e andamos mesmo nisto

jokas
Paula

alfacinha disse...

perdoai-lhes Senhor
porque eles sabem o que fazem


(livro sexto)

observatory disse...

:)
*

Manuel Veiga disse...

abraço.

gostei mesmo. excelente criatividade a tua...

Arábica disse...

Confessa: estavas em estado de graça! :)

Muito bom!

Camões não só te perdoa como te aclama.

jrd disse...

Então e o meu comentário, sobre o aplauso de Camões!?

mdsol disse...

JRD

Não chegou aqui nada. Querem lá ver que foi interceptada? Bolas estaremos a ser o objecto do equivalente às escutas, só que em comentários?

:)