15 dezembro, 2009

claras recordações iluminadas








Corse, M.
white light painting
(1990)








A camisola do dia

Amor, eu me lembro ainda,
Que era linda, muito linda,
Um céu azul de organdi,
A camisola do dia,
Tão transparente e macia,
Que dei de presente a ti,
Tinha rendas de Sevilha,
A pequena maravilha,
Que o teu corpinho abrigava,
E eu, eu era o dono de tudo,
Do divino conteúdo,
Que a camisola ocultava.

A camisola que um dia,
Guardou a minha alegria,
Desbotou, perdeu a cor,
Abandonada no leito,
Que nunca mais foi desfeito,
Pelas vigílias do amor....


Maria Bethânia, a camisola do dia

8 comentários:

Ana Paula Sena disse...

É linda a poesia, palavras belíssimas!

De uma certa nostalgia, fica na camisola do dia, toda ela concentrada, a beleza inigualável do amor :)

Fica um beijinho grande para ti, md(Sol).

Tia [Zen] disse...

Que giro :-) Mas eu agora precisava de uma camisola muito quentinha...

Beijinhos

Sensualidades disse...

fantastico

Jokas
Paula

jrd disse...

Uma camisola com pano (lã) para mangas.
Se fosse pulover, não tinha. Digo eu, que não sei tricotar.
(Que comentário tão idiota, o meu.)
;)

lino disse...

:)))

Anónimo disse...

Belo!

Saudações

Manuel Veiga disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Manuel Veiga disse...

desbotada, embora. mas que (ainda) fica bem...