O R. tem a minha idade. Colegas de escola primária, vizinhos e com um apelido comum embora não sejamos da família. Estudamos em colégios internos na mesma cidade. O R. como sempre me lembro dele, alto moreno com uns olhos verdes profundos e tímidos e o ar sereno de quem não precisa de se queixar de nada. O R. atleta, jogador de Voleibol tal como eu fui (ele muito melhor que eu), um rapaz bonito que se transformou num belo homem. O R. atencioso e muito paciente. O R. de quem me comecei a desencontrar quando fomos para a faculdade. Eu para Lisboa, ele para o Porto. Depois a vida trouxe-me para o Porto e a ele levou-o para África. O R. voltou já há uns anos largos mas, apesar do prazer de nos revermos, a distância e o tempo tinham-nos tornado quase desconhecidos. Não temos, por isso, falado ultimamente. O R., apesar da sua insistência, foi o namorado que eu não quis nos meus 16, 17, 18 anos. Soube hoje que o R. está a morrer. É impossível não chorar.
[Possivelmente não devia ... aqui. Sorry]
[Possivelmente não devia ... aqui. Sorry]
10 comentários:
Trouxeste-me memórias antigas e recentes. Idênticas as antigas. As recentes são outra estória. Mas é impossível não chorar, também...
Abraço-te.
Teias que a vida tece...
Temos sempre uma estória em comum...
Beijinho doce para ti!
Acredito. É impossível não chorar. Tantos laços, tantos significados, em situações assim...
Um abraço e um beijinho com toda a minha compreensão.
Aqui!...
Um dia... pode acontecer-me algo muito parecido [com a mesma inicial, até].
.
Espero que tu me possas "ouvir", nem que seja desta maneira...
.
[Beijo...]
Um abraço apertado, Mdsol.
:)
Ky
Exteriorizar e compartir faz bem, desabafaste, saiu, choraste, veio o alivio... virá!
Como lo lamento! Besos
A minha sincera compaixao, Solzinha. Chora pelo R. e pelos 16 anos e pela falta de eternidade em nossas vidas ... e depois volta a rir ...
Sim, minha querida...Impossível não chorar! Parece que há pessoas para quem a vida se torna completamente madrasta e não se entende como é possível continuar. Refiro-me ao R. mas, sobretudo aos pais do R. Fico de olhos no chão, sem saber o que fazer, quando calha de encontrá-los!
bocados de nós e de laços, nós e laços aos bocados
saber de velhos namorados tem q se lhe diga
Enviar um comentário