Casanova, E.
torre dos clérigos
(c.1890)
METAMORFOSE*
Para a minha alma eu queria uma torre como esta,
assim alta,
assim de névoa acompanhando o rio.
Estou tão longe da margem que as pessoas passam
e as luzes se reflectem na água.
E, contudo, a margem não pertence ao rio
nem o rio está em mim como a torre estaria
se eu a soubesse ter...
...................................uma luz desce o rio
...................................gente passa e não sabe
...................................gente passa e não sabe
que eu quero uma torre tão alta que as aves não passem
......................................................as nuvens não passem
......................................................tão alta tão alta
que a solidão possa tornar-se humana.
Jorge de Sena, Metamorfose, Coroa da Terra (1946), Poesia I, Moraes, Lisboa, 1977
* Segundo Mécia de Sena, o poema Metamorfose refere-se à Torre dos Clérigos
Frei Fado d' El Rei, deusa de azul
(ora ouçam este grupo do Porto, sem preconceito quanto à cor e à realeza:)))
......................................................tão alta tão alta
que a solidão possa tornar-se humana.
Jorge de Sena, Metamorfose, Coroa da Terra (1946), Poesia I, Moraes, Lisboa, 1977
* Segundo Mécia de Sena, o poema Metamorfose refere-se à Torre dos Clérigos
Frei Fado d' El Rei, deusa de azul
(ora ouçam este grupo do Porto, sem preconceito quanto à cor e à realeza:)))
7 comentários:
Em síntese ;), gostei do poema, muito; da música e, claro, do sorriso.
beijos minha linda.
Adorei esse comentario aí de cima, e concordo(??)rsrs.
Maurizio
e muito bem!
Belo!
Sena,
a Torre,
a Canção.
Já os caracteres chineses,
por cativante que seja
o desenho da grafia,
o hermetismo
desvelado
no babel
fish
exibe uma semântica
sem sentido.
Gostei muito do poema,existem grupos musicais de grande qualidade
Namastê
Muito linda a múxica. Não conhecia.
Não conhecia e gostei...
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