CONTEMPLAÇÃO
Num berço de granito
Com a manta do céu
A cobrir-lhe a nudez,
A minha infância dorme.
Nem bruxas nem fadas
A velar-lhe o sono.
No mais puro abandono
Do passado.
Respira docemente,
Enquanto eu, inútil enviado
Do presente,
Sobre ela me debruço,
E soluço.
Miguel Torga, Diário VIII in Antologia Poética Ed Círculo de Leitores, 322
8 comentários:
O inesperado espectáculo destas raízes fez-me pensar no barco sobre as águas da ria que deixei no meu blog...
Coisa engraçada:
Tu, com as umas sólidas raízes presas à terra!
Eu, com um barquito solto sobre umas águas instáveis...
Freud explicaria isto, certamente...
BEIJoooo
um ar de:
se reparares as raízes estão todas à mostra...
beijo
Pois é, as raízes estão tão à tona da terra quanto o barco à tona da água.
:))))
Sabes qual a raíz que me ocorre???...o teu nome: SOL Alegria;Brilho e inteligência(sabias que o amarelo é i simbolo da inteligência??!!)
(aprendo cada dia q passa a Saber bem "gostar de ti)....rsrrsrrs(é bom GOSTAR.....
Um abraço:pandorabox
um ar de...
será pelo que disse a pandorabox que tu gostas da minha saia amarela? E da mariadosol?
:)))
oh pandorabox....que até fico assim sem jeito...
:))
raizes. como pedras vivas!
Há também as raízes ,as primitivas, as deste cantinho no Montemuro plantado.
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