29 junho, 2010

em dó menor

Parabéns aos vencedores. Cá em casa, independentemente de todos querermos que Portugal ganhasse, quem percebe do assunto (não eu, obviamente) e entende que a selecção de Espanha é uma forte candidata ao título, prognosticou  2 - 0, favorável a Espanha. Ficou 1-0. Menos, mas suficiente para Portugal vir embora.
Tenho muita pena. Mas, o desporto é só a coisa mais séria das coisas não sérias.

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Adenda; desafia-me o António P, nos comentários, dizendo que fica à espera de um post sobre  as vantagens de Queirós vs Scolari.  Assim de repente, respondi o seguinte:

Caro António P

Não espere porque não o vou escrever. O único post que aqui escrevi, ultimamente, a falar de Scolari, partiu exactamente do facto de me irritar que viessem sempre com as comparações e, por isso, perdessem objectividade nas críticas. Voltei ao assunto desporto, aqui e aqui.
Acho uma falsa questão escolher entre Queirós e Scolari. E sempre lhe digo que o que me incomoda em Scolari tem menos a ver com futebol e mais com a sua ideossincrasia geral.
Mesmo achando que a questão não se coloca assim, digo-lhe que, como cidadã portuguesa, prefiro não ter o país histérico, completamente enrolado nas bandeiras e agarrado à Srª do Caravaggio, como se não houvesse mais nada para além do futebol.

9 comentários:

Francisco Clamote disse...

Digo o mesmo.

Meg disse...

Incomodou-me ver o CR de cara e boca fechada enquanto o resto da equipa cantava o hino... não gostei, foi demasiado ostensiva a atitude.
Coisas...

Beijo e... paciência!

mdsol disse...

Meg

O Ronaldo não tem estofo de capitão. Viva o Eduardo.

:)))

António P. disse...

boa noite mdsol,
fico à espera do seu post sobre as virtudes de Carlos Queiroz vs Scolari :))

Rogério G.V. Pereira disse...

MdSol
Uma correcção, se me permite:

"O FUTEBOL é só a coisa mais séria das coisas não sérias, porqque o DESPORTO é coisa séria dentro de uma série de coisas"

(Eu disse mais ou menos a mesma coisa aos meus netos...)

mdsol disse...

Caro António P

Não espere que não o vou escrever. O único post que aqui escrevi, ultimamente, a falar de Scolari, partiu exactamente do facto de me irritar que viessem sempre com as comparações e, por isso, perdessem objectividade nas críticas.
Acho uma falsa questão escolher entre Queirós e Scolari. E sempre lhe digo que o que me incomoda em Scolari tem menos a ver com futebol e mais com a sua ideossincrasia geral.
Mesmo achando que a questão não se coloca assim, digo-lhe que, como cidadã portuguesa, prefiro não ter o país histérico, completamente enrolado nas bandeiras e agarrado à Srª do Caravaggio, como se não houvesse mais nada para além do futebol.

:)))

António P. disse...

Bom dia mdsol e obrigado pela resposta.
Afinal não estamos em desacordo, no essencial.
Quanto a futebol, futebol preferimos o Scolari.
Quanto à ideossincrasia também estou consigo. O folclore de Scolari é ( era ) detestável se bem que haja que reconhecer que ele compreendeu a necessidade do espectáculo se estender aos adeptos, coisa que o Queiroz não percebe e prefere sentar-se ao lado dos Srs. Pintos das Costas, Fiilipes Vieiras etc... o que não deixa também de ser detestável.
Daqui a 4 anos há mais.
Até lá que haja bom futebol :)))

Anónimo disse...

Isso implica assumir que o País ganhou consciência e por isso é que já não se enrolou nas bandeiras. Tal não é, infelizmente, verdade. O País é o mesmo, apenas mais triste: não houve ninguém que o levasse a enrolar nas bandeiras. O País está é desenrolado. :))
MNN

Dylan disse...

Penso que o sucesso da Selecção portuguesa no Mundial já estava condenado ao fracasso através de uma convocatória inicial inquinada. De facto, desde opções maioritariamente defensivas que encurtaram o poder ofensivo, passando por naturalizados birrentos em fim de carreira, juntou-se uma gritante falta de ambição. Ao nacionalismo bacoco de cerveja na mão, exacerbado com a goleada à pior selecção do Mundial e apoiado no histerismo da imprensa desportiva, acrescentou-se a vaidade do capitão, ameaçando imolar-se em ketchup! Bastou um tiro da armada invencível para afundar a nau Catrineta, pondo a nu os pecados da FPF, refém de interesses económicos e clubísticos, ou não tivesse esta perdido o estatuto de utilidade pública desportiva.