Verdadeiramente não terá ido e será presença da tua memória, e força e alento se deles necessitares. Penso em ti e desejo-te a doçura do apaziguamento e da serenidade. luis
Eis que morrestes – agora já não bate O vosso coração cujo bater Dava ritmo e esperança ao meu viver Agora estais perdidos para mim - O olhar não atravessa esta distância - Nem irei procurar-vos pois não sou Orpheu tendo escolhido para mim Estar presente aqui onde estou viva. Eu vos desejo a paz nesse caminho Fora do mundo que respiro e vejo. Porém aqui eu escolhi viver Nada me resta senão olhar de frente Neste país de dor e incerteza. Aqui eu escolhi permanecer Onde a visão é dura e mais difícil
Aqui me resta apenas fazer frente Ao rosto sujo de ódio e de injustiça A lucidez me serve para ver A cidade a cair muro por muro E as faces a morrerem uma a uma E a morte que me corta ela me ensina Que o sinal do homem não é uma coluna.
E eu vos peço por este amor cortado Que vos lembreis de mim lá onde o amor Já não pode morrer nem ser quebrado. Que o vosso coração que já não bate O tempo denso de sangue e de saudade Mas vive a perfeição da claridade Se compadeça de mim e de meu pranto Se compadeça de mim e do meu canto.
24 comentários:
Um beijinho, Solinho!
Abraço-te.
(e saio devagarinho.)
Verdadeiramente não terá ido e será presença da tua memória, e força e alento se deles necessitares.
Penso em ti e desejo-te a doçura do apaziguamento e da serenidade.
luis
tenho um tio A. um pouco mais velho, está lentamente a deixar de trabalhar, e ainda há tanta coisa para lhe perguntar.
um sorriso para ti
Um beijinho.
A ternura dos 90, esvaiu-se...
beijos doces, maria do sol.
Ana
Um beijo especial, fazendo-te companhia neste dia cinzento por dentro e por fora
silêncio que se respeita
beijinhos
Paula
Abraço forte.
Um abraço forte Maria.
um sentido abraço.
Um bijinho MD Sol
Abraço grande, amiga.
E fazes-lhe um silêncio tão sublime...
Já apaguei a lareira
para não ouvir o lume
Bj
Abraço com carinho...
Um bj solidário, cara Mdsol.
Que fique em paz.
Saudações
A minha ternura para sempre que necessitar.
Carta aos amigos mortos
Eis que morrestes – agora já não bate
O vosso coração cujo bater
Dava ritmo e esperança ao meu viver
Agora estais perdidos para mim
- O olhar não atravessa esta distância -
Nem irei procurar-vos pois não sou
Orpheu tendo escolhido para mim
Estar presente aqui onde estou viva.
Eu vos desejo a paz nesse caminho
Fora do mundo que respiro e vejo.
Porém aqui eu escolhi viver
Nada me resta senão olhar de frente
Neste país de dor e incerteza.
Aqui eu escolhi permanecer
Onde a visão é dura e mais difícil
Aqui me resta apenas fazer frente
Ao rosto sujo de ódio e de injustiça
A lucidez me serve para ver
A cidade a cair muro por muro
E as faces a morrerem uma a uma
E a morte que me corta ela me ensina
Que o sinal do homem não é uma coluna.
E eu vos peço por este amor cortado
Que vos lembreis de mim lá onde o amor
Já não pode morrer nem ser quebrado.
Que o vosso coração que já não bate
O tempo denso de sangue e de saudade
Mas vive a perfeição da claridade
Se compadeça de mim e de meu pranto
Se compadeça de mim e do meu canto.
Sophia de Mello Breyner Andresen, "Livro Sexto"
Uma visita minha,depois tanto tempo ausente, e deparo-me com uma grande tristeza...Um abraço
Muito obrigada a todos. Era, de facto, um tio muito querido. Um homem bom, delicado, terno, com uma sensibilidade rara, de quem eu gostava muito.
Estou triste, mas está tudo muito bem.
:)
:( Silêncio, querida md(Sol).
Um beijinho grande :)
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