16 abril, 2010

paz pontual







Shabelewska, Silas
peace 4











Tempos de agora, com outroras bem presentes,
(é este o chão que nos foge para o futuro)
vivem-se em ritmo interior com umas lentes,
que de fora nos impõem estilo duro.

De eficácias e realismos dourados,
chegam miragens que alimentam ilusões,
de oásis em desertos confirmados,
com o poder que só podem saltitões.

E só se salva quem saltar sem tom nem som,
viver de jás em prisões de quantidade,
lado de fora de quem ama a liberdade

radical de ir ao fundo, de estar com.
Nestes saltos sobressaio incapaz.
Quero o contrário de ZAP(ing) que é PAZ!

6 comentários:

Rogério G.V. Pereira disse...

Deste poema, queria eu saber o autor. Posso?

Zélia Guardiano disse...

mdasol, que obra espetacular! Lindíssima! Inacreditável, até...
Um abraço

jrd disse...

Que bonito!
Também eu quero. Posso?!...

Rogério G.V. Pereira disse...

MdSol, esqueci de lhe dizer que também escolhi um poema...
Não, não dá interregnos de guerra. É um gritar (por acaso não é hoje o dia mundial da voz?)

Anónimo disse...

:) Bom fds. espero que amanhã não falte com um daqueles habituais posts de sábado. Nõ me deixe ficar mal, please!

Goody disse...

Excelente soneto. Subscrevo em absoluto. Abreijos, fernando