untitled
(1990)
"Apresenta-se à criança um conjunto de contas de madeira, dezoito das quais são castanhas e duas brancas. Em seguida tem lugar o seguinte diálogo entre a criança e o experimentador:
- Quais são mais? As contas de madeira ou as contas castanhas?
- Mais castanhas porque só há duas brancas.
- As brancas são de madeira?
- Sim.
- E as castanhas?
- Sim.
- Então, há mais castanhas ou mais de madeira?
- Mais castanhas.
Aos seis anos é este o padrão de respostas. Em contrapartida, aos oito anos a criança percebe sem dificuldade que há mais contas de madeira. [Piaget, J.: A génese do número na criança]
Esta historicidade - que se dá a todos os níveis - parece uma nova desvalorização da evidência como critério, já que encerra o sujeito no seu próprio nível de evidência..."
José António Marina, ética para náufragos, ed.anagrama S.A., 88-89.
Ora bolas, já tinham idade para ... nos pouparem ao espectáculo que é vê-los a tentar medir água ao metro e tecido ao litro. Penso eu de que...
8 comentários:
:))
AL
Qualquer dia ainda voltam a medir a inteligência à palmatoada.
Que experimentador mais bacoco!
Perdi-me nestas contas... :-)
Beijinhos
ahh falamos de politica??
gosto do untitled :DDD isso sim
MdSol, estou ainda a pensar onde este seu post me leva...
Nomeadamente:
As evidencias consideradas pelos nossos juizes A eles os erros são considerados normais em função da classe social dos arguidos sobre os quais são reunidas várias evidencias do delito de que são acusados...
(Aí estou eu a distorcer coisas que a MdSol vai querendo dizer...)
Assim somos moldados em crianças sem que o saibamos. Para a criança de seis anos o que importa é distinguir as contas em vez de resolver charadas. O meu pai pelos meus seis anos perguntou-me se o que pesava mais era 1 Kg de chumbo,
ou 1 Kg de algodão.
É claro que eu acertei e disse que o que pesava mais era o quilograma de algodão.
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