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Sa, S.
forbidden river
(2007)
AFLUENTES
Que sabe um rio dos seus afluentes? E os afluentes dos subafluentes? E estes dos pequenos regatos da montanha? Os rios não têm memória. (Embora digam que a memória é um rio.)
Têm água. E nós sede.
Jorge de Sousa Braga, os pés luminosos
[o poeta nu - poesia reunida, assírio & alvim, 112]
Simon & Garfunkel, bridge over troubled water (ao vivo, 1969)
7 comentários:
È sempre doloroso contradize-la, MdSol. Seus posts reúnem a beleza do irrefutável e são sempre acompanhadas das minhas canções. Mas tem que ser. Acho que cada rio sente a ausência do caudal afluente e cada afluente dos seus subafluentes e por aí fora. Os rios morrem, sabe disso? Não por falta de água, mas por falta de afluência que é um sentimento muito próprio de ser rio. Todos têm a memória dos seus leitos. Prova? A sua fúria, quando os homens lhos roubam para seus devaneios!
Não sei se os rios tem água para matar a nossa sede ou se a existência de ambas é mera coincidência...
E que sabemos nós dos rios que atravessamos?...
Os rios não existem, mdsol... São mera ilusão. Ora,"não podemos entrar no mesmo rio duas vezes"... Não foi o que disse alguém?
Lindo post! Parabéns!
Abraço
Que belo texto.
Ele há textos assim.
Refrescam-nos a memória e lavam-nos a alma.
:)))
Há 50 anos eu sabia-os todos, até os das colónias. Agora,estou quase como os rios :))
Fiquemos pois assim
com as suas memórias
gosto da palavra afluente - e dos rios na nascente...
beijo
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