Ju, Ann Kook
a part of confabulation in the moonlight
(2007)
XLVIII
Esta noite a loucura do meu ofício
privilegia os falcões;
vou morrer; à altura da boca
o mar pode ser a casa.
A manhã expulsará o sol do olhar;
fui alto para ver a neve,
para colher a transparente e verde
fragrância do ar.
Ninguém pode suportar de olhos abertos
o peso do mundo;
com a noite foram-se os cavalos;
partem para não morrer.
Eugénio de Andrade,
branco no branco, 58
Beethoven,
sonata ao luar, (1º and.) - piano: A. Rubinstein
6 comentários:
e um feliz ano novo para ti
Jokas
Paula
Eugénio. O galope da poesia que não morre.
Bonita a escolha do poema. Bonita a escolha do trecho de Beethoven. feliz ano!
O nosso Eugénio
sempre
Bom dia. Claro.
Branco no (ao) Sol.
Todos os dias. :)
Beijinhos
Tistito... oh.
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