Quem quiser cantar com arte
Cante a pena que sofrer
A mesma pena o fará
Cantar bem, sem o saber. quadra popular (Portugal) [a Rosa do Mundo - 2001 poemas para o futuro 2001,768)
Era o que me faltava: a primavera resolver acompanhar a descida do resto. Não há queda que resista a tanta decadência. Os derrubes sucedem-se desapontados e as ruínas erguem-se entre o derramamento das tácticas mais egoístas. As reservas delapidam-se e vamos todos por aí abaixo... A descida é trambolhão e desastre.
Ah, se já perdemos a noção da hora
Se juntos já jogamos tudo fora
Me conta agora como hei de partir
Se, ao te conhecer, dei pra sonhar, fiz tantos desvarios
Rompi com o mundo, queimei meus navios
Me diz pra onde é que inda posso ir
Se nós, nas travessuras das noites eternas
Já confundimos tanto as nossas pernas
Diz com que pernas eu devo seguir
Se entornaste a nossa sorte pelo chão
Se na bagunça do teu coração
Meu sangue errou de veia e se perdeu
Como, se na desordem do armário embutido
Meu paletó enlaça o teu vestido
E o meu sapato inda pisa no teu
Como, se nos amamos feito dois pagãos
Teus seios inda estão nas minhas mãos
Me explica com que cara eu vou sair
Não, acho que estás te fazendo de tonta
Te dei meus olhos pra tomares conta
Agora conta como hei de partir
(Tom Jobim - Chico Buarque, 1980)
Apesar do som da guerra, do cheiro da catástrofe e do sabor amargo da crise, a luz e as cores da primavera chegaram pontuais, mostrando um sentido de responsabilidade notável para com o nosso alento. Um bom dia do senhor [mesmo para quem ainda não a sentiu]. :))))
Si, par hasard
Sur l'Pont des Arts
Tu croises le vent, le vent fripon
Prudenc', prends garde à ton jupon
Si, par hasard
Sur l'Pont des Arts
Tu croises le vent, le vent maraud
Prudent, prends garde à ton chapeau
Les jean-foutre et les gens probes
Médis'nt du vent furibond
Qui rebrouss' les bois, détrouss' les toits, retrouss' les robes
Des jean-foutre et des gens probes
Le vent, je vous en réponds
S'en soucie, et c'est justic', comm' de colin-tampon
Si, par hasard
Sur l'Pont des Arts
Tu croises le vent, le vent fripon
Prudenc', prends garde à ton jupon
Si, par hasard
Sur l'Pont des Arts
Tu croises le vent, le vent maraud
Prudent, prends garde à ton chapeau
Bien sûr, si l'on ne se fonde Que sur ce qui saute aux yeux Le vent semble une brut' raffolant de nuire à tout l'monde Mais une attention profonde Prouv' que c'est chez les fâcheux Qu'il préfèr' choisir les victimes de ses petits jeux
Si, par hasard
Sur l'Pont des Arts
Tu croises le vent, le vent fripon
Prudenc', prends garde à ton jupon
Si, par hasard
Sur l'Pont des Arts
Tu croises le vent, le vent maraud
Prudent, prends garde à ton chapeau
Se eu pudesse por um dia
Esse amor, essa alegria
Eu te juro, te daria
Se pudesse esse amor todo dia
Chega perto, vem sem medo
Chega mais meu coração
Vem ouvir este segredo
Escondido num choro canção
Se soubesses como eu gosto
Do teu cheiro, teu jeito de flor
Não negavas um beijinho
A quem anda perdido de amor
Chora flauta, chora pinho
Choro eu o teu cantor
Chora manso, bem baixinho
Nesse choro falando de amor
Quando passas, tão bonita
Nessa rua banhada de sol
Minha alma segue aflita
E eu me esqueço até do futebol
Vem depressa, vem sem medo
Foi pra ti meu coração
Que eu guardei este segredo
Escondido num choro canção
Lá no fundo do meu coração
Mon enfant, ma soeur
Songe à la douceur
D'aller là-bas vivre ensemble!
Aimer à loisir
Aimer et mourir
Au pays qui te ressemble!
Les soleils mouillés
De ces ciels brouillés
Pour mon esprit ont les charmes
Si mystérieux
De tes traîtres yeux
Brillant à travers leurs larmes
Là, tout n'est qu'ordre et beauté
Luxe, calme et volupté.
Des meubles luisants
Polis par les ans
Décoreraient notre chambre
Les plus rares fleurs
Mêlant leurs odeurs
Aux vagues senteurs de l'ambre
Les riches plafonds
Les miroirs profonds
La splendeur orientale
Tout y parlerait
À l'âme en secret
Sa douce langue natale.
Là, tout n'est qu'ordre et beauté
Luxe, calme et volupté.
Vois sur ces canaux
Dormir ces vaisseaux
Dont l'humeur est vagabonde
C'est pour assouvir
Ton moindre désir
Qu'ils viennent du bout du monde.
Les soleils couchants
Revêtent les champs
Les canaux, la ville entière
D'hyacinthe et d'or
Le monde s'endort
Dans une chaude lumière.
Là, tout n'est qu'ordre et beauté
Luxe, calme et volupté.
O FCP ganhou 1- 0 ao CSKA de Moscovo para a primeira mão dos oitavos-de-final da Liga Europa, lá em Moscovo. Força azulzinhos.
As papoilinhas demoraram um bocadinho, mas também estão saltitantes porque ganharam na Luz ao PSG por 2-1. Força vermelhuscos.
Os arsenalistas de Braga também ganharam ao Liverpool por 1-0. Força para Anfiel.
No fundo, no fundo, estou curiosa para ver o fundo dos cartazes nas manifs do próximo dia 12. A minha sugestão é que devem reforçar bem os cabos dos ditos. Com o impulso dado pelo sr. PR, nunca se sabe se, em vez de frente de ataque, não se gera mazé uma guerra dos chamorros.
1) É de mim ou uma desusada desenvoltura na leitura das várias páginas do speech, terá a ver com um treino intensivo e de última hora, à maneira doLionel Logue?
2) É de mim, ou quem traça um quadro castastrófico do país, como traçou, com o poder e as incumbências que tem, para dar algum sentido às suas próprias palavras, tem de tomar imediatamente decisões em consonância? Se não o faz, para que fala assim? Para imitar os bloggers e jornalistas que gostam de começar postes com um link soberbo em cima de frases do tipo: tal como já disse aqui? Não deve ser, não ...
3) É de mim, ou quem vê o país como o descreveu e sendo o mais alto magistrado da Nação há cinco anos, só muito cinismo seráfico o levou a ficar calado até agora? Ou o mundo mudou mesmo de repente, assim, nos últimos dois meses?
4) É de mim, ou há uma enorme falta de dimensão histórica e de estadista do senhor eleito? O discurso dele é tão mobilizador como os choros pagos das antigas carpideiras nos enterros ...
5) É de mim, ou a sua pseudo candura, oferecida à vista pela rigidez do rosto, pela secura de carnes e pelo cavaquear sobre um percurso de vida valente, duro, de quem veio de baixo, é mazé uma convicção de predestinado, entulhada de sobranceria e atravancada de egocentrismo num amontoado de representações mentais muito pouco claras?
6) É de mim, ou quem faz política no sentido mais restrito do termo, ao tempo e nos cargos elevados em que o senhor a tem feito, fazer o discurso anti políticos só mesmo na reinação e nunca com ar de quem está a sentenciar algo importante que só ele tem credibilidade para fazer?
7) Quem encarou esta eleição presidencial de forma quase diletante, também não fica nada bem na fotografia.
O meu amor vê teu amor assim
Assim como um jardim
De flores novas
Por teu amor
O meu amor sem fim
Plantou dentro de mim
Um “pé de trovas”
E cada verso
É um botão de flor
Anunciando o amor
A primavera
Que faz do tempo uma quimera
E a nossa vida mais sincera
E o nosso amor, um grande amor
Teu coração
Jardim dos meus jardins
Me cobre de jasmins
Cravos e rosas
Meu coração
Teu carrilhão de sons
Te enfeita de canções
Versos e prosas
Cada canção é feito um beija-flor
Beijando o meu amor
Em nosso leito
Fazendo um ninho em nosso peito
Um ninho amor, de amor perfeito
E desse amor
Perfeito amor...
Tenho andado parada. Pode parecer paradoxal andar quieta, mas assim tem acontecido. Sem lastro para deixar rastos nas vossas "casas". Não é auto-suficiência, longe disso. Às vezes temos de nos gastar por aí, de decisão em decisão, até que novo equilíbrio suceda e nos dê chão e horizonte para retomarmos os outros.
(Okay, eu sei que um :))) não exige muito. Terei perdão?)
Sonhar mais um sonho impossível
Lutar quando é fácil ceder
Vencer o inimigo invencível
Negar quando a regra é vender
Sofrer a tortura implacável
Romper a incabível prisão
Voar num limite provável
Tocar o inacessível chão
É minha lei, é minha questão
Virar este mundo, cravar este chão
Não me importa saber
Se é terrível demais
Quantas guerras terei que vencer
Por um pouco de paz
E amanhã este chão que eu deixei
Por meu leito e perdão
Por saber que valeu
Delirar e morrer de paixão
E assim, seja lá como for
Vai ter fim a infinita aflição
E o mundo vai ver uma flor
Brotar do impossível chão