Somatotrofina:
Hormona segregada pelo lobo anterior da hipófise, que estimula o crescimento dos tecidos e activa a assimilação de proteínas. Também conhecida por hormona do crescimento.
Ai se a somatotrofina "aprendesse" a fazer crescer o ser humano na sua totalidade e não se ficasse só pelo soma! É que esta divisão subtrai tanto que, num tempo desmazelado quanto ao resto, se multiplica a falta de esperança.
29 dezembro, 2006
27 dezembro, 2006
26 dezembro, 2006
Sem título
Natal...Na província neva.
Nos lares aconchegados,
Um sentimento conserva
Os sentimentos passados.
Coração oposto ao mundo,
Como a família é verdade!
Meu pensamento é profundo,
'Stou só e sonho saudade.
E como é branca de graça
A paisagem que não sei,
Vista de trás da vidraça
Do lar que nunca terei!
Nos lares aconchegados,
Um sentimento conserva
Os sentimentos passados.
Coração oposto ao mundo,
Como a família é verdade!
Meu pensamento é profundo,
'Stou só e sonho saudade.
E como é branca de graça
A paisagem que não sei,
Vista de trás da vidraça
Do lar que nunca terei!
Fernando Pessoa
24 dezembro, 2006
História de Natal
Faz hoje um ano que eu e os meus irmãos resolvemos por termo ao travão que tornava a minha mãe renitente ao uso do telemóvel. Apesar da idade avançada, do conjunto de maleitas que a tem acometido, das teclas minúsculas do aparelho...como sempre em tudo na vida a minha mãe não teve grande dificuldade de adaptação. É certo que "estoirou" uns quantos euros inicialmente em experiências. Mas, nada de mais. Nada que qualquer um de nós não tenha feito quando começou a utilizar o aparelho há muitos anos atrás.
Mas... e os "mases" existem mesmo, a sua adaptação rápida (dadas as suas circunstâncias) não se coadunava com hipotéticos erros. Sejamos mais claros: mal o tlm retinia precipitava-se rapidamente para o aparelho. Ora, este empolgamento com a nova tecnologia, que lhe colocava os filhos e os netos mais à mão, não se podia compadecer com enganos. Muito menos com enganos cujo conteúdo eram mensagens enviadas por alguém que, no frémito de marcar o seu encontro (?!?!) digitava frases como: "então logo à noite sempre vamos jantar e.....!!!!".
Claro que lhe explicamos que era engano. Que nem sequer aparecia o número. Que estas coisas aconteciam. Pior era para quem estava à espera da mensagem que não a ia receber! Que não desse importância.
Desliguei-me completamente do assunto. O facto de vivermos longe uma da outra explica o facto de nunca mais me ter lembrado de tal coisa.
Já repararam que dia é hoje? 24 de Dezembro. Consoada. Família. Boas festas. E tal e tal e tal. Estamos todos em casa da minha irmã. As mensagens e os telefonemas sucedem-se nos tlm de cada um ao ritmo da família e dos amigos.
Ao fim de duas tias, volta a tocar o tlm da minha mãe. Por estar mais perto, pelo facto de lhe custar falar (teve um AVC) e porque o número não aparecia, atendi eu. Uma voz jovem e masculina do outro lado da linha pedia para falar com a Dona ... e dizia o nome correcto. Eu insisti em saber quem era.
_"Quero fazer-lhe uma surpresa".
_ Ok. Vou passar-lhe o tlm. (Ora bem, ela tem afilhados, gente que ajudou, familiares afastados que nós não conhecemos...).
_ "Mãe, há alguém que lhe quer fazer uma surpresa". (O "espírito" de natal é conforme a estes assomos).
Só lhe ouvia uns projectos de palavras, mal pronunciados, a tentar explicar que não, que não era pessoa do seu conhecimento. Que era nome que não lhe dizia nada.
Quando eu ia a "re-intervir" na cena, a criatura do outro lado já tinha desligado.
_Mãe, afinal que se passa?
Ela sorria um sorriso de menina, agora muito regular com as incapacidades da idade e dos problemas de saúde que tem tido e tartamudeava qualquer coisa que mal se percebia.
_Mãe? Quem era afinal?
E permanecia o sorriso inocente (de quem não sabe que podem existir enganos nos tlm e quem explore esses enganos) enquanto, com um ar entre o enternecido e o desligado conseguiu afirmar:
_Disse que era o Maurício.
Óh Maurício, bem se diz que o Natal é tempo de todas as solidões.
Bom Natal Maurício. Desejo-to eu e toda a minha família...
Mas... e os "mases" existem mesmo, a sua adaptação rápida (dadas as suas circunstâncias) não se coadunava com hipotéticos erros. Sejamos mais claros: mal o tlm retinia precipitava-se rapidamente para o aparelho. Ora, este empolgamento com a nova tecnologia, que lhe colocava os filhos e os netos mais à mão, não se podia compadecer com enganos. Muito menos com enganos cujo conteúdo eram mensagens enviadas por alguém que, no frémito de marcar o seu encontro (?!?!) digitava frases como: "então logo à noite sempre vamos jantar e.....!!!!".
Claro que lhe explicamos que era engano. Que nem sequer aparecia o número. Que estas coisas aconteciam. Pior era para quem estava à espera da mensagem que não a ia receber! Que não desse importância.
Desliguei-me completamente do assunto. O facto de vivermos longe uma da outra explica o facto de nunca mais me ter lembrado de tal coisa.
Já repararam que dia é hoje? 24 de Dezembro. Consoada. Família. Boas festas. E tal e tal e tal. Estamos todos em casa da minha irmã. As mensagens e os telefonemas sucedem-se nos tlm de cada um ao ritmo da família e dos amigos.
Ao fim de duas tias, volta a tocar o tlm da minha mãe. Por estar mais perto, pelo facto de lhe custar falar (teve um AVC) e porque o número não aparecia, atendi eu. Uma voz jovem e masculina do outro lado da linha pedia para falar com a Dona ... e dizia o nome correcto. Eu insisti em saber quem era.
_"Quero fazer-lhe uma surpresa".
_ Ok. Vou passar-lhe o tlm. (Ora bem, ela tem afilhados, gente que ajudou, familiares afastados que nós não conhecemos...).
_ "Mãe, há alguém que lhe quer fazer uma surpresa". (O "espírito" de natal é conforme a estes assomos).
Só lhe ouvia uns projectos de palavras, mal pronunciados, a tentar explicar que não, que não era pessoa do seu conhecimento. Que era nome que não lhe dizia nada.
Quando eu ia a "re-intervir" na cena, a criatura do outro lado já tinha desligado.
_Mãe, afinal que se passa?
Ela sorria um sorriso de menina, agora muito regular com as incapacidades da idade e dos problemas de saúde que tem tido e tartamudeava qualquer coisa que mal se percebia.
_Mãe? Quem era afinal?
E permanecia o sorriso inocente (de quem não sabe que podem existir enganos nos tlm e quem explore esses enganos) enquanto, com um ar entre o enternecido e o desligado conseguiu afirmar:
_Disse que era o Maurício.
Óh Maurício, bem se diz que o Natal é tempo de todas as solidões.
Bom Natal Maurício. Desejo-to eu e toda a minha família...
23 dezembro, 2006
Sem título
A família é como os sapatos, quanto mais apertados pior! (retenho isto de um filme que suponho ser o "Feios, porcos e maus).
Quero com isto dizer que não valorizo a minha família? Não. Quero dizer que, nestas alturas em que "se decretou ser o tempo da família", as fragilidades são mais evidentes e pesadas.
P.S. Muitas vezes sinto que quem me tem salvo são os amigos! Nestes incluo alguns (poucos) familiares.
21 dezembro, 2006
Aniversário
Acredito que, nesta altura do ano, "aniversário" remeta para o do menino que, nas contas que nós usamos, nasceu há 2006 anos. Mas não. Hoje, dia 21 de Dezembro, faz muitos anos que morreu um dos meus maiores amigos. Morreu num estúpido desastre de automóvel (como são estúpidos todos os desastres de automóvel). Além da tragédia em si, recordo o modo como a mulher do meu amigo recebeu a notícia: um polícia com a alma desmazelada toca à porta, faz as identificações da praxe, pergunta se ali mora o sr. fulano de tal, a recém e jovem viúva (teria 20 e poucos anos) que ainda não sabia que o era, confirma e o polícia pura e simplesmente remata: Então é para lhe dizer que ele morreu há pouco num desastre!!!! Assim, pleno de gelo...
O meu amigo e afilhado de casamento era um belo homem, jovem, cheio de vida, ainda mais animado pelo bebé de quem tinha sido pai há pouco tempo. Espero que a dúzia de anos que entretanto passou tenha tornado os polícias que dão estas notícias menos desalmados. Porque, sem confundir a mensagem com o mensageiro, sempre, e sobretudo nestas alturas, o modo de fazer as coisas pode fazer muita diferença.
Ciao caríssimo...
O meu amigo e afilhado de casamento era um belo homem, jovem, cheio de vida, ainda mais animado pelo bebé de quem tinha sido pai há pouco tempo. Espero que a dúzia de anos que entretanto passou tenha tornado os polícias que dão estas notícias menos desalmados. Porque, sem confundir a mensagem com o mensageiro, sempre, e sobretudo nestas alturas, o modo de fazer as coisas pode fazer muita diferença.
Ciao caríssimo...
20 dezembro, 2006
Ambivalências natalinas
Que eu não gosto desta época é ponto sentido. Mas...
São comuns os "almoços de natal" entre colegas, os encontros entre amigos para trocar "só umas lembrancinhas"... Pois bem, hoje soube-me muito bem encontrar gente que eu sei que me quer bem e a quem eu também quero muito bem a propósito de um desses almoços de Natal. E os abraços sentidos que me põem os olhos razos de água enternecem-me e fazem-me sentir muito bem. Pensando melhor, o que eu gostava mesmo era que as pessoas abrissem os seus afectos todos os dias e não só nas alturas consentidas pelo calendário.
São comuns os "almoços de natal" entre colegas, os encontros entre amigos para trocar "só umas lembrancinhas"... Pois bem, hoje soube-me muito bem encontrar gente que eu sei que me quer bem e a quem eu também quero muito bem a propósito de um desses almoços de Natal. E os abraços sentidos que me põem os olhos razos de água enternecem-me e fazem-me sentir muito bem. Pensando melhor, o que eu gostava mesmo era que as pessoas abrissem os seus afectos todos os dias e não só nas alturas consentidas pelo calendário.
18 dezembro, 2006
carolina académica
Hoje quase gelei à porta do tribunal.
A temperatura estava baixa, mas o verdadeiro gelo foi provocado por ver pessoas que, deliberadamente, gostam de fazer mal, assim, sem mais, só porque dar cabo da vida dos outros a vida dos outros é o seu modo de vida vicioso.
O sentido de impunidade arrastou-os até ao banco dos réus. Só espero que a "justiça", agora que os tem lá, não os deixe escapar nos meandros do seu formalismo.
Mais bizarro (ou não!) é constatar que as "carolinas" não são só salgadas com presidentes de clubes de futebol, também existem no mundo académico. E bem azedas e disfuncionais. Só que, nesta história concreta, ela casou com o tipo. E o enredo não se virou contra ele. Pior, duplicou em ferocidade, arbitrariedade, perseguição, condutas lesivas da instituição que supostamente deveriam servir, ilegalidades, and so on and so on, contra os que ela resolveu eleger como alvo da sua sanha somente porque "lhe apetecia".
16 dezembro, 2006
Superstição
Superstição
Será por superstição
que o dragão
só se sente apto
a tentar o rapto
de alguma princesa
se, para além de indefesa,
ela ainda
for linda?
a) Hoje não me apetece parafrasear... Mas está mesmo a pedi-las.
b) Como se comprova o desporto não tem nada a ver com isto.
c) C´os diabos: nem ela era princesa, muito menos indefesa, muito menos ainda, linda....
d) Óóóóóó Diácono? Ajuda aí com o teu "num habia nexexidade".
....
Será por superstição
que o dragão
só se sente apto
a tentar o rapto
de alguma princesa
se, para além de indefesa,
ela ainda
for linda?
Paulo Abrunhosa in " Diário de um dromedário" p.187
a) Hoje não me apetece parafrasear... Mas está mesmo a pedi-las.
b) Como se comprova o desporto não tem nada a ver com isto.
c) C´os diabos: nem ela era princesa, muito menos indefesa, muito menos ainda, linda....
d) Óóóóóó Diácono? Ajuda aí com o teu "num habia nexexidade".
....
15 dezembro, 2006
Morgadinha dos Canaviais vs Com a Morgadinho já vos aviais...
Morgadinha dos Canaviais
Romance de Júlio Dinis publicado em 1868. A acção inicia-se com Henrique de Souselas, órfão rico que vive em Lisboa e se encontra doente devido à vida urbana. Resolve então repousar numa aldeia minhota em casa de sua tia Doroteia. Aí se restabelece e conhece Madalena, a elegante, inteligente e enérgica morgadinha, e apaixona-se por ela. No entanto, este amor não é correspondido e torna-se incómodo para Augusto, um professor primário pobre mas honesto. Um revés faz com que Henrique conheça Cristina, uma rapariga pura e inocente, por quem se apaixona. Desposa-a, deixando assim o caminho livre a Augusto, que se casa com Madalena.
Parafraseando
Com a Morgadinho já vos aviais....
Romance de Júlio Dinis publicado em 1868. A acção inicia-se com Henrique de Souselas, órfão rico que vive em Lisboa e se encontra doente devido à vida urbana. Resolve então repousar numa aldeia minhota em casa de sua tia Doroteia. Aí se restabelece e conhece Madalena, a elegante, inteligente e enérgica morgadinha, e apaixona-se por ela. No entanto, este amor não é correspondido e torna-se incómodo para Augusto, um professor primário pobre mas honesto. Um revés faz com que Henrique conheça Cristina, uma rapariga pura e inocente, por quem se apaixona. Desposa-a, deixando assim o caminho livre a Augusto, que se casa com Madalena.
Parafraseando
Com a Morgadinho já vos aviais....
Novela de vários autores, ainda sem data de publicação. A acção inicia-se com um desporto orfão de protagonistas capazes de o organizar, resultado do tratamento menor que lhe é dispensado. Apesar de ser um fenómeno rico e universal, a precisar de uma abordagem descomplexada, a intelectualidade reinante, à luz do seu entendimento "superior" de cultura, olha (ou nem olha) displicente para esta manifestação "menor" da cultura (corporal). Uns patos bravos aproveitam o vazio criado e tomam conta dos seus destinos. E vão repousando por todo o país. Aí se (r)estabelecem com paixões várias com políticos, construtores civis, empresários... No entanto, estes amores que geram cumplicidades proibidas num estado de direito e democrático, vão criando laços cada vez mais fortes e poderosos que os faz sentir intocáveis e "inapitáveis". Um revés, porém, faz com que Jorge conheça Carolina, uma rapariga nada pura e inocente, por quem se apaixona. Como, afinal, não a desposa, deixa o caminho livre para que esta se tente vingar e resolva ela própria escrever (sobre) um romance. E só muito mais tarde, na sequência mais ou menos precipitada deste "acontecido", entra em cena a Morgadinha!
À laia de epílogo
Sendo a Morgado casada, e com um fiscalista, presume-se que não corra o risco de se deixar tentar por estes amores proibidos e ponha, de uma vez por todas, fim à trama. De notar que o desporto, no meio disto tudo, se sente usado e com aquele ar deslavado de quem é, como sempre, "o último a saber"...
À laia de epílogo
Sendo a Morgado casada, e com um fiscalista, presume-se que não corra o risco de se deixar tentar por estes amores proibidos e ponha, de uma vez por todas, fim à trama. De notar que o desporto, no meio disto tudo, se sente usado e com aquele ar deslavado de quem é, como sempre, "o último a saber"...
Feminismo
"O principal problema do velho feminismo foi, de facto, a falta de uma visão antropológica baseada no reconhecimento das diferenças entre os sexos. Enquanto que o feminismo "igualitário" pretendia uniformizar os sexos, levando as mulheres a imitar os homens, o feminismo "de género" dos nossos dias assenta na preposição ontológica de que a masculinidade e a feminilidade são construídas socialmente. Não se trata, portanto, de termos liberdade para sermos nós próprios, homens e mulheres autênticos, mas de negar a existência de uma tal autenticidade. Esta teoria está de tal forma afastada da experiência quotidiana de todos nós que não me merece mais nenhuma consideração."
Janne Haaland Matláry (2002).
Janne Haaland Matláry (2002).
Ora aqui está uma coisa que eu gostaria de ter escrito.
E, já agora, aqui está uma coisa que eu gostava que as "feministas furiosas" comentassem.
14 dezembro, 2006
Sim Carolina ói óai?
....
A saia da Carolina tem um lagarto pintado
Sim Carolina ói óai! Sim Carolina óai meu bem!
Quando vai para ....(não me lembro) o lagarto dá ao rabo
Sim Carolina ói óai! Sim Carolina óai meu bem!
A moda era assim. Mas os tempos mudam e convém actualizar a própria moda. A vida é assim. As coisas vão alternando!!!E o lagarto deu lugar ao dragão!
A saia da Carolina tem lá um dragão marcado
Sim Carolina ói óai! Sim Carolina e val' por cem!
Carolina escreve um livro, logo o dragão dá ao rabo
Não Carolina ói óai! Não Carolina, não és meu bem!
Enquadramento teórico: (convém para dar um ar sério ao tratamento da questão).
Já durante a idade média as histórias sobre batalhas contra dragões eram numerosas. A existência dessas criaturas era tida como inquestionável, e seu aspecto e hábitos eram descritos em detalhes nos bestiários da Igreja Católica. Segundo os relatos tradicionais, São Jorge teria matado um dragão.
Perguntas: (convém para mostrar espírito crítico e perspicaz)
1) Já na altura S. Jorge terá agido por causa da(s) saia(s) da(s) Carolina(s)?
2) Estaremos nós na Idade Média?
3) Que tem o "papa" a dizer a isto?
3) Neste rectângulo é preciso as Carolinas desta vida darem uns beliscões voluntaristas e vingativos para as instituições acordarem estremunhadas do torpor em que andam?
4) Será que a Carolina é a criança que em tempos berrou: "O Rei vai nú?"
5) Que é que o desporto tem a ver com isto? Não será só o pretexto?
Epílogo:
Ai "balha-me" nossa Senhora das Antas, dos Dolmenes , dos Menhires e das Mamoas que, no tocante a ética e valores, ainda nem estamos na Idade da Pedra Lascada.
A saia da Carolina tem um lagarto pintado
Sim Carolina ói óai! Sim Carolina óai meu bem!
Quando vai para ....(não me lembro) o lagarto dá ao rabo
Sim Carolina ói óai! Sim Carolina óai meu bem!
A moda era assim. Mas os tempos mudam e convém actualizar a própria moda. A vida é assim. As coisas vão alternando!!!E o lagarto deu lugar ao dragão!
A saia da Carolina tem lá um dragão marcado
Sim Carolina ói óai! Sim Carolina e val' por cem!
Carolina escreve um livro, logo o dragão dá ao rabo
Não Carolina ói óai! Não Carolina, não és meu bem!
Enquadramento teórico: (convém para dar um ar sério ao tratamento da questão).
Já durante a idade média as histórias sobre batalhas contra dragões eram numerosas. A existência dessas criaturas era tida como inquestionável, e seu aspecto e hábitos eram descritos em detalhes nos bestiários da Igreja Católica. Segundo os relatos tradicionais, São Jorge teria matado um dragão.
Perguntas: (convém para mostrar espírito crítico e perspicaz)
1) Já na altura S. Jorge terá agido por causa da(s) saia(s) da(s) Carolina(s)?
2) Estaremos nós na Idade Média?
3) Que tem o "papa" a dizer a isto?
3) Neste rectângulo é preciso as Carolinas desta vida darem uns beliscões voluntaristas e vingativos para as instituições acordarem estremunhadas do torpor em que andam?
4) Será que a Carolina é a criança que em tempos berrou: "O Rei vai nú?"
5) Que é que o desporto tem a ver com isto? Não será só o pretexto?
Epílogo:
Ai "balha-me" nossa Senhora das Antas, dos Dolmenes , dos Menhires e das Mamoas que, no tocante a ética e valores, ainda nem estamos na Idade da Pedra Lascada.
11 dezembro, 2006
Aproxima-se
A "época natalícia". Se eu pudesse emigrava para longe e regressava lá para o dia de Reis. Não remediava tudo, mas aliviava-me bastante!
07 dezembro, 2006
04 dezembro, 2006
16 novembro, 2006
soneto de fidelidade
....................................................
...É sempre bom relembrar...
...................................................
Soneto de Fidelidade
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei-de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Vinicius de Morais
...É sempre bom relembrar...
...................................................
Soneto de Fidelidade
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei-de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Vinicius de Morais
15 novembro, 2006
poema para um amigo
.......
Oiço, como se o cheiro
De flores me acordasse...
É música - um canteiro
De influência e disfarce.
Impalpável lembrança,
Sorriso de ninguém,
Com aquela esperança
Que nem esperança tem...
Que importa, se sentir
É não se conhecer?
Oiço, e sinto sorrir
O que em mim nada quer.
Fernando Pessoa
Oiço, como se o cheiro
De flores me acordasse...
É música - um canteiro
De influência e disfarce.
Impalpável lembrança,
Sorriso de ninguém,
Com aquela esperança
Que nem esperança tem...
Que importa, se sentir
É não se conhecer?
Oiço, e sinto sorrir
O que em mim nada quer.
Fernando Pessoa
12 novembro, 2006
o olhar
O Olhar
Eu sentia os seus olhos beber os meus;
longamente bebiam, bebiam;
bebiam
até não me restar nas órbitas nenhuma
luz, nenhuma água,
nem sequer o sinal de neles ter chovido
naquele inverno.
Eugénio de Andrade (Rente ao Dizer)
Lembrar a poesia de Eugénio de Andrade num tempo em que o Director da Fundação com o seu nome se vê obrigado a não aceitar o "subsídio" da Câmara do Porto, por tão indigno....
Eu sentia os seus olhos beber os meus;
longamente bebiam, bebiam;
bebiam
até não me restar nas órbitas nenhuma
luz, nenhuma água,
nem sequer o sinal de neles ter chovido
naquele inverno.
Eugénio de Andrade (Rente ao Dizer)
Lembrar a poesia de Eugénio de Andrade num tempo em que o Director da Fundação com o seu nome se vê obrigado a não aceitar o "subsídio" da Câmara do Porto, por tão indigno....
domingo e TLEBS
Domingo. Disseram-me durante anos que era o dia do Senhor.
Hoje em dia é normalmente um dia de quase tédio. Salva-o a "tertúlia semanal" com as "minhas amigas das letras", onde a conversa flui ao ritmo das mais diversificadas preocupações e assuntos que percorrem a semana de cada uma.
Hoje falou-se do TLEBS. Como não sou da área remeto-me para apreciações do senso comum, enquanto escuto os seus argumentos específicos de quem domina o assunto. Elas estão indignadas. Eu só insisto para que escrevam e publiquem as suas críticas e argumentos que tão bem explanam à mesa do café. Sim, é minha convicção que é útil a publicação de críticas sensatas e baseadas quer no conhecimento "teórico" quer no que resulta da experiência de muitos anos de leccionação.
A falta que faz aos "teóricos" dos currículos saberem que qualquer aspecto da cultura para ser assunto curricular necessita da uma peneira finíssima e requintada que as normas pedagógicas e didácticas impõem. Quando isso não acontece temos estes verdadeiros desastres. E, o que deveria ser evolução e melhoria das condições da formação dos alunos, torna-se numa malfadada assumpção de modas, que vingam ao sabor da "comunidade paradigmática" dominante num dado momento. Que falta faz perceber-se profundamente o significado da relação teoria/práxis.
Hoje em dia é normalmente um dia de quase tédio. Salva-o a "tertúlia semanal" com as "minhas amigas das letras", onde a conversa flui ao ritmo das mais diversificadas preocupações e assuntos que percorrem a semana de cada uma.
Hoje falou-se do TLEBS. Como não sou da área remeto-me para apreciações do senso comum, enquanto escuto os seus argumentos específicos de quem domina o assunto. Elas estão indignadas. Eu só insisto para que escrevam e publiquem as suas críticas e argumentos que tão bem explanam à mesa do café. Sim, é minha convicção que é útil a publicação de críticas sensatas e baseadas quer no conhecimento "teórico" quer no que resulta da experiência de muitos anos de leccionação.
A falta que faz aos "teóricos" dos currículos saberem que qualquer aspecto da cultura para ser assunto curricular necessita da uma peneira finíssima e requintada que as normas pedagógicas e didácticas impõem. Quando isso não acontece temos estes verdadeiros desastres. E, o que deveria ser evolução e melhoria das condições da formação dos alunos, torna-se numa malfadada assumpção de modas, que vingam ao sabor da "comunidade paradigmática" dominante num dado momento. Que falta faz perceber-se profundamente o significado da relação teoria/práxis.
11 novembro, 2006
azelha mesmo!!!
Mal acabei de criar isto fechei a página.
Pois bem....... e depois como retornar? Como fazer para colocar novo post?
Santa ignorância a minha.
De tentativa em tentativa aqui estou a ver se consigo!
Francamente. Tenho idade para ter juízo!!!
Pois bem....... e depois como retornar? Como fazer para colocar novo post?
Santa ignorância a minha.
De tentativa em tentativa aqui estou a ver se consigo!
Francamente. Tenho idade para ter juízo!!!
não sei bem os propósitos
De iniciar um blog... Por isso o faço. Gosto de poder pensar que posso fazer coisas sem que isso se inscreva na esfera das "utilidades" da vida.
Não sei se vou escrever regularmente. Não sei qual vai ser o conteúdo. Mal sei lidar com estas tecnologias.
Para o nome escolhi um nickname que uso há anos. O endereço tem só a ver com o facto de estar a dar um jogo de Hoquei em patins no canal 2 da televisão pública.
Ora aqui está um primeiro gosto meu: brincar com as palavras. Okay em patins...
Outro gosto: imaginar que posso "pôr os patins" a muitos okays diariamente exigidos para que as margens da vida não sejam valetas!
Não sei se vou escrever regularmente. Não sei qual vai ser o conteúdo. Mal sei lidar com estas tecnologias.
Para o nome escolhi um nickname que uso há anos. O endereço tem só a ver com o facto de estar a dar um jogo de Hoquei em patins no canal 2 da televisão pública.
Ora aqui está um primeiro gosto meu: brincar com as palavras. Okay em patins...
Outro gosto: imaginar que posso "pôr os patins" a muitos okays diariamente exigidos para que as margens da vida não sejam valetas!
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