O Olhar
Eu sentia os seus olhos beber os meus;
longamente bebiam, bebiam;
bebiam
até não me restar nas órbitas nenhuma
luz, nenhuma água,
nem sequer o sinal de neles ter chovido
naquele inverno.
Eugénio de Andrade (Rente ao Dizer)
Lembrar a poesia de Eugénio de Andrade num tempo em que o Director da Fundação com o seu nome se vê obrigado a não aceitar o "subsídio" da Câmara do Porto, por tão indigno....
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