26 agosto, 2010

a lâmina acerada do silêncio







Barnet, Will
silent seasons - summer
(1974)










O SILÊNCIO

Dai-me outro verão nem que seja
de rastos, um verão
onde sinta o rastejar
do silêncio,
a secura do silêncio,
a lâmina acerada do silêncio.
Dai-me outro verão nem que fique
à mercê da sede.
Para mais uma canção.

Eugénio de Andrade, Rente ao Dizer, 25


Simon & Garfunkel, bridge over troubled water

16 comentários:

Maria disse...

Dolorosamente belo!
Vou ficar a ouvir a música :)

Obrigada, mdsol.

Justine disse...

Ai amiga, tenho andado "rente ao dizer" a repetir este poema todos os dias!
Que jeito dava uma ponte sobre estas águas turbulentas...
Um beijo meu

R. disse...

Como só EA saberia dizer. Rente ao Verão, rente às palavras, rente à emoção.

Cristina Torrão disse...

Os Verões já não são o que eram...

Anónimo disse...

Sweet blog, I hadn't come across okayempatins.blogspot.com earlier during my searches!
Keep up the fantastic work!

Mar Arável disse...

O nosso Eugénio

lino disse...

O grande Joaquim Fontinhas :))

fa_or disse...

Será sempre melhor um frio verão
que um quente inverno.

:)

Unknown disse...

Belo! Quantas saudades deste blogue... "tive um aciente na net, tropecei neste blogue, vou ficar aqui internado, a convalescença em tão boa companhia não é um mal, é uma bênção"...lembras-te? Foi assim que dei de caras com o teu blogue...estive doente e ausente, agora estou melhor...não imaginas o quanto me lembrei desta frase...hoje tinha que vir aqui!

Daniel Santos disse...

excelente.

Anónimo disse...

Lindo.
Bjs

Anónimo disse...

E saio em slêncio...:-)

Maria de Fátima Filipe disse...

Ohhh, tinha deixado durante a tarde um comentário, cádê? desapareceu silenciosamente.....
:)))

Belo, desesperado mas belo!

mdsol disse...

Ariel

Gosto gosto gosto deste poema. É para aí a terceira vez que o publico.

(o outro comentário não chegou)

Maria de Fátima Filipe disse...

Devo ter feito qualquer aselhice com a pressa, estava no escritorio....
:)))

livia soares disse...

Que beleza, caríssima.
Você sempre acertando na mosca.
Um abraço.