31 outubro, 2009
24 outubro, 2009
22 outubro, 2009
pousio
Fine, P.
a timeless moment
(1954)
A prática exige que o assuma: estou sem tempo para estas andanças. Falta-me tempo para escrever e para visitar os blogs de que gosto, os vossos. No verão apeteceu-me dar uma volta a este espaço por considerar esgotada esta versão lúdica, muito marcada pelo princípio da diversão, do improviso, da fantasia, numa manifestação espontânea do instinto de brincar, sem que a "indisciplina" natural seja contida por regras que me exijam um trabalho mais aturado, persistente, habilidoso, criterioso, enfim, sem regras que me coloquem dificuldades além do prazer inicial de estar aqui. Mas, não me decidi a assumir outras responsabilidades.
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Peris, J.
eclipse
(2007)
Chegada a este ponto (?) nem para continuar neste registo tenho disponibilidade. Assim, o branco no branco entra em pousio, pelo menos até ao Natal.
Vou passando pelos vossos cantinhos sempre que possa. Ah! Como as senhoras de sábado de manhã teimam em querer aparecer, quem sou eu para as impedir...
Atébreve! Quem sabe se por novos caminhos. :))))
Thiebaud, W.
fallow fields
(2002)
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Peris, J.
eclipse
(2007)
Chegada a este ponto (?) nem para continuar neste registo tenho disponibilidade. Assim, o branco no branco entra em pousio, pelo menos até ao Natal.
Vou passando pelos vossos cantinhos sempre que possa. Ah! Como as senhoras de sábado de manhã teimam em querer aparecer, quem sou eu para as impedir...
Atébreve! Quem sabe se por novos caminhos. :))))
Thiebaud, W.
fallow fields
(2002)
19 outubro, 2009
manhã de segunda mas uma boa semana (13)
17 outubro, 2009
16 outubro, 2009
rumo ao sul
15 outubro, 2009
calor do tempo
Canning, N.
October sun
(2009)
Não sei enquadrar esta temperatura um pouco acima do que seria esperado para esta época. Divido-me entre atribuí-la a algum descuido da natureza - quem, volta e meia, não se descontrola um pouco, que atire a primeira pedra à sua regularidade comovente - ou à sua costumada generosidade. Como se a natureza quisesse, num abraço quente, dizer aos portugueses que estão mais maduros, mais autónomos. Passados uns dias sobre o fecho dos escrutínios. Assim, como quem não quer a coisa.
14 outubro, 2009
Maitê Contraença
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Rattray, D.
not playing the game
(2007)
Ler:
1) Elegante e pertinente tosquiadela
2) Delito sensato e essencial
Rattray, D.
not playing the game
(2007)
Ler:
1) Elegante e pertinente tosquiadela
2) Delito sensato e essencial
12 outubro, 2009
"isaltação" local
Marchesini, C.
autumn
(2008)
Tudo bem que a pintura é certinha, lavadinha, colorida q.b., assim como que a dizer que tudo rola de acordo com as leis da vida, e que estas são simples, justas e de interpretação inequívoca. E, depois do dia de ontem, seria QUASE assim, não fora o cheiro a louro que tanto me "isalta". Haja capacidade de compreensão para entender o pípol de Oeiras. E eu que já fui tão feliz por lá... Ora bolas.
Um bom dia para todos, oeirenses e gondomarenses incluídos.
:)))
10 outubro, 2009
09 outubro, 2009
imaginemos pois...
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Max, P.
Obama
(2009)
Max, P.
Obama
(2009)
Faço votos que se verifique o Efeito de Pigmaleão
(também chamado efeito Rosenthal).
John Lennon, imagine
(também chamado efeito Rosenthal).
John Lennon, imagine
08 outubro, 2009
suspiro
Voss, V.
l' ’ecume des jours
(1964)
Ivan Lins & Simone, começar de novo
Quase exausta e com a sensação de me gastar em minudências. O enfado que esbate a claridade dos dias. A nitidez das formas que se vai com o desinteresse. A espuma que vence o que devia ser líquido e cristalino. Sou, neste momento, uma taça de champanhe mal servido: muita espuma, muita espuma e só um poucochinho do que interessa lá no fundo.
07 outubro, 2009
pinga amor
06 outubro, 2009
05 outubro, 2009
coisa pública
Zomb, I.
delicate balance
O PORTUGAL FUTURO
O portugal futuro é um país
aonde o puro pássaro é possível
e sobre o leito negro do asfalto da estrada
as profundas crianças desenharão a giz
esse peixe da infância que vem na enxurrada
e me parece que se chama sável
Mas desenhem elas o que desenharem
é essa a forma do meu país
e chamem elas o que lhe chamarem
portugal será e lá serei feliz
Poderá ser pequeno como este
ter a oeste o mar e a espanha a leste
tudo nele será novo desde os ramos à raiz
à sombra dos plátanos as crianças dançarão
e na avenida que houver à beira-mar
pode o tempo mudar será verão
Gostaria de ouvir as horas do relógio da matriz
mas isso era o passado e podia ser duro
edificar sobre ele o portugal futuro
Ruy Belo, país possível [transporte no tempo], todos os poemas, Assírio e Alvim, 366/367
Carlos Paredes, verdes anos
Com que então comemoramos hoje 99 (verdes) anos (possíveis) da proclamação da República chez nous... :)))
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04 outubro, 2009
desta janela digo olá bom dia
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Kahn, W.
early October
(1976)
DA JANELA
Também aqui
o verão se demorou
na luz rugosa das tílias
e ao outono abandonou
flancos e crinas.
Eugénio de Andrade, pequeno formato, 45 (edição fora de mercado)
? guess who... is playing...
Elgar, Jacqueline du Pré (violoncelo) Daniel Barenboim (maestro)
Bom dia do senhor para quem aqui chegar. :)))
Kahn, W.
early October
(1976)
DA JANELA
Também aqui
o verão se demorou
na luz rugosa das tílias
e ao outono abandonou
flancos e crinas.
Eugénio de Andrade, pequeno formato, 45 (edição fora de mercado)
? guess who... is playing...
Elgar, Jacqueline du Pré (violoncelo) Daniel Barenboim (maestro)
Bom dia do senhor para quem aqui chegar. :)))
Entretanto, A Barbearia do Senhor Luís, blog da minha afeição desde que o descobri, chegou às 200.000 visitas. Convido-vos a visitar a Barbearia e a felicitar o anfitrião por este espaço tão arejado, interessante e cidadão.
03 outubro, 2009
02 outubro, 2009
fiquei muito contente com a escolha do Rio de Janeiro para sede dos Jogos Olímpicos de 2016
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Portinari, C.
a pedra da Gávea
(1927)
No Pão de Açúcar
de cada dia
dai-nos Senhor
a poesia
de cada dia
Oswaldo de Andrade
Jorge Aragão, cantilena nº1 (Bachianas brasileiras, nº5, de H. Villa-Lobos)
Portinari, C.
a pedra da Gávea
(1927)
No Pão de Açúcar
de cada dia
dai-nos Senhor
a poesia
de cada dia
Oswaldo de Andrade
Jorge Aragão, cantilena nº1 (Bachianas brasileiras, nº5, de H. Villa-Lobos)
[Ainda não está tudo completamente à venda. No ano do centenário dos Jogos Olímpicos da era moderna Atlanta ganhou a Atenas a organização dos jogos. Quer dizer a Coca-Cola, a CNN e tal ganharam... Hoje, aos homens de negócios de Chicago nem a presença de Obama com a Michelle e a Oprah lhes valeu. Gostei.]
01 outubro, 2009
eu também gosto muito de música e, embora não seja muito de dias...
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Dauge, B.
colors symphony
(2009)
Dvořák, sinfonia nº 9 (do novo mundo), 4º andamento
Encham a alma... de música!
À Música
Melodia, melodia...
Como é simples e tu vens!
Como nasces da harmonia
Das formas que nunca tens!
Como vive a eternidade
Na fugidia presença
Da tua realidade
Irreal logo à nascença!
Não se vê quem te levanta
Nem quem tece o teu destino;
Mas alguém te desencanta,
Te revela e te faz hino
Do nosso amor, melodia!
Vai cantando!
Vai passando e vai durando,
Asa branca deste dia!
Miguel Torga, odes, poesia completa I, 228
Dauge, B.
colors symphony
(2009)
Dvořák, sinfonia nº 9 (do novo mundo), 4º andamento
Encham a alma... de música!
À Música
Melodia, melodia...
Como é simples e tu vens!
Como nasces da harmonia
Das formas que nunca tens!
Como vive a eternidade
Na fugidia presença
Da tua realidade
Irreal logo à nascença!
Não se vê quem te levanta
Nem quem tece o teu destino;
Mas alguém te desencanta,
Te revela e te faz hino
Do nosso amor, melodia!
Vai cantando!
Vai passando e vai durando,
Asa branca deste dia!
Miguel Torga, odes, poesia completa I, 228
vindimas, cálices, espaventos e tempo quente
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Steinberg, B.
Bacchus in autumn
E vivam as vindimas , as vendanges ...
Steinberg, B.
Bacchus in autumn
E vivam as vindimas , as vendanges ...
Não, não me lembrei disto a propósito do comportamento de alguns proeminentes. Ou lembrei? Não sei, anda tudo muito espaventoso, neste tempo quente do início do outono.
CÁLICE
Pai, afasta de mim este cálice
Pai, afasta de mim este cálice
De vinho tinto de sangue
CÁLICE
Pai, afasta de mim este cálice
Pai, afasta de mim este cálice
De vinho tinto de sangue
Como beber dessa bebida amarga?
Tragar a dor engolir a labuta?
Mesma calada a boca resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta
De que me vale ser filho da santa?
Melhor seria ser filho da outra
Outra realidade menos morta
Tanta mentira tanta força bruta
Pai, afasta de mim este cálice
Pai, afasta de mim este cálice
De vinho tinto de sangue
Como é difícil acordar calado
Se na calada da noite eu me dano
Quero lançar um grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado
Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada pra qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa
Pai, afasta de mim este cálice
Pai, afasta de mim este cálice
De vinho tinto de sangue
De muito gorda a porca já não anda
De muito usada a faca já não corta
Como é difícil, pai, abrir a porta
Essa palavra presa na garganta
Esse pileque homérico no mundo
De que adianta ter boa vontade
Mesmo calado o peito resta a cuca
Dos bêbados do centro da cidade
Pai, afasta de mim este cálice
Pai, afasta de mim este cálice
De vinho tinto de sangue
Talvez o mundo não seja pequeno
Nem seja a vida um fato consumado
Quero inventar o meu próprio pecado
Quero morrer do meu próprio veneno
Quero perder de vez tua cabeça
Minha cabeça perder teu juízo
Quero cheirar fumaça de óleo disel
Me embriagar até que alguém me esqueça
Tragar a dor engolir a labuta?
Mesma calada a boca resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta
De que me vale ser filho da santa?
Melhor seria ser filho da outra
Outra realidade menos morta
Tanta mentira tanta força bruta
Pai, afasta de mim este cálice
Pai, afasta de mim este cálice
De vinho tinto de sangue
Como é difícil acordar calado
Se na calada da noite eu me dano
Quero lançar um grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado
Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada pra qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa
Pai, afasta de mim este cálice
Pai, afasta de mim este cálice
De vinho tinto de sangue
De muito gorda a porca já não anda
De muito usada a faca já não corta
Como é difícil, pai, abrir a porta
Essa palavra presa na garganta
Esse pileque homérico no mundo
De que adianta ter boa vontade
Mesmo calado o peito resta a cuca
Dos bêbados do centro da cidade
Pai, afasta de mim este cálice
Pai, afasta de mim este cálice
De vinho tinto de sangue
Talvez o mundo não seja pequeno
Nem seja a vida um fato consumado
Quero inventar o meu próprio pecado
Quero morrer do meu próprio veneno
Quero perder de vez tua cabeça
Minha cabeça perder teu juízo
Quero cheirar fumaça de óleo disel
Me embriagar até que alguém me esqueça
Chico Buarque & Milton Nascimento, cálice
[Estão intimados a ouver este vídeo... ] :))
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