Steinberg, B.
Bacchus in autumn
E vivam as vindimas , as vendanges ...
Não, não me lembrei disto a propósito do comportamento de alguns proeminentes. Ou lembrei? Não sei, anda tudo muito espaventoso, neste tempo quente do início do outono.
CÁLICE
Pai, afasta de mim este cálice
Pai, afasta de mim este cálice
De vinho tinto de sangue
CÁLICE
Pai, afasta de mim este cálice
Pai, afasta de mim este cálice
De vinho tinto de sangue
Como beber dessa bebida amarga?
Tragar a dor engolir a labuta?
Mesma calada a boca resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta
De que me vale ser filho da santa?
Melhor seria ser filho da outra
Outra realidade menos morta
Tanta mentira tanta força bruta
Pai, afasta de mim este cálice
Pai, afasta de mim este cálice
De vinho tinto de sangue
Como é difícil acordar calado
Se na calada da noite eu me dano
Quero lançar um grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado
Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada pra qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa
Pai, afasta de mim este cálice
Pai, afasta de mim este cálice
De vinho tinto de sangue
De muito gorda a porca já não anda
De muito usada a faca já não corta
Como é difícil, pai, abrir a porta
Essa palavra presa na garganta
Esse pileque homérico no mundo
De que adianta ter boa vontade
Mesmo calado o peito resta a cuca
Dos bêbados do centro da cidade
Pai, afasta de mim este cálice
Pai, afasta de mim este cálice
De vinho tinto de sangue
Talvez o mundo não seja pequeno
Nem seja a vida um fato consumado
Quero inventar o meu próprio pecado
Quero morrer do meu próprio veneno
Quero perder de vez tua cabeça
Minha cabeça perder teu juízo
Quero cheirar fumaça de óleo disel
Me embriagar até que alguém me esqueça
Tragar a dor engolir a labuta?
Mesma calada a boca resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta
De que me vale ser filho da santa?
Melhor seria ser filho da outra
Outra realidade menos morta
Tanta mentira tanta força bruta
Pai, afasta de mim este cálice
Pai, afasta de mim este cálice
De vinho tinto de sangue
Como é difícil acordar calado
Se na calada da noite eu me dano
Quero lançar um grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado
Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada pra qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa
Pai, afasta de mim este cálice
Pai, afasta de mim este cálice
De vinho tinto de sangue
De muito gorda a porca já não anda
De muito usada a faca já não corta
Como é difícil, pai, abrir a porta
Essa palavra presa na garganta
Esse pileque homérico no mundo
De que adianta ter boa vontade
Mesmo calado o peito resta a cuca
Dos bêbados do centro da cidade
Pai, afasta de mim este cálice
Pai, afasta de mim este cálice
De vinho tinto de sangue
Talvez o mundo não seja pequeno
Nem seja a vida um fato consumado
Quero inventar o meu próprio pecado
Quero morrer do meu próprio veneno
Quero perder de vez tua cabeça
Minha cabeça perder teu juízo
Quero cheirar fumaça de óleo disel
Me embriagar até que alguém me esqueça
Chico Buarque & Milton Nascimento, cálice
[Estão intimados a ouver este vídeo... ] :))
11 comentários:
O Chico é para nós. Para Belém sai o Quim Barreiros :))
OU-vi e adorei obrigada
tendo em conta o comportamento, ja nao sei o que e mais proeminente neles
Jokas
Paula
Tudo lindo !
Beijinhos
Verdinha
cestos lavados. a vindima foi conversa que deu (poucas) uvas...
o video? bom, outra música...
Cada vez há mais "Tanto mar".
Chega pr'a cá esse cálice... :-)
Beijo
Estás quase de abalada, não??'
Chico do nosso coração...
Será do tamanho do mar???
:))
Beijinho
Também me parece que há por aí umas alminhas que precisam de ser vindimadas...
Como comentar esta cantiga, este duo?
Eu AMO eles!
:))
Quando é Chico...vejo sempre, mas também oiço.
O outro, acho que sim, tava c'os copos. Lol
As cores são um portento...
O poema/canção do Xico não podia ser mais oportuno
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