A minha falta de identificação com este "período natalício" já se manifesta. Cada ano piora. Concordo que há exageros a evitar, mas DETESTO este tempo. De tal modo que me parece justificar-se eu pensar seriamente porque é que este tempo me magoa tanto.
(depois do comentário feito por MNN)
A minha falta de identificação com este "período natalício" já se manifesta. Cada ano piora. Concordo que há exageros a evitar, mas DETESTO este tempo. Irrita-me, ponto!
(depois do comentário feito por MNN)
A minha falta de identificação com este "período natalício" já se manifesta. Cada ano piora. Concordo que há exageros a evitar, mas DETESTO este tempo. Irrita-me, ponto!
4 comentários:
O "magoar" pode ter origem no antónimo de detestar.
Normalmente o que detestamos não magoa...no mínimo irrita...no máximo repugna.
Acho, sinceramente, que está a conjugar mal os verbos.
Enfim...
Bem observado. O termo certo é irritar.
Vou alterar o texto com a devida vénia!!!!
Eu diria mais...
Acho esta época quase obscena!
Uma obscenidade que eu detesto e que me irrita.
Bj solidário
Vamos lá tentar esclarecer o que penso sobre estas coisas do Natal.
Eu gosto do mito do Menino Jesus e acho piada ao mito do Pai Natal, mesmo que fardado à Coca Cola..
São mitos bons. Mitos que incorporam conceitos de bondade, partilha, generosidade e simplicidade.
São mitos que disponibilizam pequenas tocas onde podemos abrigar o que resta da reminiscência do Bem que todos temos.
Admito que haja quem considere que para tanto espalhafato estes mitos têm um papel bem escasso. Eu discordo.
Há também a ideia de família “natalícia”, onde independentemente do facto da ceia ser farta ou escassa todos, naquela noite de consoada são felizes, felizes no seio da sua família. É um logro…talvez seja, mas a sua simples evocação, nem que seja em contraponto com a realidade de cada um, não é prejudicial, faz bem. Faz bem porque o Homem também o é no plano dos sonhos. No plano dos sonhos também nos realizamos, no plano dos sonhos também somos felizes e infelizes.
Esta coisa do Natal é como a Democracia. A Democracia é um mito da mesma ordem do que o Natal. E depois?
Viver o sonho do mito Natal e o sonho do mito da Democracia é, quanto a mim, intrinsecamente bom. Perigoso e pouco saudável é transformar esse mito numa ilusão. Uma ilusão que confrontada com a realidade nos “agride, magoa e faz detestar”.
Esse perigo é ainda mais sério quando as pessoas vivem uma vida inteira em busca da “Felicidade”, condição imprescindível à expressão do mito do Natal. Essas pessoas buscam a “Felicidade” permanentemente em contraponto com a infelicidade que sentem sempre. A “Felicidade” – tal como mito do Natal - não existe, é uma quimera e muitas vezes uma droga. O que existe são momentos felizes, e esses acontecem a toda a gente, por mais infelizes que sejam ou se sintam. Esses momentos de felicidade, mesmo que raros e de escassa duração são essenciais, embora sempre desvalorizados por quem busca a “Felicidade”, já que quem busca o tudo perde sempre os pequenos “poucos”.
Bom Natal.
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