19 janeiro, 2012

aproveitamento [O Zeca Afonso que me perdoe]





Fernandes, Gustavo
nabo no pedestal 
2004






Zeca Afonso, menina dos olhos tristes

Ministro da fala triste
O que tanto o faz andar
O mercadinho não volta
Com novas p' ro alegrar

Vamos senhor pensativo
Olhe o tempo a passar
O mercadinho não volta
P´ra seus ditos confirmar

Senhor de meios cansados
Porque fatiga a sebenta
O mercadinho não volta
E há notícias de arrebenta

Nem fica triste consigo
Notação não o faz chorar
E o mercadinho não volta
Sem ser p'ra nos arrasar

Merkel sua comandante
é que o pode informar
Que o mercadinho na volta
Só lhe interessa o que restar.

Vem num pacote sinistro
Sem dignidade ou tostão
Pensa lá bem ó ministro
se terás algum perdão.

9 comentários:

Mónica disse...

gostei do tema da pintura :DD haviamos de pôr no palácio de belém na galeria de "coisos"

Rogério G.V. Pereira disse...

É uma "boa" adaptação...
Só eu não consigo fazer o mesmo ao meu livro... que fala de memórias dessa canção de Adriano Correia de Oliveira....

Rogério G.V. Pereira disse...

Ups,

Devo uma correcção: O verdadeiro autor do poema é Reinaldo Ferreira (1922-59), de seu nome completo Reinaldo Edgar de Azevedo e Silva Ferreira, filho do Jornalista Reinaldo Ferreira (Repórter X). Zeca Afonso é apenas o autor da música e também intérprete, como o foram igualmente Adriano Correia de Oliveira e Luis Cilia. A música foi editada em single Orfeu STAT-803 - 1969 e ainda incluida no CD Movieplay JA-8000 - 1996 "De capa e Batina".

Estou desculpado?

Francisco Clamote disse...

Muito engenhosa a adaptação.O quadro também vem muito a propósito.

O Puma disse...

Que nunca lhe doam as mãos

e a memória

lino disse...

Um nabo em Belém, outro em São Bento, mais um no Terreiro do Paço, outro ali ao Camões e mais oito espalhados por ali!
Beijinho

Manuel Veiga disse...

aplauso. de pé... e peço bis!

muito bem!

R. disse...

Genial! (Como só por aqui se encontra). Também eu estou sempre presente, mesmo na aparente ausência :)

Um abraço lembrado.

jrd disse...

O Zeca aplaudiu.