21 março, 2007

idaevolta

"...o que resta aos interlocutores que não se compreendem mutuamente é reconhecerem-se uns aos outros como membros de diferentes comunidades de linguagem e a partir daí tornarem-se tradutores. Tomando como objecto de estudo as diferenças encontradas nos discursos no interior dos grupos ou entre esses, os interlocutores podem tentar primeiramente descobrir os termos e as locuções que, usadas sem problema no interior de cada comunidade, são, não obstante, focos de problemas para as discussões intergrupais. Depois de isolar tais áreas de dificuldade de comunicação científica, podem em seguida recorrer aos vocábulos quotidianos que lhes são comuns, num esforço para elucidar ainda mais os seus problemas.
...A tradução, quando levada adiante, é um instrumento potente de persuasão e conversão, pois permite aos participantes de uma comunicação interrompida explicarem vicariamente alguma coisa dos méritos e defeitos recíprocos."
" in A Estrutura das Revoluções Científicas, Thomas Kuhn, p.248/249

Mal comparando... (estou muito ciente da desproporção da comparação!!!!eheheh)
Dou-me conta de que tenho tentado ser uma tradutora. Inicialmente por intuição e recorrendo à linguagem dos afectos. Vou a Lisboa por desporto e volto ao Porto mais humana. De um certo ponto de vista sou mestiça. Diversidade? Sim, enriquece. Adversidade? Vá lá enrigesse (eu sou optimista...)

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