08 março, 2007

Não sei titular isto (revisto, ou seja, com umas mudançazitas no visual)


Não percebo rigorosamente nada de economia nem de finanças. O mundo das acções, das bolsas.... aparece-me como qualquer coisa de que me sinto visceralmente afastada e incapaz de algum dia compreender. Porém, como qualquer acompanhador de telenovelas, fui seguindo (de longe, é óbvio) a odisseia da sonaecom na direcção (cavalgada) da PT. Lá ouvi o resultado final sem entusiasmos (se não compreendo como posso entusiasmar-me?). Contudo, qualquer coisa me chamou especialmente a atenção. A pressurosa afirmação de um Ministro a realçar a neutralidade do governo.

By the way
Eu não acredito em neutralidades. Acredito numa posição sensata que obriga a equidistâncias avaliativas, a ter em conta os diferentes pontos de vista. Acredito que é bom não ver o mundo a preto e branco. Creio que é igualmente útil não "emprenhar" pelos ouvidos. Aposto em cautelas de julgamentos e tomadas de posição. Mas, ponderado o que há que ponderar, não acredito mais em neutralidades. Mesmo que nos calemos... quando se calam umas coisas, promovem-se outras. (E entendo que muitas vezes o silêncio pode ser uma forma eloquente de tomar posição. Melhor dizendo, nem sempre é exigido muito barulho para que se tome posição).
Quando aparece o discurso da neutralidade recordo-me sempre de um amigo que há muitos muitos anos dizia acerca de um partido que, nesse tempo, fazia questão de se posicionar rigorosamente ao centro: "tão rigorosamente ao centro ... como o olho do...".

PS: Não, não me esqueci que hoje é dia internacional da mulher.

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