A capacidade intelectual mais positiva do homem é o proveito que sabe tirar da sua ignorância. Pois a ignorância é a mais extensa e intensa produção teórica do homem, e aprender a utilizar essa imensa riqueza, redistribuída convenientemente, invertê-la, usá-la como carburante ou como chamariz é uma tarefa fundamentalmente civilizadora. Ninguém é mais bárbaro do que aquele que só conhece a utilidade do conhecimento certo e inatacável: está-lhe proibido tudo o que há de maior, de mais arriscado, de mais eficaz, no terreno do espírito.
A única definição completa de sabedoria é: arte de empregar bem a ignorância. Ciência geral do adequado uso dos nossos erros.
F. Savater " O conteúdo da felicidade".
PS. Será por ter este entendimento das coisas (mesmo sem o saber), que nunca gostei de fanfarrões e de gente que se leva demasiado a sério tal como está?
2 comentários:
Não concordo mesmo nada...e também duvido que tenhas o mesmo entendimento.
O detestar a fanfarronice nem sequer é uma consequência da adesão à definição dada.
Enviar um comentário