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11 setembro, 2010

sábado de manhã (125)




Hopper, Edward
reclining nude







Na caixa de comentários do sábado de manhã (124) o Vasco deu-me uma sugestão para resolver a numeração destes post, uma vez que, por distracção, repeti uma senhora dorminhoca no 109 e no 119. Aderi num primeiro momento mas, agora, quando a ia executar, fiquei na dúvida porque há pelo menos três post que não têm senhoras dorminhocas: um tem uma senhora a conduzir ;)) - nesse sábado de manhã, voltei de Lisboa, outro tem um avião - nessa manhã de sábado voltei de S. Miguel e outro tem uma senhora antes de dormir - uma discussão acalorada com duas amigas noite fora, depois resolvemos adolescentar e fomos tomar o pequeno almoço juntas e eu cheguei a casa a horas de ter chocado o meu filho : ))).  A senhora dorminhoca só se impôs um pouco depois da rubrica aparecer. Assim, a numeração continua normalmente até eu resolver se a variável é mesmo a senhora dorminhoca... Entretanto está aberto o debate para resolver tão magno problema.  As coisas muito importantes precisam de uma discussão participada. Não é verdade?  :)))

14 junho, 2008

do sol, da vida, do verde, do silêncio...




Hopper, Edward
morning sun
(1952)







ESTOU VIVO E ESCREVO SOL

Eu escrevo versos ao meio dia
e a morte ao sol é uma cabeleira
que passa em frios frescos sob a minha cara de vivo
Estou vivo e escrevo sol.

Se as minhas lágrimas e os meus dentes cantam
no vazio fresco
é porque aboli todas as mentiras
e não sou mais que este momento puro
a coincidência perfeita no acto de escrever ao sol.

A vertigem única da verdade em riste
a nulidade de todas as próximas paragens
navego para o cimo
tombo na claridade simples
e os objectos atiram as suas faces
e na minha língua o sol trepida

Melhor que beber vinho é mais claro
ser no olhar o próprio olhar
a maravilha é este espaço aberto
a rua
um grito
a grande toalha do silêncio verde

António Ramos Rosa