18 maio, 2007

Sem netos nem inspiração... fui ao baú dos sonetos

Loucura

Podes ser bobo da corte ou teatral,
personagem de discurso verdadeiro,
da lucidez com manto intemporal
desrazão és de percurso rotineiro

que fabrica e inibe aos seus eleitos
ser a sério no seu mundo de tão poucos,
e precisa, para olhar os seus defeitos,
de distância, logo inventa os seus loucos ,

a quem chama dementes e insensatos
porque lê a vida a branco e preto.
Anti-desejo o asilo é o teu gheto.

Em nome duma ordem estamos gratos,
p'la ilusão que o dia a dia segura
que está longe e encerrada a loucura.

escrevinhado há uma boa dúzia de anos



1 comentário:

Tinta Azul disse...

Ora, asim é que é! As coisas que se fazem não devem ficar guardadas para sempre... Faz favor de continuar a mostrá-las, porque são daquelas dignas de ser vistas.
Bj