09 maio, 2007

A propósito de uma queixa sobre um acontecimento no cortejo da queima das fitas...

Sabe que eu tenho uma certa dificuldade em entender estes assuntos. Possivelmente porque, “no meu tempo”, éramos naturalmente avessos a estas coisas e eu nunca cheguei a participar em qualquer evento que me possa dar um sentido “da coisa” que me capacite para entender o alcance do significado destes comportamentos.

Sei que generalizar é cometer injustiças e, portanto, faço esta ressalva. Mas…
Nunca entendi “festejos” e “rituais” em que a humilhação do outro é motivo de sucesso. Nunca entendi “festejos” e “rituais” em que o principal motivo de alegria e de confraternização se mede pela quantidade de álcool ingerido. Não entendo “festejos” e “rituais” para universitários em que a noção de cultura não vai muito além de garraiadas e de Quins Barreiros! Não me identifico com “festejos” e rituais” em que alguns, “mais Chico-espertos”, enchem os bolsos com a sua organização. Não me identifico com “festejos” e rituais” em que, por todo o país, as cervejeiras investem… Não na criação de bolsas de estudo mas na criação, se possível, de dependentes do uso daquilo que vendem!
Mas, caro ..., aceito que é por já ter a idade que tenho!
Agora relativamente ao que me conta. Se acha que foi coerente na sua atitude ainda bem que teve coragem para o fazer, ainda que o tenha feito sozinho. Isso da maioria ter sempre razão é conversa fiada. Ou não seja o progresso da humanidade gerado no húmus das zonas brancas do “descompromisso” com o politicamente correcto ou com aquilo que “está a dar”.

Um grande abraço

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