01 maio, 2007

Confissão absoluta

Amanhã é dia 1º de Maio. Dia do trabalhador? Sim, também. Para mim, porém, e sobrepondo-se a todos os outros significados, é o dia de anos da minha mãe. Com quem sempre tive uma relação distante. Ia dizer difícil, mas acho que, mais do que difícil, era distante. Fugi sempre ao confronto e, portanto, tratei de tratar da minha vida para não ter de prestar muitas contas. E contudo, passei a minha vida a prestá-las. Inevitavelmente. Acho que, no fundo, andei sempre a tentar fazer o que eu supunha que seria digno e esperariam de mim. Enfim! Passado. Agora, quando a olho, encolhida pela osteoporose da vida e "amainada" pela solidão da viuvez, com olhares e expressões a espaços tão infantis, só consigo ficar emocionada e dar-lhe o afecto de que sou capaz. Mas, amanhã não vou almoçar com ela! Vão os meus irmãos (com as famílias) e o meu filho. Espero não me arrepender de não fazer um esforço para largar tarefas de trabalho urgentes e de última hora...e ir também!

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