31 maio, 2007
Conforto (in) possível
Alberoni citando Jankélévitch que se refere a Aristóteles.
30 maio, 2007
Homenagem à minha amiga Margarida
Acerca da minha in(h)abilidade para estar
Socorro? Não! Nem sequer me chega a sair um esgar que apele à ajuda, porquanto, no registo em volta, não existe ajuda possível. Assim sendo, rapidamente os pés voltam ao chão. Chão incompleto, mas, ainda assim, chão necessário!
Nota duvidosa: Quem é que tem a condição marciana? Não me tendo na conta em que a avó tinha o neto que, coitado, era o único a marchar direitinho, será bom de ver que me admito bastante esverdeada!
28 maio, 2007
Opiniões há muitas....
... Deste modo, meu bom amigo, não nos deveríamos preocupar tanto com o que a populaça diz a nosso respeito, mas em vez disso com aquilo que os especialistas em matérias de justiça e injustiça possam dizer."
in O Consolo da Filosofia de Alain de Botton p. 45
23 maio, 2007
Inutilidades que nos lembram que é tempo das cerejas ...(é que as palavras são como elas .... dizem!!!)
Pergunto: Os moinhos gostam de água engarrafada fresca?
Pergunto: E a gema?
.O ROMEU? MOREU (por erro e desorientado!!!)
."Ter um lugar ao sol" - Não precisar de sair de casa num dia de chuva.
.”Quem muito fala pouco acerta”
Provérbios à minha moda
20 maio, 2007
Sem título
Atravesso a rua proibida.
Desejo feito, quero medir-me
Às passadas ....hesitações!
As muralhas, pastoras dos passos,
São, afinal, somente muros,
Paredes,
Suportes de outras paisagens,
Que não alcanço,
Mesmo em dias santos de luz.
Janelas indiscretas dos momentos.
escrevinhado há + ou - 10 anos.
"Posto" isto aqui a reboque dos FB da Tinta Azul e da Cila que "topou" o post do dia 13 de Abril
18 maio, 2007
Sem netos nem inspiração... fui ao baú dos sonetos
Loucura
personagem de discurso verdadeiro,
da lucidez com manto intemporal
desrazão és de percurso rotineiro
ser a sério no seu mundo de tão poucos,
e precisa, para olhar os seus defeitos,
de distância, logo inventa os seus loucos ,
porque lê a vida a branco e preto.
Anti-desejo o asilo é o teu gheto.
p'la ilusão que o dia a dia segura
que está longe e encerrada a loucura.
escrevinhado há uma boa dúzia de anos
15 maio, 2007
Por enquanto não consigo escrever e tenho de ir aos arquivos...
É estranho o retorno a um lugar que foi espaço da nossa vida, num tempo muito próprio. É um “em torno de”. O lugar já não é o mesmo. Nós já não somos os mesmos. O movimento histórico fez a mudança e o momento histórico escancara-a.
Mas, afinal, qual é o problema?
Nenhum, se nos aceitarmos estrangeiros. Enorme, se nos quisermos de agora no lugar onde estivemos mas... muito antes de agora.
Poderemos ser estrangeiros? Não. Mas, também já não somos desse lugar.
Nunca devia ser necessário retornar às raízes. Andar em torno das raízes faz-nos sentir como é difícil viver com raízes enxertadas.
Lamego, 21 de Fevereiro de 2004
09 maio, 2007
A propósito de uma queixa sobre um acontecimento no cortejo da queima das fitas...
Sabe que eu tenho uma certa dificuldade em entender estes assuntos. Possivelmente porque, “no meu tempo”, éramos naturalmente avessos a estas coisas e eu nunca cheguei a participar em qualquer evento que me possa dar um sentido “da coisa” que me capacite para entender o alcance do significado destes comportamentos.
Sei que generalizar é cometer injustiças e, portanto, faço esta ressalva. Mas…
Nunca entendi “festejos” e “rituais” em que a humilhação do outro é motivo de sucesso. Nunca entendi “festejos” e “rituais” em que o principal motivo de alegria e de confraternização se mede pela quantidade de álcool ingerido. Não entendo “festejos” e “rituais” para universitários em que a noção de cultura não vai muito além de garraiadas e de Quins Barreiros! Não me identifico com “festejos” e rituais” em que alguns, “mais Chico-espertos”, enchem os bolsos com a sua organização. Não me identifico com “festejos” e rituais” em que, por todo o país, as cervejeiras investem… Não na criação de bolsas de estudo mas na criação, se possível, de dependentes do uso daquilo que vendem!
Mas, caro ..., aceito que é por já ter a idade que tenho!
Agora relativamente ao que me conta. Se acha que foi coerente na sua atitude ainda bem que teve coragem para o fazer, ainda que o tenha feito sozinho. Isso da maioria ter sempre razão é conversa fiada. Ou não seja o progresso da humanidade gerado no húmus das zonas brancas do “descompromisso” com o politicamente correcto ou com aquilo que “está a dar”.
Um grande abraço
01 maio, 2007
Confissão absoluta
Amanhã é dia 1º de Maio. Dia do trabalhador? Sim, também. Para mim, porém, e sobrepondo-se a todos os outros significados, é o dia de anos da minha mãe. Com quem sempre tive uma relação distante. Ia dizer difícil, mas acho que, mais do que difícil, era distante. Fugi sempre ao confronto e, portanto, tratei de tratar da minha vida para não ter de prestar muitas contas. E contudo, passei a minha vida a prestá-las. Inevitavelmente. Acho que, no fundo, andei sempre a tentar fazer o que eu supunha que seria digno e esperariam de mim. Enfim! Passado. Agora, quando a olho, encolhida pela osteoporose da vida e "amainada" pela solidão da viuvez, com olhares e expressões a espaços tão infantis, só consigo ficar emocionada e dar-lhe o afecto de que sou capaz. Mas, amanhã não vou almoçar com ela! Vão os meus irmãos (com as famílias) e o meu filho. Espero não me arrepender de não fazer um esforço para largar tarefas de trabalho urgentes e de última hora...e ir também!