24 abril, 2009

quem se dá ao trabalho de fazer de conta que acha que os outros são todos lerdos ... brrrrrrr


A propósito desta notícia e a partir do comentário que deixei a este post
Tinha eu 14 anos, ou nem tanto, era aluna interna de um colégio de freiras. No único acto mais ousado que me lembro de lá ter feito, resolvi, com algumas colegas, festejar a chegada da primavera no início do estudo da noite. A façanha era simplesmente deixar cair ao chão livros, cadernos e caixas dos lápis (que naquele tempo eram quase todas de madeira) assim como quem não quer a coisa. Pode-se imaginar o estardalhaço que uma caixa fazia naquele soalho do salão de estudo onde estavam mais de 100 alminhas. Toing! Traz, Plam...
Castigo certo: nada de filme nessa semana e a tarde de Sábado enfiadas numa sala a ouvir lições de moral. Eu atrevi-me a argumentar que não tinha sido por mal. Que podia ter sido um modo tolo de festejar o início da primavera, mas não tinha havido a intenção de aborrecer a "irmã" que estava a tomar conta do estudo.
_ Isso ainda é pior. Não ter consciência do que as suas acções podem significar!
Embrulhei.
Mas então o senhor presidente da câmara toma lá as decisões que bem entende, pelos vistos os habitantes que o elegem não se opõem, mas tem a cara de pau de vir dizer para a televisão que não pensou que... que era um dia que dava jeito, que... O senhor merece um nome feio não só por fazer o que faz, mas também por querer fazer dos outros parvos.

4 comentários:

António Torres disse...

ehehehehe... coitado.
- O único mal deste inocente é exactamente ter-se declarado como tal.
Não teve a simples coragem de assumir a coisa.

À democracia e à Liberdade, por definição, também têm direito os que delas discodam ou têm outra opinião.

A sacralização e o endeusamento destas coisas são tiques de intolerância.
Isso é que está errado.

mdsol disse...

Discordo. O mal é esta criatura querer fazer de nós todos parvos. Por mim que inaugure o que entender. Mas que não venha dizer que nem se lembrou da data e que....

Anónimo disse...

Se tivesse um blog servir-me-ia de modelo!....

António Torres disse...

Claro que ele escolheu a data propositadamente.
Mas teve medo de assumir.

O que eu queria dizer é que até este tonto, ele que até pensa ao contrário, tem tão interiorizada a sacralização do 25 de Abril, que nem se atreve a enfrentar.
Até ele, tem dentro de si a intolerância dos que endeusam e sacralizam estas datas.
:)))

já agora, o bibe está catita. disfarça bem a anterior magreza trinca-espinhas.
Sem ofender, claro está...
rsrsrsrsr